sexta-feira, 6 de julho de 2012

GRÊMIO ESPORTIVO BAGÉ






Fundação:
O Bagé foi fundado no dia 5 de agosto de 1920 como resultado da união de dois outros times locais, o Sport Club 14 de Julho (fundado em 1913) e o Rio Branco(foto abaixo).
Rio Branco em 1910.
Entre os fundadores também figuravam alguns atletas do SC Bagé, primeiro clube de futebol de Bagé (foto abaixo).
Sport Clube Bagé, em 1906.
Em relação às cores, herda do Rio Branco o amarelo e do 14 de Julho o preto, surgindo aí o tradicional jalde-negro.

Fundadores (em ordem alfabética):
•Dr. Átila Vinhas
•Dr. Carlos Brasil
•Florêncio Lima
•José Maria Parera
•Leonardo Teixeira
•Leonidio Malafaia
•Nélson Osório Ripalda
•Paulino Brandi
•Dr. Sílvio Vinhas
•Dr. Valandro
•Virato Azambuja

Primeira diretoria:
Presidente: Jose Parera y Valla
Diretor-Geral : Capitão Alípio Pereira Costa
Tesoureiro: Sargento Osório
Secretário:Austeclino Guaspe
Capitão Geral: Rafael Médice

Década de 20
No dia 5 de setembro de 1920, ocorre o primeiro jogo oficial no estádio Pedra Moura.
Primeira partida
A primeira partida disputada pelo Bagé ocorreu no dia 5 de setembro de 1920, exatamente um mês após a fundação. O adversário foi o Gabrielense, da cidade de São Gabriel.
O placar da partida foi 1 x 1, e o autor do gol jalde-negro foi Argeu, que viria ser campeão gaúcho em 1925, defendendo o Bagé.
Imortais de 25
O Bagé, após cinco anos de sua fundação, sagrou-se Campeão Gaúcho de 1925, vencendo em Porto Alegre, no Estádio da Baixada, ao Grêmio Porto-Alegrense, pelo placar de 2 x 1. A partida foi realizada no dia 22 de novembro daquele ano.
Campeão Gaúcho invicto, 1925.
O time jalde-negro (foto acima) campeão formou com: Júlio Amaral, Antônio e Fortunato; Misael Romero, Aníbal Machado e Catulino Moreira; Leonardo, Pasqualito, Oliveira, Páschoa e João Amaral. O Grêmio Porto-Alegrense jogou com: Eurico Lara, Sardinha e Neco; Macarrão, Feio e Zeca; Coró, Coi, Olmério, Luiz Carvalho e Meneghini.
No caminho até a final, o Bagé foi campeão da Região Sul, e na semifinal eliminou o campeão da Região Fronteira, o Grêmio Santanense, por 3 x 1
Ainda nos anos 20, o Bagé chegou duas vezes nas finais do Campeontado Estadual, em 1927 (foto abaixo, em Porto Alegre) e 1928. As partidas finais foram contra o Internacional e Americano, respectivamente.
Vice-campeão gaúcho em 1927.
Década de 30
Nesta década o Bagé conquistou o tri-campeonato municipal e a hegemonia no campeonato citadino, com 5 títulos do certame (1931, 1932, 1933, 1936 e 1939).
Em 24 de abril de 1937 adquiriu definitivamente o terreno onde até hoje localiza-se o Estádio da Pedra Moura.
Década de 40
Mais duas vezes o Bagé chega ao título de "Campeão do Interior", em virtude do vice-campeonato Estadual. Foi vice-campeão Gaúcho em 1940 e 1944. Campeão citadino em 1949. Também em 1940 o Bagé imprime a maior goleada em um clássico Ba-Gua (que perdura até os dias atuais): 7 x 0 contra o rival Guarany (foto abaixo).
Bagé em 1940
Bagé contra a Seleção Gaúcha, em 1943 (foto abaixo).
Década de 50
1951 a 1955 - O Bagé conquista o penta-campeonato citadino, tendo como capitão nestas conquistas o zagueiro João Marques do Nascimento. Na foto abaixo a equipe de 1952.
Abaixo uma formação de 1956:

1957 - Vice-Campeão Estadual.
1959 - O Bagé conquista a Copa Centenário de Bagé, numa série de 4 partidas contra o Guarany.
Heróis do Centenário
Ainda na década de 50, outro importante título conquistado pelo Bagé foi a Copa do Centenário da cidade de Bagé, em 1959.
Heróis do Centenário
Décadas de 60 e 70
O Bagé sagra-se campeão da Segunda Divisão Gaúcha, em 1964 (na foto abaixo uma formação de 1961).
Abaixo, o Bagé em 1963:
Na foto abaixo, os campeões da Segunda Divisão de 1964:
Bi-campeão citadino em 1975 e 1976. Vice-Campeão Gaúcho de Futsal em 1976.
Na foto abaixo, a equipe em 1972:
A equipe em 1974:
Em 1977 o estádio da Pedra Moura inaugura seu sistema de iluminação. É nos anos 70 também que o Bagé voltaria a conquistar um título de caráter estadual: Campeão da Copa Governador do Estado do Rio Grande do Sul, em 1974 e campeão da Copa Governador Cícero Soares, em 1977.
Na foto abaixo, o capitão Paulo Roberto Rocha ergue a Taça Governador do Estado, em 1974:
É na década de 70 que o Bagé conquista as melhores colocações no Campeonato Gaúcho da Primeira Divisão, excetuando-se os títulos de 1925 e do interior nas décadas anteriores.
Décadas de 80 e 90
O Bagé sagra-se Campeão Gaúcho da Segunda Divisão em 1982,1985 e vice-campeão em 1993. Na década de 80, alterna participações na 1ª e 2ª divisão do Estado.
Bagé em 1980:
Na foto abaixo, a equipe que conquistou a Série B, em 1993:
Anos 2000
Em 2001 é realizada ampla reforma no estádio, inclusive com a troca total do gramado. O jogo de re-inauguração é contra o Juventude de Caxias do Sul.
No final desta década o Bagé conquista o título de Campeão do Sequiscentenário de Bagé, em 2009, conquistando mais uma taça histórica da cidade (foto abaixo).

TÍTULOS:

Campeão Gaúcho, em 1925 *
* Invicto
Com a conquista deste título o Bagé também obteve a Taça CBD, honraria oferecida pela entidade máxima do futebol brasileiro.
Campeão do Interior e Vice-Campeão Gaúcho, em 1927;
Campeão do Interior e Vice-Campeão Gaúcho,em 1928;
Campeão do Interior e Vice-Campeão Gaúcho, em 1937;
Campeão do Interior e Vice-Campeão Gaúcho, em 1944;
Campeão do Interior e Vice-Campeão Gaúcho, em 1957;
Campeão do Centenário, em 1957;
Campeão da 2ª Divisão Gaúcha, em 1964;
Campeão da Copa Governador do Estado, em 1974;
Campeão da 2ª Divisão Gaúcha, em 1982;
Campeão da 2ª Divisão Gaúcha, em 1985.
Além destas conquistas o Grêmio Esportivo Bagé possui outras importantes vitórias e títulos em torneios, campeonatos citadinos e campeonatos de categorias de base e inúmeros títulos zonais/regionais, mas destaca-se entre eles o penta-campeonato citadino (feito jamais repetido em Bagé).
Penta-Campeão Citadino, em 1951/1952/1953/1954/1955.
Maior goleada aplicada em um clássico Ba-Gua: Bagé 7 x 0, em 1940.

BANDEIRA:

A bandeira jalde-negra é composta por um sol negro estilizado, que figura no canto superior esquerdo da mesma. Ao centro deste, o escudo do Bagé. Os raios que se espalham pelo restante da bandeira são jaldes e pretos.





terça-feira, 19 de junho de 2012

Taça Brasil 1959- Bahia 1º campeão brasileiro


Bahia  o primeiro campeão do Brasil
''TAÇA BRASIL 1959''


A Taça Brasil de 1959 foi dividida em três fases, todas em sistema eliminatório (“mata-mata”).  Na primeira fase, os clubes foram divididos em quatro grupos, Grupo Nordeste, Grupo Norte, Grupo Leste e Grupo Sul. Na segunda fase, os vencedores dos grupos Nordeste e Norte disputaram o título de campeão da Zona Norte e os dos grupos Leste e Sul o da Zona Sul. A fase final foi disputada entre os campeões das Zonas Sul e Norte e os representantes do Estado de São Paulo e Distrito Federal, inscritos diretamente nesta fase.

