quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ídolos que já se foram.


Nena, zagueiro da Seleção de 1950, morre vítima de câncer em Goiânia

Somente um jogador vice-campeão no Brasil está vivo: Nilton Santos

O ex-zagueiro Nena, vice-campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1950, morreu nesta quarta-feira (17 de novembro de 2010) em Goiânia, vítima de um câncer no pulmão. Agora, apenas um ex-jogador brasileiro que disputou a Copa do Mundo em casa está vivo: Nilton Santos.
Nena, que tinha 87 anos e chamava-se Olavo Rodrigues Barbosa, soube do câncer há poucos dias. O ex-zagueiro de Internacional e Portuguesa não atuou em nenhuma partida da Copa de 50, mas fez parte do grupo que disputou o Mundial no Brasil. Nilton Santos também era reserva.
No total, Nena jogou seis partidas pela Seleção, entre 1947 e 1950, com duas vitórias, três empates e uma derrota. Com a camisa colorada, foi campeão gaúcho em 1942, 1943, 1944, 1945, 1947 e 1948 com o chamado "Rolo Compressor". Em 1952 e 1955, conquistou o Torneio Rio-São Paulo pela Portuguesa.
Em Porto Alegre, o zagueiro ganhou outro apelido: "Parada 18", nome de um ponto de ônibus no bairro Tristeza. Era referência a uma propaganda de rádio e a torcida colorada adaptou o slogan dizendo que nenhum jogador passava por Nena.
O zagueiro parou de jogar em 1958, pela Portuguesa, e continuou em São Paulo trabalhando como auxiliar técnico e funcionário do clube. Depois, chegou a treinar as divisões de base do Corinthians. Em 2003, passou a morar em Goiânia.
O vice-campeão mundial de 1950 deixou um herdeiro nos gramados: o meia Andrezinho, revelado pelo Timão no final dos anos 90 na geração de Gil, Edu e Ewerthon. Andrezinho passou também por Noroeste, Paysandu e Croatia Sesvete, da Croácia.




A morte de Roberto Batata - O dia em que Belo Horizonte parou


O atacante começou jogando em um time amador do Banco Real mas logo foi parar no Cruzeiro onde foi apelidado pelo então técnico da época, o treinador João Crispim, de Batata graças a sua maior paixão: batatas fritas!

O craque foi tetracampeão mineiro, entre os anos de 1972 e 1975 e fez parte daquele histórico time que ganhou a Libertadores em 1976, jogando ao lado de Nelinho, Piazza, Raul e Palhinha. Mas infelizmente o atacante não pode sentir o gosto de levantar a taça graças a uma fatalidade ocorrida dois dias após um jogo contra o Alianza Lima, do Peru.
o jogador faleceu no quilômetro 182 da rodovia Fernão Dias, quando viajava para visitar sua esposa, Denise, e seu filho, então com apenas 11 meses de idade, Leonardo, o destino final seria a cidade de Três Corações.

Gols pelo Cruzeiro: 125 gols em 286 jogos
Nascimento: 24/07/1949, em Belo Horizonte
Morte: 13/05/1976
Posição: Atacante (ponta direita)
Quando jogou pelo Cruzeiro: Entre 1971 e 1976
Títulos pelo clube: Campeonato Mineiro de 1972/1973/1974 e 1975, além da Copa Libertadores de 1976
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fonte: Atlético x Cruzeiro.

MAJOR GALOPANTE

17/11/2006

Puskas 
O Major Galopante morreu, e o futebol perde mais um dos seus gênios eternos.
Puskas tinha 79 anos, e morreu em Budapeste em decorrência do alzheimer, que o acometia desde 2000. Não existe nada que ainda não foi dito sobre o maior artilheiro de uma seleção na história do futebol. Apenas lamento o fato de que ele jogou nos anos 50 e 60, e poucas imagens sobreviveram. Um cracasso, é o que todos dizem. Ninguém ganha 5 Copas dos Campeões impunemente.

UM MINUTO DE SILÊNCIO NAS CANCHAS DO MUNDO


03/11/2006

Morreu Alberto Spencer.
 
O artilheiro máximo da história da Libertadores morreu em Cleveland, com 69 anos, em decorrência de uma operação cardíaca. O futebol mundial perde um dos seus maiores avantes.
Spencer jogou pelo Peñarol, el equipo de casi todo su vida, e anotou 48 gols com a jaqueta carbonera. Conquistou o tri campeonato da Liber em 60, 61 e 66 e o bi mundial em 61 e 66, este último contra o Real Madrid em pleno Bernabéu. É o segundo maior artilheiro da Intercontinental, atrás apenas de Pelé. O total de gols na Liber, 54, foi alcançado com mais 6 tentos pelo Barcelona de Guayaquil.
Spencer jogou vários amistosos com a Celeste, mas nunca disputou mundiais pois queria ter a chance de levar o seu amado Ecuador até as disputas, fato infelizmente não alcançado. Mas gostaria de acreditar que ele viveu uma boa copa, nesta última, com a digna apresentação tricolor.

Curiosidades da libertadores.

Peñarol e Jorge Wilstermann disputaram a  histórica primeira partida da Taça Libertadores,
em 19 de abril de 1960. Os uruguaios venceram por 7x1, e nesse jogo Alberto Spencer, do Peñarol , marcou 4 gols, Spencer, é até hoje, o maior goleador da Taça Libertadores.

Alberto Spencer.

Nesta primeira edição não participaram os clubes campeões da Equador, Venezuela e Peru. O Olímpia, do Paraguai, entrou já nas semifinais.


Devido ao surto de gripe A (H1N1) que afeta o México, as partidas das oitavas-de-final envolvendo os clubes mexicanos não puderam ser realizadas em seus estádios. Após uma tentativa mal-sucedida de levar as partidas para Bogotá na Colômbia, a Confederação Sul-Americana de Futebol decidiu que os confrontos San Luis-Nacional e Guadalajara-São Paulo seriam disputados em jogo único, em Montevidéu e São Paulo respectivamente, sendo definidas nas disputas por pênaltis em caso de empate no tempo normal.Porém os clubes mexicanos discordaram da decisão e anunciaram através da Federação Mexicana de Futebol a desistência do torneio. A CONMEBOL oficializou a desistência dos clubes em 11 de maio, garantindo a São Paulo e Nacional o acesso direto as quartas-de-final.

Copa Libertadores da América 1986 - Ríver Plate.


River plate conquista sua primeira libertadores.

após bater na trave por duas vezes em 1966 e 1976, o RÍVER finalmente conquista a libertadores.