A campanha do campeão começou com uma goleada, fora de casa, sobre o CSA, 5a0. Alencar fez 2, Ari, Léo e Carioca completaram a goleada. Na volta, Marito e Léo fecharam o caixão. Na Fonte Nova Bahia 2a0 CSA.
Depois empatamos duas vezes com o Ceará. No Castelão 0a0 e na Fonte 2a2 (Marito e 1 contra), com 11000 pessoas no Estádio. Jogo extra na Fonte e demos 2a1, com gols de Biriba e Léo, já na prorrogação.
Aí veio o Sport. Brocamos no primeiro jogo na Fonte, 3a2, com Ari, Biriba e Marito. Mas o Sport não se rendeu e humilhou o Campeão daquele ano, na Ilha do Retiro. 6 a 0 para os pernambucanos. 4 dias depois, a volta da cabocla. Jogo extra, em Recife, Sport 0×2 Bahia (Biriba e Léo). Bahia campeão da Zona Norte. E fomos para a fase final.
Santos e Grêmio, Bahia e Vasco, nas semifinais. O time de Pelé e Coutinho brocou o Grêmio, 4a1 na Vila Belmiro. O Bahia deu um gude preso no Vasco, em pleno Maraca. Jogo de volta, Fonte Nova cheia, 40000 Tricolores empurrando, e o Vasco desconta. Tomamos 2 a 1, com gol de Ari. Terceiro jogo e Léo Briglia, brilha de novo. Bahia 1a0 no Vascão de Barbosa, Belini, Sabará e Vavá.
No outro jogo o Santos empatava sem gols no Olímpico, com o Grêmio e evitava o terceiro jogo.

10 de dezembro de 1959 – Final – 1º jogo
Vila Belmiro. De um lado: Manga, Getúlio, Urubatão, Formiga, Dalmo, Zito, Jair Rosa Pinto, Dorval, Coutinho,  Pelé e Pepe. Só isso.
Do outro: Nadinho, Leone, Henrique, Vicente, Beto, Flávio, Marito, Alencar, Bombeiro, Léo e Biriba.
Santos 2×3 Bahia. Pelé e Pepe para o Santos, Biriba e 2 de Alencar para o Tricolor.

O primeiro artilheiro do Brasil, Léo Briglia e Marito, com a Taça do Campeonato de 1959
Jogo de volta, Fonte Nova lotada, 40000 pessoas esperando um simples empate. Coutinho e Pelé jogaram água no chopp da gente. Bahia 0×2 Santos.
Terceiro jogo marcado no Maracanã, para o dia 29 de março de 1960.
Aí Santos excursionou pela Europa e a final foi marcada para março do ano seguinte.

29 de março de 1960 – Final – 3º jogo
Sem Pelé, contundido, Pagão entrou no lugar do Rei. Problema dos paulistas. Nadinho, Beto, Henrique, Vicente, Nenzinho, Flávio, Mário, Marito, Alencar, Léo e Biriba viraram heróis do primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol.
Título nacional e “de quebra” o Bahia foi o primeiro time a disputar a Libertadores da América, em 1960.
E assim surgiu a primeira estrela de Campeão Brasileiro de Futebol.
FONTE: www.tiporevista.com.br

quarta-feira, 18 de abril de 2012

CLÁSSICOS- GRÊMIO x INTERNACIONAL

 Grêmio x Internacional 







Os torcedores de Grêmio e Internacional raramente concordam em alguma coisa. Se um diz que Renato Portaluppi foi o maior jogador da história do futebol de Porto Alegre, o outro será inflexível ao apontar Paulo Roberto Falcão. Quando alguém então declara que uma divisão de base que revelou Ronaldinho, Anderson, Lucas, Carlos Eduardo e Douglas Costa nos últimos anos não tem concorrente na região, logo serão citados com oposição veemente os nomes de Daniel Carvalho, Rafael Sobis, Nilmar, Alexandre Pato e Taison. Os gremistas defendem que a atraente combinação de azul, preto e branco deixa o uniforme mais bonito, mas os colorados preferem o clássico manto vermelho.
Existe, no entanto, um ponto em que as duas torcidas concordam: o Gre-Nal é o maior clássico do Brasil. Diferentemente dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que têm quatro grandes clubes cada, o Rio Grande do Sul é dividido por um único duelo, que neste sábado vai completar 100 anos de idade.