Na primeira fase do torneio, o River Plate foi para o Grupo 1, composto também Montevidéu Wanderers, Peñarol e, sobretudo, o rival Boca Juniors. O grupo era dificílimo se considerarmos que apenas o campeão passaria à segunda fase. Do total de cinco grupos sairiam cinco clubes que se juntariam ao Argentinos Juniors, campeão da edição anterior. Dois grupos de três equipes seriam formados na fase posterior, a chamada fase semifinal. Desta fase sairia o vencedor de cada grupo, que por fim fariam a finalíssima do torneio. O título ficou com o River, mas não foi fácil.
À época se classificavam apenas 20 equipes para a Libertadores. Na edição de 86 foram apenas 18 equipes, pois os dois representantes da Venezuela – Táchira e Estudiantes – não puderam participar, já que a Federação Venezoelana de Futebol estava suspensa. Contudo o Torneio era muitas vezes bem mais difícil do que nos dias atuais, já que os dois representantes de alguns países eram muito fortes. As dificuldades para o Millionario foram ainda maiores, já que além de o outro argentino ser o rival Boca Juniors, havia um outro representante do futebol albiceleste, o Argentinos Juniors, campeão da edição anterior e equipe fortíssima à época. Além disso, o conjunto de Núñez sentia-se pressionado pela conquista, já que até o Bicho de La Paternal, time insignificante perto do River, já havia levado a almejada Taça Continental.
O time do River, contudo, era ótimo; um timaço. Havia se consagrado campeão nacional em 1985/86. E tinha mais. Tinha a fúria de uma equipe que havia anos estava em baixa justamente no momento em que seus rivais mandavam na cancha. De 82 a 85 só havia colhido amarguras, em 83 ficou em penúltimo lugar no Campeonato Nacional. Não fossem os promédios, instaurados então, seria rebaixado à segunda divisão. Para piorar, seu número 9, Vicitor Trossero, morreu nos vestiários após partida com o Rosário Cenral, vitimado por um aneurisma cerebral. Embora tenha chegado em quarto no ano de 84, no campeonato local, o feito foi o resultado do coração millionario e não da categoria da equipe. O que foi exemplificado na humilhante derota para o Ferro Carril Oeste, em partida vital da competição. O River perdeu de 4×0. Em 85, porém, as peças se encaixaram; a equipe ganhou um time, que se somou à fúria millionaria em recolocar as coisas na ordem correta do futebol. Na equipe, a presença de Pumpido no arco, Ruggeri na defesa, Enrique e Alfaro no meio. Na frente nada menos que “el Príncipe Francescoli, goleador do campeonato com 25 gols.
A Campanha
Na partida de estreia o River empatou com o Boca na Bombonera por 1×1. Os xeneizes saíram na frente com um gol de pênalti de Graciani, mas não conseguiram segurar o resultado e Alfaro empatou para os de Núñez. Ao mesmo tempo, em Montevidéu, o surpreendente Wenderers faturava o Peñarol por 3×1 e se colocava como líder do grupo. Esta equipe seria o próximo adversário do River e com um detalhe: a partida seria em Montevidéu. O jogo era uma declaração de intenções. Um empate não significaria muita coisa; além disso, a tabela faria o conjunto millionario descansar e ver os xeneizes realizarem duas partidas na sequência. Com um time encorpado, técnico e aguerrido, o campeão argentino foi à capital charrúa e venceu por 2×0 com dois tentos de um de seus destaques no Torneio: o uruguaio Antonio Alzamendi.
Uma semana depois, o conjunto de Núñez se atentou ao Boca, em seu passeio por Montevidéu. Na primeira partida, o clube argentino venceu o Peñarol por 2×1. Na segunda, quando todos imaginavam que o Boca assumiria a ponta, foi derrotado pelo Wenderers por 2×0. Um dia depois, foi a vez do Millio desembarcar novamente na capital charrúa. O compromisso era “de vida ou morte” para o campeão local. Carregado de história e personalidade, o Peñarol estava machucado pelas duas derrotas e precisava vencer para continuar vivo na competição. Foi um cotejo duro, daqueles que só gente grande disputa. No final, o campeão argentino colocaria cinzas no caixão carbonero ao bater nos uruguaios por 2×0, com dois tentos de Centurión. A partir daí, o campeão uruguaio estava praticamente fora da Copa, sendo eliminado na partida seguinte ao perder o rival local por 1×0. Era hora de se preocupar com a surpresa do grupo e com o grande rival histórico, que dava sinais de que era o time no grupo a ser batido.
No dia 01/09/1986 as atenções se voltaram à Bombonera. E a intenção era secar o Boca Juniors. Com a cancha xeneize entupida de gente, os locais decepcionaram ao igualar em 1×1 com o eliminado campeão charrúa. O resultado foi catastrófico para o Boca Juniors, e, ao mesmo tempo, tudo o que o Millionario queria. Mesmo que os xeneizes vencessem o Wenderers na partida seguinte, estava praticamente eliminada a possibilidade de o River se deparar com seu rival, em Núñez, precisando vencer. Fizesse sua parte, poderia até perder do Boca que ainda assim passaria à próxima fase.
Anfitrião dos uruguaios, o River fez sete gols nas duas partidas e levou três. Bateu no Peñarol por 3×1 (Alonso, 2; Alzamendi e Centurión, 1 gol cada) e no Wenderers por 4×2 (Alonso, 2; Alzamendi e Centurión, 1 gol cada; Bengoechea e Pelletti para os uruguaios). Dessa forma, foi só esperar o rival local na partida que fecharia as disputas do grupo. Muito modificado em campo, o Millionario tratou de faturar o meio-de-campo e de acalmar os ânimos em uma partida que tinha tudo para terminar em confusão. O primeiro tempo não ofereceu muitas emoções. No segundo, logo aos 15, Enrique fez ótima jogada pelo setor direito e cruzou na cabeça de Alzamendi: 1×0. A partir daí os visitantes tentaram o empate e até chegaram à marcação de um gol, que todavia foi invalidado pelo árbitro por impedimento na jogada. A equipe de Núñez estava na segunda fase. Ficaria no Grupo A, junto com o Barcelona do Equador e o Argentinos Juniors. O vencedor do grupo estaria na finalíssima.
Segunda Fase – Grupo A
A primeira partida foi justamente contra o Bicho da Paternal. À época o Argentinos desfrutava de certo respeito. Havia conseguido os maiores resultados de sua história justamente naquela metade da década de 80. O feito de ter conseguido a Libertadores era assombroso. Além disso, tinha no currículo recente o titulo do Metopolitano de 84 e o Nacional de 85. E tinha mais. Havia feito uma partida histórica com a Juventus da Itália na final interclubes. Depois de empatar em 2×2, perdeu apenas nas cobranças de pênaltis. Portanto era esse o grande rival que os millinarios precisavam superar. Atuando fora de casa, o River adotou postura conservadora, pois sabia que se empatasse poderia levar a melhor sobre o Bicho no jogo de volta, em Núñez. O placar final igualado em zero foi tudo o que o time de Núñez desejava.
Então ambos os times argentinos foram a Guayaquil, no Equador, para se depararem com o bom time equatoriano. O primeiro deles foi o Argentinos. Em confronto realizado no dia 01/09 de 1986, o conjunto local fez 1×0 nos bichos colorados. Antes de colocar o Millonario preocupado, o resultado o deixou tranquilo. Na estratégia bastava ir para a “guerra” contra os los Toreros e obter uma vitória. Bastaria isso e a equipe dirigida por Héctor “Bambino” Veira ficaria em situação privilegiada no Grupo. E não deu outra, na partida o Millio se comportou à altura de sua grandeza e fez 3×0 no rival. Foi um show de futebol: o Barcelona perdeu inúmeros gols e nas oportunidades que tiveram Alzamendi, Centurión e Gorosito mostraram para os equatorianos como deveriam se comportar na Libertadores. A vitória foi importante. Maior que ela foi o saldo de gols; algo naquela época, fundamental às pretensões de conquistas.
Na partida seguinte, foi a vez de los Toreros visitarem o Monumental de Núñez. Assutado em campo, o time equatoriano não foi páreo para o conjunto millionario e foi novamente goleado por 4×1. Os gols foram de Centurión 2, Alzamendi e H. Quiñónez, para o River, enquanto G Vásquez descontou para o Barcelona.
Foi a vez de receber o Bicho em Núñez. No começo a estratégia de “Bambino” Vieira era a de empatar fora e ganhar em casa. Contudo, diante das circunstâncias, bem que valia um empate. O conjunto da Paternal tinha apenas um ponto no grupo, enquanto o River já somava cinco e o Barcelona já havia sido desclassificado do torneio. O encontro foi preparado para ser uma festa. O River estava invicto. Estava em alta na competição. Afora isso tinha ainda o fato de que fizera tantos gols de saldo que mesmo se perdesse por um gol ainda assim passaria pelo saldo de gols. Mais de 80 mil hinchas na cancha e a certeza de que a vaga à finalíssima sairia com certa tranquilidade. Fato é que o River respeitava o Argentinos e tinha noção de sua estatura em meados da década de 80. Contudo, as circunstâncias eram por demais favoráveis e não teve como evitar o clima do já-ganhou. Tudo seria justamente assim se o Bicho não tivesse mesmo um grande time.
O embate apresentou as mesmas características no primeiro tempo e início do segundo. Contudo, aos 22 minutos do tempo complementar uma grande articulação de jogadas entre Martínez e Castro pela esquerda. Castro chegou na cara do gol e bateu cruzado no outro canto do arqueiro. O atacante correu por sobre os inúmeros rolos de papel higiênico que coloriam de branco a pista de atletismo e foi comemorar diante da Tribuna Almirante Brown. Uma afronta. Aos 41 minutos, em rápido contragolpe, a pelota sobrou para Mario Videla que ao ver Pumpido em sua direção, trocou de pé e com a parte de fora do pé direito colocou a pelota no canto oposto do arqueiro millionario. Um assombro.
Os minutos finais foram mais dramático do que os jogos da finalíssima. O Bicho estava por um gol. O River também. Sair para o ataque poderia não ser a receita ideal, assim como o demonstrara a postura millionaria em grande parte do cotejo. Por outro lado, não era interessante deixar o habilidoso meio-de-campo da Paternal tramar jogadas a partir da meia cancha. Quando os hinchas olhavam para o campo viam seu clube amado desfilando pelo triunfo; quando olhavam bem, contudo, viam que quem parecia dominar as ações e o mental da partida eram os bichitos colorados de La paternal. Empurrados por 80 mil torcedores o River não teve outra alternativa senão a de fazer daquele encontro a própria final da Libertadores. A única saída era o coração. A única aposta. E foi o que teve de fazer. Precisava ao menos tentar atacar para reter o elenco do Bicho no campo de defesa. Por outro lado, precisava de velocidade e garra para dar o combate necessário aos contra-ataques visitantes. Tinha um problema: jogava com um homem a menos devido à expulsão de Centurión. O jogo foi o espetáculo da tensão. Fosse outra torcida era possível que ficasse o tempo todo calada. Como não era, transformara-se nas artérias que levavam energia vital para os seus jogadores. Com o fim do jogo o desgaste foi tamanho que alguns atletas não tinham energia sequer para tomarem banho. Contudo, o resultado pedia um jogo extra. E ele haveria de ser numa cancha neutra. Reivindicaram o estádio do Vélez.
Atuando pelo empate e sabedor do estrago que o Bicho lhe poderia causar, o River tentou levar a partida no banho-maria. O saldo de gols lhe era favorável e por isso podia empatar o cotejo que ficaria com a vaga. O 0×0 final premiou a melhor campanha do Millionario de Núñez.
Finalíssima
O adversário da final era o América de Cali, da Colômbia. Também era um grande time e vivia o seu momento histórico. O América era o campeão nacional da Colômbia. Fora vice campeão da Libertadores anterior, perdendo justamente para o Argentinos. Seria também o finalista um ano depois, 87, quando perderia para o Peñarol. No elenco três argentinos: Julio César Falcioni, Carlos Ischia e Ricardo Gareca. Também o paraguaio Roberto Cabañas, que seria ídolo do Boca tempos depois. No primeiro jogo, em Cali, o River fez um jogo cerebral. Fechou-se em seu campo de maneira aplicada e esperou pelo conjunto local para explorar os contragolpes. Gareca quase fez em duas oportunidades. Em uma delas, Pumpido fez milagre diante de el Tigre. Porém, no primeiro contragolpe que o visitante encaixou, aos 22, saiu o gol com Funes. No desespero do conjunto local, os argentinos chegaria aos segundo gol aos 26 minutos do segundo tempo. Cabañas descontaria para a equipe colombiana, mas o resultado foi mesmo 2×1 para os argentinos. O América teve então inúmeras chances de chegar ao gol da virada. Não o conseguiu e viu o rival levar a vitória e a traquilidade para a partida de volta, em Núñez.
Na parida de volta mais de 85 mil hinchas foram ao Monumental de Núñez. Teoricamente seria fácil a conquista. Mas, além de superar o bom adversário, o conjunto de Núñez precisava superar a frustração e os fantasmas dos dois vices da Libertadores. Em 1966 possuia um belo time, mas foi superado pelo Peñarol na prorrogação. Em 76 perdeu para o Cruzeiro, na partida-desempate, realizada no Chile.
A partida em si não foi grande coisa. O River sabia que tinha a vantagem do primeiro confronto, em Cali e que, por isso, podia esperar o América em seu campo e buscar os contragolpes. A equipe colombiana era muito forte do meio-de-campo para frente. Suas características ofensivas não a deixarim por muito tempo atrás. Porém não foi bem isso o que ocorreu. Na primeira etapa também o América se preocupou com sua defesa. A estratégia era a de partir para o ataque somente na segunda etapa. Não deu outra. No segundo tempo tentou pressionar o River e se desguarneceu de sua defensiva. Em contragolpe aos 29 minutos, Funes fez o gol da vitória e do título millionario. Um triunfo que enfim fazia justiça a uma equipe que por sua estatura gigantesca jamais poderia ficar sem a taça da principal competição sul-americana.
Comemoração nos vestiários do Monumental de Núñez
Formação titular campeã: Nery Pumpido, Jorge Gordillo, Gutierrez, Oscar Ruggeri, Alejandro Montenegro, Héctor Enrique, Gallego, Norberto Alonso, RoqueAlfaro, Antonio Alzamendi e Juan “el Búfalo”Funes.
Todos os campeões de 1986: Nery Pumpido, Oscar Ruggeri, Alejandro Montenegro, Héctor Enrique Jorge Gordillo, Antonio Alzamendi, Norberto Alonso, Jorge Borrelli, Américo Gallego, Roque Alfaro, Ramón Centurión, Néstor Gorosito, Claudio Morresi, Juan G. Funes, Mario Saralegui, Nelson Gutiérrez, Daniel Sperandio, Pedro Troglio, Rubens Navarro, Luis Amuchastegui, Rubén Gómez, Patricio Hernández, Sergio Goycochea, Eduardo Saporiti. Técnico: Héctor Rodolfo Veira.
fonte: futebol portenho.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O dia em que PELÉ, parou uma guerra.


Pelé e o jogo que parou uma guerra

Em 1969, ano em que supostamente o homem foi a Lua, outro fato marcou, 
quase na mesma intensidade, a história do futebol.

O Santos do Rei Pelé foi à República Democrática do Congo para disputar 
4 amistosos contra times locais; mas logo no desembarque, uma surpresa; 
o país tinha suas ruas tomadas por tanques e rebeldes em conflito armado.

Os jogos foram imediatamente suspensos, e aí vêm a parte, no mínimo, 
curiosa, o governo, assim como a população, ficaram bastante chateados 
por não poderem mais ver o Rei em campo, e acabaram entrando em acordo, 
suspendendo os conflitos para que houvessem as partidas.

Mesmo numa época em que ainda não havia informação circulando
em velocidade,como hoje, ele já era um mito, e em toda parte do mundo, as pessoas já paravam
 pra ver o futebol mágico do Rei.


Por alguns dias não se ouviu tiros, e os únicos gritos eram comemorando os gols de Pelé, Zito, Pepe e
 outros craques santistas.

Assim que o avião partiu de volta para o Brasil, o clima de guerra voltou ao Congo, os conflitos
permaneceram ainda por 3 anos até o final de 1972, quando assumiu um governo democrático 
provisório.

fonte: bollanet.com

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O dia nacional do futebol


O dia nacional do futebol

Instituído há 35 anos, data faz referência ao clube em atividade mais velho do país.

Parece heresia dizer que o dia do futebol não é nenhum dos domingos que você dedica ao seu clube do coração. Mas aqui no Brasil, o dia do futebol é comemorado em 19 de julho.

A data foi estabelecida em 1976 pela então CBD (Confederação Brasileira de Desportos), antecessora à atual CBF, em homenagem ao Sport Club Rio Grande, da cidade gaúcha de Rio Grande. É o mais antigo clube em atividade do Brasil, fundado em 19 de julho de 1900, no mesmo dia que foi inaugurada a primeira linha de metrô de Paris.

Fundado pelo alemão Johannes Minnemann após conhecer o esporte na Europa, o Rio Grande começou com 21 jovens esportistas, a maioria de origem europeia. Ainda sem adversários na cidade, os jogos eram disputados entre o Quadro B e o Quadro A, formado pelos próprios sócios do clube. Os jogos eram realizados na cidade marítima, onde aconteciam as Oficinas da Viação Férrea  até 1904, quando o clube adquiriu seu campo no Boulevard Buarque de Macedo.

Equipe do Sport Club Rio Grande em 1900
As honras máximas do clube gaúcho aconteceram na primeira metade do século passado. Em setembro de 1922 conquistou a Taça Centenário da Independência, instituída pelo Governo do Estado. Além do Rio Grande, disputaram a Taça os clubes Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, Rui Barbosa e o Fussball Club Porto Alegre.
Em 1936, sagrou-se campeão gaúcho ao vencer o Internacional por 3 x 2 e 2 x 0, em sua primeira participação no estadual. Com ótimas campanhas, ainda seria vice em 1941 e 1951. Hoje está na segunda divisão gaúcha.
No museu do clube, aberto a visitação, um pouco da história do esporte mais popular do país: 3700 registros de jornais; 1700 documentos históricos; 1230 fotos; 270 taças e troféus; 51 fitas de vídeo; 48 placas; 4 bolas; 15 medalhas; 47 flâmulas e 24 diplomas.
Clubes mais antigos
Dos clubes em atividade no país, o Rio Grande leva o título por apenas 21 dias. Essa é a diferença para a fundação da Associação Atlética Ponte Preta de Campinas, fundada em 11 de agosto de 1900.
Inglês foi difusor do futebol no Brasil
Foto: Arquivo Placar
Charles Miller, da Seleção Paulista, contra a Seleção Carioca, no Campo do São Paulo Athletic, em 1901
Vale ressaltar nessa história que o Flamengo foi fundado em 1895, mesmo ano da primeira partida de futebol do país, entre Companhia de Gás de São Paulo e Companhia Ferroviária de São Paulo, organizadas pelo entusiasta, difusor e “pai” do futebol no Brasil Charles Miller. Vasco (em 1898) e o Vitória-BA (em 1899) também antecedem o Rio Grande, mas as três agremiações foram fundadas inicialmente para a prática de outros esportes: os cariocas pelas regatas e os baianos pelo cricket.
Os pioneiros do futebol nacional
1894 São Paulo Athletic Club – São Paulo (Clube de cricket onde o sócio Charles Miller introduziu o futebol no Estado de São Paulo. Departamento de futebol extinto)
1898 A.A. Mackenzie College – São Paulo (departamento de futebol extinto)
1899 Sport Club Internacional – São Paulo (extinto)
1899 S.C. Germânia – São Paulo (departamento de futebol extinto)
1900 Sport Club Rio Grande – Rio Grande (fundado em 19/07/1900)
1900 Associação Atlética Ponte Preta-Campinas – SP (fundado em 11/08/1900)
1901 27 de Outubro-Salvador – BA
1902 14 de Julho de Santana do Livramento – RS
1902 Fluminense Foot Ball Club – Rio Janeiro – RJ
1903 Grêmio Foot Ball Porto Alegrense – Porto Alegre – RS
Dia Internacional do Futebol
Fora do país da bola, o futebol é comemorado em outra data, dia 26 de outubro. Em 1863, uma reunião em Londres na Taberna Freemason, na Great Queen Street  revisa as regras do jogo, que passa a ser jogado apenas com os pés. É a primeira reunião da The Football Association, a associação de futebol mais velha do mundo, que ainda controla a Premier League Inglesa.

fonte:  Revista Placar

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Paraná clube.