OrigensQuando os entusiastas do futebol Henrique, José e Luis Poppe trocaram São Paulo por Porto Alegre no início do século 20, descobriram que os times existentes eram exclusivos para descendentes de alemães. Logo, os irmãos resolveram fundar o Internacional em abril de 1909 e então desafiaram o Grêmio a ser o primeiro adversário.
O Tricolor aceitou sob a condição de poder jogar com um time reserva, pedido que foi negado. O Inter se arrependeria dessa decisão mais tarde, em 18 de julho, diante de um impressionante e apaixonado público de duas mil pessoas. O atacante gremista Edgar Booth, de nacionalidade alemã, marcou cinco gols na goleada por 10 a 0, que até hoje é a mais elástica da história do clássico gaúcho.
O Grêmio venceu os seis primeiros Gre-Nais antes de o Internacional começar a mudar o retrospecto com uma vitória por 4 a 1 em 1915. Kluwe, o primeiro ídolo da Nação Vermelha, não disputou a partida, e no ano seguinte, com apenas 26 anos, deixou o futebol com uma profunda frustração de não ter cumprido a promessa de sair vencedor do clássico ao menos uma vez. Porém, desfalcado de vários jogadores machucados, o Colorado ofereceu ao excepcional meio-campista ambidestro a chance de voltar da aposentadoria para enfrentar o Imortal em 1919. Ele aceitou, contra a recomendação médica, e acabou marcando na vitória por 2 a 0. "Nunca ter batido oGrêmio me aborrecia, mas agora posso pendurar as chuteiras realizado", disse Kluwe após o jogo.

Os números do clássicoO Gre-Nal já foi disputado em 376 ocasiões, com 141 vitórias do Internacional e 118 do Grêmio. Carlitos detém o recorde de jogos e gols no confronto, tendo marcado 40 vezes em 63 partidas pelo Colorado entre 1938 e 1951.
O Grêmio ostenta uma Copa Toyota, duas Copas Libertadores, dois títulos brasileiros e quatro da Copa do Brasil. Já o Inter levantou a taça da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, uma Copa Libertadores e uma Copa Sul-Americana, conquistou o Brasileirão três vezes e ganhou uma Copa do Brasil. O time do Beira-Rio detém ainda 39 títulos gaúchos, quatro a mais do que os rivais do Olímpico, que ganharam o já extinto Campeonato da Cidade de Porto Alegre em 26 oportunidades contra 24 do adversário. No ranking de clubes da CBF, o Grêmio é o primeiro colocado, enquanto o Internacional ocupa a oitava posição.


Duelos memoráveis
Em setembro de 1948, Tesourinha, Villalba e Carlitos levaram o Colorado à sua maior goleada em Gre-Nais: 7 a 0. Seis anos depois, a vitória parecia destinada ao Grêmio quando a equipe recebeu o primeiro clássico no novo Estádio Olímpico. Mas Larry, que havia marcado dois gols na estreia pelo Inter dois meses antes, derrotando o Tricolor por 3 a 1, se recusou a seguir o roteiro e balançou as redes quatro vezes na surpreendente goleada de 6 a 2 que estragou a festa do arquirrival.
Dois acontecimentos fizeram da final do Campeonato Gaúcho de 1977 um momento inesquecível. O primeiro deles foi o gol de André Catimba aos 42 do segundo tempo, que interrompeu a sequência de oito títulos estaduais do Inter. O segundo aconteceu após a bola balançar as redes, na comemoração bizarra do jogador, que tentou dar um salto mortal e acabou caindo no chão violentamente e machucando o quadril. "Doeu, mas valeu a pena marcar o gol da vitória no Gre-Nal", recordaria mais tarde.
Quando os dois grandes rivais batalharam por uma vaga na final do Campeonato Brasileiro e também na Copa Libertadores, em fevereiro de 1989, o duelo ficou conhecido como o "Gre-Nal do Século". Cerca de 80 mil torcedores lotaram o Beira-Rio, mas no intervalo a maioria já estava aflita com a derrota parcial por 1 a 0 e a expulsão de Casemiro. Foi quando Nilson apareceu para ser o herói colorado e, apesar de uma lesão agravada na etapa inicial, marcar os dois gols que deram ao Internacional a vitória por 2 a 1 e as duas vagas prometidas.
Dez anos mais tarde, foi a vez de um jogador com uniforme tricolor ser o protagonista do clássico. Ele era ninguém menos que Ronaldinho. Atormentado com a visão do fenômeno de 19 anos pintando e bordando na sua defesa, o técnico do Inter, Paulo Autuori, atribuiu ao capitão Dunga a tarefa de marcar o mais indomável dos jogadores.Ronaldinho, no entanto, humilhou o experiente meio-campista com dribles como um elástico memorável e marcou o único gol da partida em uma linda jogada que começou com uma bola entre as pernas do colorado Anderson.