A HITÓRIA
Escudo Paraná Clube

A história do Paraná Clube é muito bonita, por retratar em sua amplitude, a união. Em 1.989 os dirigentes do Colorado Esporte Clube e do Esporte Clube Pinheiros se reuniram para dar um passo inovador no cenário brasileiro: juntar as forças das duas instituições para formar uma nova e promissora potência. Nasceu assim, o Paraná Clube, um dos mais importantes fatos da recente história do esporte nacional.

Essa junção trazia para o futebol o mesmo conceito usado no âmbito dos negócios no mundo todo: as fusões empresariais que unem ex-concorrentes para, juntos, conquistarem ainda mais mercado. Entre os exemplos mais bem-sucedidos estão a Sony Ericsson, internacionalmente, e no Brasil a Ambev.

Essa atitude moderna revolucionou o cenário do futebol paranaense. A prova é que, em seus primeiros 10 anos de vida, o Paraná Clube venceu seis vezes o campeonato do estado. A mesma projeção foi rapidamente conseguida em nível nacional. Em apenas 3 anos, o Clube saiu da terceira para a primeira divisão do brasileirão, conquistando durante a trajetória o título nacional da Divisão Intermediária em 1.992, apenas três anos depois da sua fundação.

Conquistas importantes que colocam o Paraná entre os maiores clubes do Brasil e das Américas, fato que pode ser comprovado pelas disputas de importantes competições internacionais como a Copa Conmebol, Sulamericana e Libertadores da América, em anos recentes.

Nome: Paraná Clube
Fundação: 19 de Dezembro de 1.989
Estádios: Durival Britto e Silva (Vila Capanema) e Erton Coelho Queiróz (Vila Olímpica)
Endereço: Avenida Presidente Kennedy, 2377, Vila Guaíra, Curitiba/PR, CEP: 80610-010
Fone: (41) 3029-4747
Principais Títulos: Campeão Brasileiro da Segunda Divisão em 1.992 e em 2.000 (Copa João Havelange – Módulo Amarelo). Campeão Paranaense em 1.991, 1.993/94/95/96/97, 2.006.

O Início

Tudo começou em junho de 1.988, na agência de publicidade do colorado Zeno José Otto, que cuidava da conta de propaganda da firma do pinheirense Waldomiro Perini. Informalmente, o futebol era a pauta das conversas. Até que surgiu a idéia de promover uma pesquisa de mercado, com o objetivo de descobrir o potencial de desenvolvimento da torcida do Pinheiros. A diretoria do clube gostou da sugestão, encomendou o trabalho e, ao receber o resultado, repensou a instituição como um todo. Entre outros dados, a pesquisa revelou que apesar de ter sido finalista dos últimos campeonatos, e de ter ganhado dois deles, o Pinheiros só conseguira reunir um contingente de torcida expressivo dali a 15 ou 20 anos. A partir daquele momento, pinheirenses e colorados começaram a estudar sigilosamente a possibilidade de fusão entre os clubes.

Passaram-se alguns dias até que outro publicitário, Ernani Buchmann, então vice-presidente do Colorado, conseguiu realizar a primeira reunião no escritório de Zeno, na avenida Vicente Machado, bairro do Batel. Da parte do Colorado estiveram presentes Darci Piana, do Conselho Deliberativo, Ernani Buchmann e o ex-presidente Dely Macedo. Do lado pinheirense foram os presidentes dos conselhos Deliberativo e Diretor, respectivamente Jorge Celestino Buso e Antonio Carlos Mello Pacheco, acompanhados dos conselheiros Erondy Silvério e Waldomiro Perini. Darci Piana recorda o primeiro encontro. “Diversas questões foram colocadas em discussão, com simplicidade e objetividade. Foi muito interessante”, lembra.

O deputado Erondy Silvério também gostou da conversa. “Tudo correu bem e nada ficou decidido. Só um ano e muitas reuniões depois é que as coisas ganharam corpo”, conta.

Entusiasmado com a projeção dos acontecimentos, Zeno Otto promoveu uma reunião, algum tempo depois, em uma casa no Parque Barigüi. Reuniu-se o mesmo grupo do primeiro encontro, reforçado de outros influentes personagens, como os colorados Raul e Renato Trombini, além dos pinheirenses Aramis Tissot e Ocimar Bolicenho. Foi a reunião dos 12: seis de cada lado – e Zeno apresentou um estudo inicial com as cores, os símbolos e a camisa do novo clube. O nome Paraná sempre foi unanimidade, já que o Água Verde, antes de tornar-se Pinheiros, e também o Colorado, algum tempo antes, cogitaram utilizar o mesmo nome. Era, portanto, algo comum às duas correntes.

A primeira sugestão, a de uma bandeira verde e branca, com as cores do Estado, foi logo descartada, pela semelhança com as cores do Coritiba Fott Ball Club. Mas Zeno e Ernani haviam trabalhados juntos e caprichado na segunda alternativa: cores azul do Pinheiros, vermelho do Colorado e branca comum a ambos; camisa dividida ao meio em azul e vermelho e uma águia dourada no distintivo. Resultado: causou, de imediato, boa impressão a todos. O pinheirense Jorge Celestino Buso gostou da águia. “A águia americana é poderosa, esperta, sagaz, dominadora”, ressalta. Mas, depois do célebre almoço que selou a fusão, acabaram por optar pela gralha-azul, para concretizar a idéia paranista do novo clube, que tem também a Araucária no emblema e o nome Paraná Clube.

O famoso almoço aconteceu em setembro de 1.988, no restaurante Veneza, no bairro de Santa Felicidade. Compareceram três representantes de cada facção: Darci Piana, Dely Macedo e Raul Trombini do Colorado, e Jorge Celestino Buso, Aramis Tissot e Ocimar Bolicenho do Pinheiros. Ali foram aprovados o nome, as cores, a camisa, os símbolos e a distribuição patrimonial. Raul Trombini teve que sair antes do final da reunião que se resumiu no histórico guardanapo de papel, o primeiro documento escrito do novo clube.Guardanapo Fundação Paraná Clube

No hino, foram mantidos os slogans dos dois clubes. Nas obras, o brado do Pinheiros: O Poder da Realização; e no futebol, o grito do Colorado: A Alegria do Povo. Para mobilizar a torcida boca-negra ficou definido como local oficial dos jogos o estádio Durival Britto e Silva, e a sede oficial na Avenida Kennedy. E partiu-se daí, para a oficialização do processo.

O primeiro teste de aceitação da idéia foi a realização de um jantar no qual foram convidados 50 conselheiros do Colorado e outros 50 do Pinheiros – os mais influentes dos dois lados. Darci Piana e Antonio Carlos Mello Pacheco fizeram uso da palavra e Jorge Celestino Buso, presidente do Conselho Deliberativo do Pinheiros, como anfitrião do encontro, puxou os sentimentos históricos das duas alas e encerrou a reunião em alto astral.

Dali em diante, Piana e Buso passaram a reunir-se periodicamente para discussão de todos os detalhes da fusão, e foi criada uma Comissão de Estudos para o estatuto do novo clube. A escritura pública da ata de fusão é de 19 de dezembro de 1.989. Foram mantidos os 49 conselheiros vitalícios do Ferroviário, Britânia e Palestra, oriundos da fusão que deu origem ao Colorado, entre os novos 200 conselheiros do Colorado no ato da fusão com o Pinheiros. Este, que não possuía os vitalícios, criou 46, que somados aos demais 154 nomes, completaram o grande conselho do Paraná Clube com 400 membros.

Após seis meses de estudos para a montagem dos estatutos foi escolhida a data da Emancipação Política do Estado do Paraná, para a realização das duas assembléias gerais que decidiram o surgimento oficial do Paraná Clube. Na Vila Capanema, de aproximadamente 600 colorados, apenas dois votaram contrariamente a fusão, enquanto que na sede da Kennedy, de 2.800 pinheirenses, apenas 81 manifestaram-se contra a união.

Uma comissão do Colorado, liderada por Darci Piana, presidente do Conselho Deliberativo, deslocou-se da Vila Capanema para a avenida Kennedy, onde foram recebidos pelos pinheirenses no final da assembléia. Mello Pacheco, em gesto de amizade, passou a presidência do Conselho para Piana e verificou-se a ovação de todos, confirmando-se a seguir o nome de Aramis Tissot como primeiro do Conselho Diretor do Paraná Clube. Ficou registrado também, que o Paraná Clube teria dois patronos: Orestes Thá e Durival Britto e Silva

Primeira equipe

Rubens Minelli, tricampeão brasileiro – 75 e 76 pelo Internacional e 77 pelo São Paulo, foi o primeiro técnico contratado para dirigir o Paraná Clube. Nome bastante respeitado no cenário nacional, trouxe consigo uma qualificada comissão técnica. 