A rivalidade hoje O Internacional venceu o clássico dez vezes desde 2004, enquanto o Grêmio ganhou somente três no período. Desde então, apenas uma final de Campeonato Gaúcho foi disputada pelos dois rivais. Em 2006, no primeiro Gre-Nal decisivo em sete anos, o gol de Pedro Junior aos 33 do segundo tempo deu o título estadual aos tricolores dentro do Beira-Rio graças ao gol fora de casa. A revanche veio na última Copa Sul-Americana, quando o Inter eliminou o Grêmio pelo mesmo critério para depois conquistar o torneio.



quinta-feira, 12 de abril de 2012

SELEÇÃO BRASILEIRA- Taça Roca 1960


Copa Roca: Brasil e Argentina disputaram 11 edições, de 1914 a 1976


Time que disputou a Copa Roca de 1960, no Estádio Monumental de Nunez, em Buenos Aires: Djalma Santos, Bellini, Dino Sani, Vítor, Geraldol Scotto e Gilmar; massagista Mário Américo, Julinho, Almir, Servílio, Chinesinho e Roberto Fernando.


A Copa Roca, que será reeditada com outro nome, é uma competição que teve 11 edições, de 1914 a 1976.
Criada em 1913, a Copa Roca - em referência a um ministro argentino da época, general Julio Roca - foi disputada pela primeira vez em 1914, tendo o Brasil como campeão.
Na Copa Roca de 1957, no jogo do Maracanã, Pelé marcou o primeiro gol com a camisa da Seleção Brasileira.
A última edição da Copa Roca foi disputada em 1976, e novamente o Brasil foi campeão.
Nas suas 11 edições, o Brasil foI campeão oito vezes, e a Argentina, três.
1914 - Brasil
1922 - Brasil

1923 - Argentina
1939 - Argentina
1940 - Argentina
1945 - Brasil
1957 - Brasil
1960 - Brasil
1963 - Brasil
1971 - Brasil
1976 - Brasil

O primeiro gol de Pelé com a camisa da Seleção Brasileira, no primeiro jogo da decisão da Copa Roca de 1957, no Maracanã

COPA ROCA
Estatísticas:
23 jogos; 11 vitórias; 3 empates; 9 derrotas; 49 gols pró; 51 gols contra; - 2 saldo.
Títulos:
BRASIL:
1914 (1º troféu); 1915; 1945; 1957; 1960; 1963; 1971; 1976 (2º troféu).
ARGENTINA:1923; 1939; 1940.

Fonte:www.cbf.com.br

terça-feira, 10 de abril de 2012

C.E.Lajeadense-RS

CLUBE ESPORTIVO LAJEADENSE



FUNDAÇÃO


O Clube Esportivo Lajeadense foi fundado no dia 23 de abril de 1911, na cidade de Lajeado, pela iniciativa de um grupo de amigos que se reuniam todos os finais de semana no “ potreiro dos Berner”, um campo improvisado, para praticar o futebol. Este grupo era composto pelos jovens Deodato Borges de Oliveira, Carlos Gravina, Álvaro da Costa Mello, Fritz Plein, Paulo Lima entre outros nomes que se perderam na história.

Deodato Borges de Oliveira foi o primeiro mandatário do Lajeadense. Nascido em Taquari, no dia 10 de outuro de 1885, veio para Lajeado em 1903, onde era escrivão distrital de Santa Clara do Sul. Foi também subprefeito de Sério e Santa Clara. Casou-se a primeira vez com Júlia Mello, filha de João Batista de Mello, tendo treze filhos deste casamento. Depois do falecimento da sua primeira esposa, Deodato casou-se novamente, desta vez com Paulina Erna Borchmann e deste matrimônio nasceram mais cinco filhos.  O fundador segundo os relatos era muito bem quisto, pois fora escrivão e funcionário da prefeitura de Lajeado. 

São muitas as histórias relatadas sobre o fundador Deodato Borges de Oliveira. Uma delas conta que ele se deslocou de cavalo de Santa Clara do Sul para assistir um jogo do Alviazul no Florestal. “Chegando ao estádio, não reconheceram o pai, e quiseram lhe cobrar ingresso. Chateado, retornou para casa e nunca mais voltou a assistir uma partida do clube no qual foi fundador”, relatou uma de suas filhas. 

OS PRIMEIROS ANOS

Os primeiros atletas do Lajeadense também eram diretores e sócios do clube, que se mantinha com contribuições mensais. Os primeiros craques do Alviazul eram: Lima, Plei, Plein II; Edmundo Fett, Ernesto Schmidt e Oliveira; João Petry, Henrique Ritter, França Moersch e Willi Hexsel. 