Com Minelli, veio o auxiliar e treinador de goleiros Valdir de Moraes, famoso goleiro do Palmeiras na década de 60, com diversas passagens pela Seleção Brasileira, tanto como atleta como membro de comissões técnicas. Luiz Carlos Neves foi o responsável pela preparação física do elenco, Francisco Vicente dos Santos como médico, e Moacir Medeiros como massagista. Francisco José Pires, o Chiquinho, era o supervisor. Joaquim Cirino dos Santos foi vice-presidente do departamento de futebol profissional nos dois primeiros anos, enquanto Emerson de Andrade, o Paulista, o diretor de futebol.

Rubens Minelli recorda do trabalho inicial de preparação da equipe para seu primeiro campeonato, em 1990. “Foi um momento ao mesmo tempo difícil e gratificante, pois sabíamos do potencial do clube e tratamos de dar o melhor para equacionar o problema de seu elenco. Recebemos cerca de 50 jogadores, vindos do Colorado e do Pinheiros, mesclados entre atletas mais experientes e garotos revelados nas categorias de base”, conta. Em sua primeira tentativa, pelas dificuldades naturais de formar um time competitivo em pouco tempo, Minelli não conseguiu levar o Paraná Clube ao título, mas retornou quatro anos depois para ajudar o tricolor na conquista do bicampeonato. “É, o futebol tem dessas coisas. Fui convidado praticamente para terminar a campanha e encontrei o elenco um tanto desajustado, mas convencido de sua capacidade técnica. Conversamos, acertamos as peças e os resultados apareceram rapidamente, culminando com o título de campeão naquela final com o Londrina, na Vila Olímpica”, relembra o treinador.
SÍMBOLOS
Um Clube com a história tão bela como é a do Paraná, precisa de ícones representativos que a elevem e a propaguem. Conheça aqui os símbolos do Paraná Clube:

Escudo

O distintivo do Paraná Clube é um escudo, no formato de um pinhão estilizado, vermelho, contornado de branco, com o logotipo na sua parte superior (as palavras "Paraná" e "Brasil" escritas em azul e a palavra "Clube" escrita em branco). Na parte inferior contém o desenho de uma gralha azul e um pinheiro em branco.
Escudo Paraná Clube

Logo

O logotipo, presente no Escudo e na Bandeira Oficial do Paraná Clube, é composto das palavras "Paraná", "Clube" e "Brasil". A palavra "Paraná" utiliza o tipo J.Otto, exclusivo do Paraná Clube. A palavra "Clube" é escrita de forma manuscrita. Por fim, "Brasil" é escrito em caixa alta com o tipo Avant Gard Bold. 

Sobre fundo vermelho, as palavras "Paraná" e "Brasil" devem ser escritas na cor azul e a palavra "Clube" na cor banca. Sobre fundo banco, as palavras "Paraná" e "Brasil" devem ser escritas na cor azul e "Clube" deve ser escrito na cor vermelha. Finalmente, sobre fundo azul, as palavras "Paraná" e "Brasil" devem ser escritas na cor branca e a palavra "Clube" na cor vermelha.
Logo Paraná ClubeLogo Paraná ClubeLogo Paraná Clube

Bandeira

A Bandeira do clube é em formato retangular, dividida em duas partes iguais, na vertical. O lado direito é preenchido pela cor vermelha, e contém o logotipo "Paraná Clube Brasil". A outra metade é azul e contém o Escudo do clube.
Bandeira Paraná Clube

Mascote

O Mascote do Paraná Clube é a Gralha-Azul, ave típica e símbolo também do estado do Paraná. 
Clique para Ampliar 

Hino

Autores: João Arnaldo e Sebastião Lima 

Paraná já nasceste gigante 
És o fruto de luta e união 
Tens a força, o arrojo, a imponência 
E o poder da realização 

Nas três cores do teu estandarte 
Tão altiva está a gralha azul 
Que plantou neste solo tão fértil 
Esta grande potência do sul 

Refrão 
Meu Paraná... meu tricolor 
Teu pavilhão simboliza 
Em cores tão vivas 
A garra e o amor 

Meu Paraná... meu tricolor 
Eu sou a camisa doze 
Que tanto te ama 
Sou teu torcedor 

II 
Tua origem coberta de glória 
É que faz teu imenso valor 
Teu destino é vitória, vitória 
Salve o meu esquadrão tricolor 

Paraná és guerreiro valente 
E do esporte a maior razão 
Verdadeira alegria do povo 
Paraná clube do coração 

Refrão 
Meu Paraná... meu tricolor 
Teu pavilhão simboliza 
Em cores tão vivas 
A garra e o amor 

Meu Paraná... meu tricolor 
Eu sou a camisa doze 
Que tanto te ama 
Sou teu torcedor
ESTÁDIO DORIVAL DE BRITTO E SILVA
(VILA CAPANEMA)
Foto Aérea da Vila Capanema
Na região central de Curitiba, no bairro do Jardim Botânico, fica o Estádio Durival de Britto, carinhosamente chamado de Vila Capanema. 

A Construção do Estádio Durival Britto foi um marco na vida do Clube Atlético Ferroviário e na história do futebol paranaense. Depois de inaugurado em 23 de janeiro de 1947, ele passou a ser o terceiro maior estádio do país, com capacidade inferior apenas ao Pacaembu, em São Paulo e ao São Januário, no Rio de Janeiro. 

Para a pacata Curitiba dos anos 40, o majestoso estádio construído no antigo terreno da chácara do Marquês de Capanema foi um acontecimento histórico que mereceu os mais variados tipos de análises, avaliações e comemorações. 

A Vila Capanema é um verdadeiro templo do futebol paranaense, pois foi o único estádio paranaense a sediar uma partida pela Copa do Mundo, em 1950. São 58 mil metros quadrados de área e de tradição. 

Palco de grandes momentos do passado, o estádio foi re-inaugurado em setembro de 2.006, com a ampliação da capacidade de 12.100 para 20.083 espectadores. A Vila Capanema passou por uma grande reforma, sendo totalmente revitalizada, ganhando uma nova arquibancada, novos camarotes, novas lanchonetes, novos sanitários, uma nova sala de imprensa e o maior estacionamento entre os estádios dos clubes da capital.
TÍTULOS

Campeão Paranaense 1991

No dia 08 de dezembro de 1991, o Paraná Clube conquistou o seu primeiro título, com menos de dois anos de existência. O tricolor precisava apenas de um empate para sagrar-se campeão. A torcida paranista compunha 85% dos presentes no Estádio Couto Pereira. Ainda assim, foi o Coritiba quem saiu na frente, marcando o primeiro gol da partida com Norberto. Mas o destino reservava uma bela surpresa: aos 19 minutos da segunda etapa, o lateral-esquerdo Ednelson empatou a partida, para a explosão da entusiasmada da torcida tricolor, que comemorava o seu primeiro título.

Ficha Técnica:

Paraná Clube 1 x 1 Coritiba 
Local: Estádio Major Antonio Couto Pereira 
Árbitro: Afonso Vitor de Oliveira 
Público: 22.952 
Gol: Ednelson aos 19 minutos do 2º tempo 
Equipe: Celso Cajuru, Balu, Castro, Gralak e Ednelson; João Antonio, Adoilson e Marquinhos Ferreira; Carlinhos (Ney), Saulo e Serginho (Servilho). 
Técnico: Otacílio Gonçalves.

Campanha

26 jogos, 17 vitórias, 5 empates, 4 derrotas, 52 gols pró, 20 gols contra e saldo de 32 gols.
Toledo0 x 1Paraná Clube28/07/1991
Paraná Clube2 x 1Foz do Iguaçu04/08/1991
Apucarana0 x 0Paraná Clube11/08/1991
Paraná Clube2 x 1Londrina18/08/1991
Operário0 x 2Paraná Clube25/08/1991
Paraná Clube2 x 09 de Julho01/09/1991
Paraná Clube1 x 1Cascavel04/09/1991
Matsubara1 x 4Paraná Clube08/09/1991
Paraná Clube3 x 1Arapongas14/09/1991
Paraná Clube4 x 1Grêmio Maringá18/09/1991
Atlético/PR1 x 1Paraná Clube22/09/1991
Sport2 x 1Paraná Clube29/09/1991
Paraná Clube2 x 0Coritiba06/10/1991
Toledo3 x 0Toledo13/10/1991
Foz do Iguaçu0 x 1Paraná Clube16/10/1991
Paraná Clube1 x 0Apucarana20/10/1991
Londrina1 x 6Paraná Clube27/10/1991
Paraná Clube4 x 0Operário30/10/1991
9 de Julho1 x 1Paraná Clube03/11/1991
Cascavel0 x 1Paraná Clube06/11/1991
Paraná Clube1 x 2Matsubara10/11/1991
Arapongas1 x 4Paraná Clube17/11/1991
Grêmio Maringá1 x 2Paraná Clube20/11/1991
Paraná Clube0 x 1Atlético/PR24/11/1991
Paraná Clube3 x 2Sport01/12/1991
Coritiba1 x 1Paraná Clube08/12/1991

Campanha

26 jogos, 17 vitórias, 5 empates, 4 derrotas, 52 gols pró, 20 gols contra e saldo de 32 gols.

Campeão Brasileiro da Série B 1992

Na noite de sábado, dia 11 de julho de 1992, o Paraná Clube provou, pela segunda vez, que sua sina é vencer. Depois de conquistar o título de campeão paranaense em dois anos de vida, o tricolor obteve em Salvador, na Bahia, o campeonato da Divisão Classificatória do Brasileiro. O resultado de 1x0 sobre o Vitória assegurou o novo triunfo do Paraná Clube. A conquista tricolor acendeu num domingo de sol, o ânimo do curitibano. A cidade foi pintada de vermelho, azul e branco, para receber a delegação paranista. Sem poder partilhar da festa do título no Estádio da Fonte Nova, cerca de 25.000 tricolores se espalharam pelo trajeto entre o aeroporto Afonso Pena e o Estádio Durival Britto, para aplaudir os campeões. Ao longo dos 15 quilômetros que ligam o terminal aéreo à Vila Capanema, não se via outra coisa senão bandeiras, camisas, distintivos e faixas que, empunhadas pelos torcedores, saudavam o Tricolor da Vila!

Ficha Técnica:

Vitória 0 x 1 Paraná Clube 
Local: Estádio da Fonte Nova (Salvador/BA) 
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas 
Público: 60.442 pagantes 
Gol: Saulo aos 9 min do 2º tempo 
Equipe: Luiz Henrique, Balu, Gralak, Servilho e Ednelson; João Antonio, Adoilson(Neguinho) e Marquinhos Ferreira; Maurílio, Saulo e Serginho. 
Técnico: Otacílio Gonçalves

Campeão Paranaense 1993

O Paraná Clube parecia estar fadado a ser dono dos títulos incontestáveis, a medida que se estabelecia como potência do estado e aumentava ano a ano sua galeria de troféus. Depois de 1991, quando conquistou o Campeonato Paranaense através da honesta fórmula de pontos corridos, o tricolor voltou a dar a volta olímpica, no dia 14 de agosto de 1993, sem que uma gota de dúvida respingasse em sua faixa de Campeão Paranaense. 

A emoção dos quase 17.000 tricolores que se acotovelavam no Estádio Durival Britto começou logo aos 6 minutos do primeiro tempo, quando num cruzamento de Tiba, com a participação de Luiz Américo enganando a zaga, Claudinho concluiu para o fundo das redes do Matsubara.

Aos 28 minutos da mesma etapa, Claudinho voltou a marcar, aproveitando a cobrança de um escanteio. Mas o gol do título foi um privilégio do meio-campista Tiba. A um minuto do segundo tempo, ele usou a cabeça para por fim na temporada de 93 e iniciar a festa do campeão, regada, como manda a tradição, por 5.500 litros de chopp.

Ficha Técnica:

Jogo: Paraná Clube 3 x 1 Matsubara 
Local: Estádio Durival Britto 
Árbitro: José Carlos Meger 
Público: 16.568 
Gols: Claudinho aos 6 e aos 28 min do 1º tempo e Tiba a 1 min do 2º tempo. 
Equipe: Régis, Marques, Gralak, Marcão e Ednelson; João Antonio, Adoilson e Tadeu (Ney); Luiz Américo, Claudinho e Tiba (Luisão). 
Técnico: Levir Culpi.

Bicampeão Paranaense 1994

A certeza de que a conquista do bicampeonato regional seria alcançada pelo Paraná Clube foi o combustível que moveu os tricolores a enfrentar a maratona de domingo, dia 6 de junho de 1994, uma manhã um tanto quanto carrancuda em Curitiba. 

A distância de 12 km, que separa o Estádio Erton Coelho Queiróz do centro de Curitiba não foi obstáculo para nenhum dos 13.000 torcedores que pagaram ingresso para participar da festa do título. De ônibus, de carro, de carona ou a pé, eles percorreram o trajeto guiados por uma euforia que começou a cercar o local do jogo logo às 7 horas da manhã e só acabou a noite, quando a última gota de chopp foi consumida na comemoração do bicampeonato realizada na Vila Capanema. 

Naquele dia, o Paraná não realizava uma boa partida. O Londrina dificultava as coisas para o tricolor. Adoilson já havia desperdiçado a grande chance de decidir o título ao perder uma penalidade máxima, defendida pelo goleiro Julio Cesar do tubarão. Mas, aos 44 minutos, com a torcida já meio desiludida, o mesmo Adoilson foi buscar uma bola praticamente perdida junto à linha de fundo, cruzou alto e Ney Júnior testou para o fundo das redes. Era o gol do título de bicampeão.

Ficha Técnica:

Jogo: Paraná Clube 1 x 0 Londrina 
Local: Estádio Erton Coelho Queiroz 
Árbitro: Carlos Jack Rodrigues Magno 
Público: 14.007 
Gol: Ney Júnior aos 44 min do 2º tempo. 
Equipe: Régis, Roberval, Marcão, Edinho e Denilson; Cássio, João Antonio, Adoílson e Luiz Américo; Claudinho (Paulo Miranda) e Ney Júnior. 
Técnico: Rubens Minelli.

Tricampeão Paranaense 1995

A bola, sábia como é, às vezes judia da gente. Ameaça até cometer atos de injustiça. Mas via de regra, ela premia o melhor. Em 1995, não foi diferente. Como já havia acontecido em 91, 93 e 94, também em 95, o Paraná Clube foi justiçado pela bola. Afinal, foi o time que melhor tratou a dona do jogo. O Paraná era TRI. 

A façanha do tricolor da vila foi consolidada aos 45 minutos do segundo tempo da decisão, quando o meio campista Denilson, através de um petardo, cravou 1 x 0 na vitória contra o Coritiba. O Pinheirão, que recebeu um público total de 30.000 torcedores, explodiu numa alegria vermelha, azul e branca. Era a rotina da felicidade, que venceu a tarde fria de domingo e acabou no limiar da noite no Estádio Durival Britto, sempre embalada pelos gritos de "TRI Campeão..... TRI Campeão". 

Eram 45 minutos, quando um jogador coxa vacilou na meia cancha, perdendo a bola para Paulo Miranda, que tocou para Saulo. Este chamou a marcação da zaga e obrigou o goleiro adversário a sair do gol. Aí, Saulo tocou para Denilson que vinha de trás e encheu o pé. A bola foi como um míssil rumo a meta adversária. Era o gol do título do Tricampeonato!

Ficha Técnica:

Paraná Clube 1 x 0 Coritiba 
Local: Estádio do Pinheirão 
Árbitro: Luiz Carlos Pinto de Abreu 
Público: 29.207 
Gol: Denilson aos 45 min do 2º tempo. 
Equipe: Régis, Gil Baiano, Edinho, Ageu e Guilherme; Hélcio (Rossano), João Antonio, Paulo Miranda e Ricardinho (Denilson); Claudinho e Saulo. 
Técnico: Otacílio Gonçalves.

Tetracampeão Paranaense 1996

No domingo da decisão nem parecia que era o Paraná Clube que precisava do empate na partida para ficar com o título. O Coritiba, que precisava não de um gol, mas de três, não ofereceu perigo nenhum à meta de Régis nos 45 minutos iniciais, enquanto o tricolor chegou por três vezes com chances reais de conferir. 

A segunda etapa começou até mais equilibrada, mas aos 17 minutos, com a expulsão de Jorge Antônio, a torcida iniciou a festa da arquibancada do Couto Pereira. O time, empolgado, partiu para cima e quase chegou lá aos 31 minutos, quando, aproveitando um cruzamento de Ricardinho, o atacante Flávio carimbou o travessão. 

O golpe final nas pretensões alviverdes foi dado aos 43 minutos. Em um rápido contra ataque, Paulo Miranda recebeu a bola pela direita e tocou para Ricardinho bater forte, no canto direito de Anselmo. Era a chave de ouro que faltava para fechar a conquista do tetra.

Ficha Técnica:

Paraná Clube 1 x 0 Coritiba 
Local: Estádio Major Antonio Couto Pereira 
Árbitro: Francisco Carlos Vieira 
Público: 31.368 
Gol: Ricardinho aos 43 min do 2º tempo. 
Equipe: Régis, Gil Baiano, Marcão, Edinho e Fábio; Tcheco (Luciano), Sidnei, Paulo Miranda e João Santos; Mazinho Loyola (Ricardinho) e Carlos Alberto Dias. 
Técnico: Antônio Lopes.

Pentacampeão Paranaense 1997

O último clássico
Jogando no Pinheirão, para um público superior a 15 mil pessoas, o Paraná Clube jogou contra o Coritiba, no último clássico do Campeonato Paranaense de 1997. 

Aos 46 minutos do primeiro tempo, Lamônica foi apoiar o ataque e de cabeça, marcou o primeiro gol do Tricolor. Denílson, que já havia feito gols decisivos nos últimos Campeonatos, deixou sua marca aos 19 do segundo tempo. 

Mas o Paraná não estava satisfeito. Por isso, Claudinho, aos 42 minutos da etapa final, fechou o placar com um 3 x 0, e um show de bola em cima do Coritiba. Logo após o apito final do árbitro, a torcida já gritava PENTACAMPEÃO, mesmo sabendo que ainda faltava um ponto para a conquista do título.
O jogo do Penta
O Paraná Clube derrotou com facilidade o União Bandeirante por 3 a 0, e conquistou o pentacampeonato paranaense. 

Na história do futebol do Paraná, foi a terceira vez que um time conquistou cinco títulos seguidos. Antes, o Britânia (1919 a 1924) e o Coritiba (1971 a 1976) haviam sido hexacampeões. 

Ricardinho abriu o marcador aos 3 minutos do primeiro tempo. Caio Júnior ampliou aos 41. Aos 5 minutos do segundo tempo, o mesmo Caio Júnior pediu a conta, e decretou o placar de 3 a 0. Logo após o apito final do árbitro, a torcida tricolor invadiu o gramado para comemorar o Pentacampeonato, fazendo uma festa colorida em vermelho, azul e branco.

Ficha Técnica:

Paraná Clube 3 x 0 União Bandeirante 
Local: Estádio Érton Coelho Queiroz 
Árbitro: José Carlos Meger 
Gols: Ricardinho aos 3 min do 1º tempo, Caio Júnior aos 41 min do 1º tempo e aos 5 min do 2º tempo. 
Equipe: Régis, Denílson, Ageu, Fabiano, e Wendell; Sidnei, Reginaldo, Osmar e Ricardinho; Mazinho Loyola (Claudinho) e Caio Júnior. 
Técnico: Rubens Minelli.

Campeão Brasileiro 2000

Copa João Havelange (Módulo Amarelo)
O torcedor pôde comemorar, pois o Paraná Clube foi novamente Campeão Brasileiro. Como aconteceu em 1992, o tricolor foi buscar o título fora de casa. 

Tudo começou com um segundo semestre conturbado. Com a confusão armada pelo Gama/DF contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o Botafogo/RJ, o Campeonato Brasileiro acabou não surgindo, entrando em seu lugar a Copa João Havelange. A partir daí, regras e regulamentos foram deixados de lado, imperando uma grande injustiça com a entrada de clubes como Fluminense/RJ, Bahia/BA, Juventude/RS, América/MG e o próprio Botafogo na competição, mas que na verdade deveriam estar na antiga Segunda Divisão. Com o campeonato inchado, devido a presença de 114 equipes divididas em módulos azul, amarelo, verde e branco, o Clube dos Treze recusou a presença do Paraná Clube entre as principais equipes, o colocando no Módulo Amarelo. Não satisfeita por já ter prejudicado a equipe paranaense, a organização elaborou a tabela de tal forma que, nos nove jogos do mando tricolor, sete foram marcados para o meio de semana, diminuindo bastante a possibilidade de boas rendas. 

Entretanto, contra tudo e contra todos, o Paraná Clube provou novamente que futebol é decidido dentro do gramado. A estréia foi dramática contra o Marcílio Dias de Itajaí/SC, com gol marcado no último minuto e de pênalti. Ainda sob o comando do técnico Ary Marques, o Paraná foi vencendo as partidas em casa, mas não tendo o mesmo desempenho longe de Curitiba. 

Percebendo a necessidade de mudança, a diretoria tricolor trouxe o técnico Geninho. E, logo na estréia, uma boa vitória sobre o Botafogo de Ribeirão Preto/SP por 2 a 1. A equipe cresceu de rendimento e começou a vencer partida atrás de partida, tanto em Curitiba como em outras cidades. Classificado em terceiro do grupo na primeira fase, o Paraná enfrentou nos jogos eliminatórios Anapolina/GO, Bangu/RJ, Remo/PA e São Caetano/SP para se classificar entre os 16 melhores da Copa João Havelange. Com os dois primeiros adversários, o tricolor praticamente garantiu a classificação em Anápolis/GO e Rio de Janeiro/RJ, vencendo por 1 a 0 e 3 a 0 respectivamente. 

No jogo decisivo contra o Remo de Belém do Pará, o primeiro confronto foi em Curitiba, e depois de 90 minutos de pressão, o gol não aconteceu. O placar de 0 a 0 deixou a torcida paranista preocupada, mas não abalou os jogadores nem a comissão técnica, que sabiam do potencial da equipe. Com mais de 55 mil pessoas no estádio Mangueirão, a torcida belenense já comemorava antecipadamente a classificação. Só que com apenas três minutos de jogo, eles mudaram de idéia, ao assistir Ageu cobrar uma falta no ângulo para boa defesa do goleiro, e Fernando chutar outra bola no travessão, além de Lúcio Flávio com um toque sutil tirar tinta da trave. Não demorou muito para que Flávio calasse a multidão com um gol de cabeça. No segundo tempo, a esperança do Remo surgiu com um pênalti inexistente. Mesmo com o empate e o barulho ensurdecedor da torcida, os jovens jogadores do Paraná Clube não se abalaram, e faltando dez minutos para o final do jogo, Márcio também de cabeça marcou o gol da vitória. “Sabia que ia chegar o meu momento. Raspei o cabelo e marquei esse gol muito importante para o Paraná e para mim”, comemorou o centroavante que havia entrado no lugar de Flávio. Inconsolados, os torcedores do Remo tiveram que admirar o excelente futebol apresentado pelos heróis paranistas. 

Em Curitiba, o elenco teve uma recepção calorosa da torcida tricolor, que invadiu o Aeroporto Afonso Pena e as ruas da cidade até o Durival de Britto e Silva, onde comemoraram com muita cerveja, trio elétrico e show pirotécnico. 

Só que a festa não parou por aí. Na decisão do Módulo Amarelo, o Paraná enfrentou o São Caetano, equipe com melhor ataque da competição. No primeiro jogo, um empate em 1 a 1 no estádio Durival Britto. Mas como em outras decisões, o tricolor entrou com moral no jogo fora de casa e logo aos onze minutos do primeiro tempo vencia em São Paulo por 2 a 0. Com um futebol determinado, defesa compacta e um ataque rápido, o Paraná Clube mostrou para todo o Brasil que seu lugar é e sempre será na elite do futebol nacional.

Ficha Técnica:

São Caetano 1 x 3 Paraná Clube 
Local: Estádio Palestra Itália (São Paulo). 
Arbitragem: Marcos Antônio Barros Café/AC, Charles Antônio de Souza/AC e Jéferson de Holanda Cunha/AC 
Cartão vermelho: Dininho, aos 45 min do 2º tempo. 
Gols: André aos 8 min do 1º tempo (Paraná), Reinaldo aos 11 min do 1º tempo (Paraná), Aílton aos 11 min do 2º tempo (São Caetano) e Frédson aos 41 min do 2º tempo (Paraná). 
São Caetano: Sílvio Luiz; Japinha (Nelsinho), Daniel, Dininho e César; Claudecir, Esquerdinha, Aílton e Marcão (Leto); Zinho (Alex Rossi) e Wágner. Técnico: Jair Picerni. 
Paraná Clube: Marcos; Gil Baiano (Fabrício), Hílton, Nem e André; Hélcio, Fernando Miguel, Lúcio Flávio (Frédson) e Ronaldo Alfredo; Reinaldo e Flávio (Narcízio). Técnico: Geninho.

Campeão Paranaense 2006

Após nove anos sem conquistar um título estadual, a torcida do Paraná Clube pôde enfim comemorar novamente. 

O Campeonato Paranaense de 2006 foi disputado inicialmente entre dois grupos de oito equipes que se enfrentavam em turno e returno para classificarem-se os quatro primeiros de cada grupo para as quartas-de-final. O Paraná Clube pertencia ao grupo B, juntamente com Coritiba, Londrina, ADAP, Roma, Paranavaí, União Bandeirante e Toledo. Faziam parte do grupo A as equipes do Atlético, Iraty, Cianorte, Francisco Beltrão, J. Malucelli, Rio Branco, Nacional e Galo Maringá. 

Depois de um início irregular devido ao pouco tempo de preparo, pelas curtas férias após o Campeonato Brasileiro do ano anterior e também pela falta de entrosamento dos novos jogadores do elenco, o Paraná Clube conquistou a primeira colocação do Grupo B, com 26 pontos em 14 jogos. Obteve 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, com 24 gols pró e 13 contra, obtendo assim, um saldo positivo de 11 gols. 

Com a vantagem de ser o primeiro colocado do Grupo B, o Paraná Clube enfrentou o Iraty, quarto colocado do Grupo A. Na primeira partida, na casa do adversário, o Tricolor venceu o Azulão por 1 a 0. Na partida de volta, em uma tarde chuvosa no Pinheirão, o placar ficou em 1 a 1, resultado que garantiu a classificação paranista para a semi-final. Na partida seguinte, o Paraná Clube enfrentou o Rio Branco. No primeiro embate, disputado em Paranaguá, o Tricolor venceu o Leão da Estradinha por 2 a 1. No jogo de volta, em uma quarta-feira à noite, o tricolor goleou o Rio Branco por 3 a 0, garantindo a vaga para a final. 

A final foi disputada contra a ADAP (Associação Desportiva Atlética do Paraná) que garantiu a classificação após eliminar o Atlético e o Coritiba. A primeira partida da final foi disputada em Maringá, no Estádio Willie Davids, onde o Tricolor venceu por 3 a 0. A partida de volta, finalíssima, foi disputada no dia 09 de Abril de 2006 no Estádio Pinheirão e contou com a presença de mais de 25 mil pessoas. O Tricolor podia perder por até 2 a 0, que ainda assim seria campeão. A torcida paranista já festejava a conquista antes mesmo do início do jogo. Mas a equipe da ADAP foi quem marcou o primeiro gol da partida, no início do 2º tempo, aos 11 minutos. Esperança que pouco durou aos maringaenses, pois 8 minutos após, em uma cobrança de falta, Marcelinho empatou a partida, para o delírio da nação paranista presente no estádio. 

A festa oficial começou logo após o apito final da partida, quando os atletas do Paraná Clube receberam a Taça de Campeão Paranaense 2006 – e para alegria dos torcedores presentes – deram a volta olímpica no Estádio Pinheirão. Na seqüência, os heróis paranistas foram premiados com as medalhas de campeões. Além da medalha, o goleiro Flávio foi presenteado com o troféu de goleiro menos vazado do campeonato, com uma média de menos de um gol tomado por partida. 

Após a festa no Pinheirão, atletas, comissão técnica e diretoria seguiram em carreata com trios elétricos e um caminhão de bombeiros em direção à Praça Bento Munhoz da Rocha, a Praça do Paraná Clube, em frente à Sede Social na Avenida Presidente Kennedy, onde agradeceram o carinho e apoio da torcida paranista durante todo o campeonato e comemoraram o título com o grito de “É CAMPEÃO!”.

Ficha Técnica:

Paraná Clube 1 X 1 ADAP 
Data: 09/04/2006 (Domingo) 
Local: Estádio Pinheirão (Curitiba/PR) 
Árbitro: Cleivaldo Bernardo 
Auxiliares: Rogério Carlos Rolim e Faustino Vicente Lopes 
Cartões Amarelos: Beto, Rafael Muçamba e Marcelinho (Paraná) e Batista (ADAP) 
Público pagante: 23.118 pessoas 
Público total: 25.306 pessoas 
Renda: R$ 352.080,00 
Gols: Warlley aos 11 min do 2º tempo (ADAP) e Marcelinho aos 19 min do 2º tempo (Paraná).
Paraná Clube: Flávio; Émerson, Gustavo (Serginho), João Paulo; Goiano, Beto, Muçamba, Marcelinho (Elton), Sandro, Edinho; Leonardo (Vandinho). 
Técnico: Luiz Carlos Barbieri. 
ADAP: Fábio; Ângelo, Alex Noronha, Dezinho e Mineiro (Souza); Leandro, Batista, Felipe Alves e Ivan; Warlley (Gildásio) e Marcelo Peabiru (Lino). Técnico:Gilberto Pereira.


ÍDOLOS
Das categorias de base do Paraná Clube já saíram grandes craques para o mundo, como o pentacampeão mundial Ricardinho e o Bola de Ouro do Brasileirão 2.007 Thiago Neves. Além de Lúcio Flavio, Paulo Miranda, Perdigão, Tcheco, Ilan, Frédson, André Dias, Márcio Nobre, Everton, e muitos outros. 

Porém, há jogadores diferenciados, que se destacaram e conquistaram a nação paranista pela disciplina, raça e vontade demonstradas em campo, além do carisma e simpatia no trato com o torcedor. São eles:

Saulo

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Saulo da Fé de Freitas, ou apenas Saulo, é o maior goleador da história do Paraná Clube. Foram 104 gols em 208 jogos com a camisa Tricolor. Uma incrível média de 0,5 gols por partida. O apelido de Tigre da Vila não foi concedido à toa – dono de uma habilidade singular, Saulo foi um atacante guerreiro, que enfrentava os zagueiros com muita explosão, velocidade, e acreditava em todos os lances. Artilheiro do Campeonato Paranaense de 1.991, ainda ajudou o Paraná a conquistar o título Brasileiro de 1.992 e o Paranaense de 1.996.

Régis

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Reginaldo Paes Leme Ferreira, o Régis, é o jogador com maior número de partidas jogadas pelo Paraná Clube: 308. Conhecido pelo futebol elegante e pelo jeito frio e seguro de atuar debaixo das traves, exercia uma grande liderança em campo, tendo uma incrível média de 1 pênalti defendido a cada 3. Atuou no Paraná de 1.993 a 1.997, e também em 1999.

Adoílson

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Adoílson Costa chegou ao Paraná Clube em 1.990, e não demorou a chamar a atenção da torcida e comissão técnica. Jogador valente, sempre disposto e que aliava as características de eficiente armador criativo e bom finalizador. Ficou marcado na história do Clube pela participação na conquista de três títulos paranaenses e um brasileiro.

João Antônio

João Antônio de Oliveira Martins, ou “Mestre João”, nas palavras do repórter Osmar Antonio, foi um dos mais completos jogadores que já integraram o elenco do Paraná. Chegou ao Clube em 1.991, já com uma carreira vitoriosa na bagagem, acumulando títulos pelo Grêmio Porto alegrense e também pela seleção brasileira de juniores. Jogador altamente qualificado, com uma visão privilegiada de jogo e com predileção por golaços, João Antônio deu muitas alegrias ao torcedor, participando do título estadual de 91, do título brasileiro da divisão intermediária de 92 e da posterior conquista do tri-campeonato paranaense.

Maurílio

Cleverson Maurílio da Silva foi treinar nas categorias de base do Pinheiros, após ter atuado em várias equipes amadoras de Brasília, sua cidade natal. O jogador impressionou, pouco tempo depois, pelo vigoroso condicionamento físico que apresentava, além de uma facilidade enorme para se posicionar muito bem em campo. Lançado no time principal do tricolor pelo técnico Otacílio Gonçalves aproveitou a oportunidade, mostrando-se um atacante oportunista e com faro de gol. Foi campeão com a camisa tricolor do estadual de 91 e do brasileiro da segunda divisão em 92, além de ter tido outras passagens pela equipe nos anos de 2.002 e 2.003.

Hélcio

Clique para AmpliarHélcio Roberto Alisk foi, durante o tempo que atuou pelo Paraná Clube, o dono absoluto da camisa 5 e a base de sustentação do meio-campo tricolor. Volante guerreiro e de uma regularidade marcante, não aceitava bola perdida, combatia nos quatro cantos do gramado, marcava, lançava, e ainda marcava seus gols, sempre que possível. Fez mais de 200 jogos com a camisa azul, vermelha e branca, e participou da conquista do brasileiro da segunda divisão em 2.000 e do tri-campeonato estadual, nos anos de 94, 95 e 96.

Marcão

Marco Antonio Almeida Ferreira, o Marcão, chegou ao Paraná Clube em 1.993, com a experiência de já ter defendido a seleção brasileira Junior. Dono de estatura privilegiada para a função exercida em campo destacava-se por mostrar uma técnica apurada, algo incomum para zagueiros de seu porte físico. Jogador aguerrido em campo e implacável na marcação, era chamado pela torcida de “Deus da raça”. Foi tetra-campeão estadual pelo Paraná Clube, na década de 90.

Ednelson

Ednelson da Conceição Silva é considerado por muitos o melhor lateral esquerdo que já passou pela Vila Capanema. Chegou ao Colorado ainda em 1.985, e três anos depois foi promovido para a equipe principal. Resistiu a fusão, como o único atleta da base a compor o elenco titular do Paraná Clube, e foi o felizardo autor do gol do primeiro título da história do Clube – o paranaense de 91. Jogador veloz e com um bom poder de finalização, ajudou o tricolor na conquista dos estaduais de 91, 93, 94 e 97, além do brasileiro da segunda divisão, ainda em 94.

Ricardinho

Clique para AmpliarRicardo Luis Pozzi Rodrigues, o Ricardinho, iniciou sua vitoriosa carreira em 1.981, no futsal do Pinheiros. Depois de uma rápida passagem por outros clubes, voltou ao Paraná, já reestruturado após a fusão. Neste período, migrou, gradativamente para o futebol de campo. Mostrava-se um líder, com visão de jogo diferenciada e incrível qualidade de passe e armação de jogadas. Em 95, pelas mãos de Otacílio Gonçalves, o atleta foi promovido já para a equipe principal, onde foi campeão estadual por três vezes consecutivas. Deixou o tricolor em 97, rumo ao Bordeaux, da França. E a partir daí, consolidou uma carreira de sucesso e conquistas, com destaque especial para a conquista da Copa do Mundo de Futebol em 2002, pela seleção brasileira, disputada na Coréia e no Japão.