Na sua primeira década de existência, o Alviazul já se destacava no cenário regional. Sagrou-se campeão do Alto Taquari, enfrentando equipes dos municípios de Estrela, Encantado e Guaporé. Mas os campeonatos eram escassos e por isso o clube realizava amistosos pela região. O transporte dos jogadores e comissão técnica, para os jogos fora de casa, era realizado com um caminhão de carga, as viagens eram complicadas, principalmente pela precariedade das estradas. 

Naquela época, os times eram recebidos com foguetórios e após os jogos, ocorria um jantar-baile. As competições no âmbito regional só começaram acontecer no ano de 1918, quando foi fundada a Federação Gaúcha dos Desportos.

DÉCADA DE 1920

Mesmo sem uma estrutura adequada para treinamento, numa época em que não havia estádio, o Lajeadense destacava-se em âmbito regional. Treinava em um campo irregular, sem drenagem ou terraplenagem, com uma cerca de madeira e uma carreira de tábuas que serviam de arquibancada. O antigo estádio do Florestal, localizado na Avenida Benjamin Constant, era palco de lazer para os jovens nos fins de semana.

O campo ficava no meio do mato. E no meio do mato e da roça existia uma calçada, por onde os torcedores e jogadores se deslocavam em fila indiana.

Na época, o futebol era praticado por amor à camisa, pois nenhum jogador recebia salário. Os atletas do Alviazul vinham com seu fardamento de casa, tendo em vista que não existiam vestiários no campo. Aliás, os fardamentos eram adquiridos com os salários que os futebolistas recebiam em seus empregos. 

Em 23 de  janeiro de 1922, foi registrado o primeiro estatuto do clube estabelecendo que a direção deveria ser composta por um presidente, vice, primeiro-secretário, segundo-secretário, primeiro-tesoureiro, segundo-tesoureiro, um orador, um guarda-sport (roupeiro), um diretor de campo, primeiro e segundo captain (assim eram chamados, na época, os técnicos), um porta estandarte e uma Comissão de Contas.

Primeiras participações estaduais
A primeira participação do Clube Esportivo Lajeadense em campeonatos estaduais ocorreu em 1926. Naquela época, os confrontos se davam entre regiões. O Alviazul era o único representante da 3ª região e enfrentou o Juventude na final da Zona Noroeste. Aplicou 5x4 na equipe caxiense e conquistou o título em dezembro daquele ano. Formavam o time campeão da Zona Oeste: Fluck, Billo, Raymundo, Schneider, Mello, Norberto, Romualdo, Stein, Dante, Walter e Kasper. O presidente era Carlos Gravina, e o capitão-geral, Mário Jaeger. Em 1927, o Lajeadense voltou a conquistar o título da 3ª região, vencendo o Santa Cruz por 3x0. Pela final da Noroeste, foi derrotado pelo Nacional de São Leopoldo, por 3x0. Na década, essa seria a última participação do clube em campeonatos estaduais.

DÉCADA DE 1930

Somente na metade da década de 30, o Lajeadense disputaria uma competição estadual. Então foi criada uma liga no Vale do Taquari para organizar competições regionais, chamada Liga de Futebol do Alto Taquari (LFAT). Tendo como presidnte pioneiro Albino Arruda, o primeiro campeonato organizado pela liga contou com a participação de seis times: Lajeadense, Estrela, Encantado, Corvense, Concórdia de Roca Sales e Avante.

Como maior clube da cidade, além do futebol, o Lajeadense tinha equipe de cestoball (basquete), tênis, bolão e de tiro. Na sede social, bailes e sessões de cinema.

Numa era de amador, o Lajeadense fazia seus amistosos com os dosi times, primeiro e segundo quadros. O alviazul tinha como adversários equipes como Conventos FBC e Americano FBC, de Lajeado. Estrela, Montenegro, América de Rio Pardo, Esportivo de Bento e P.A. Colegge.

DÉCADA DE 1940

A década de 40 ficou marcada pela proibição dos jogos entre Lajeadense e Estrela por causa da violência, seguindo ordem do policiamento estadual.  Depois de alguns anos, os presidentes dos clubes assinaram um documento para a disputa da Taça da Paz. A agência Chevrolet na época, chefiada por J.A. Spohr, caprichou no troféu. Seriam dois jogos. O público compareceu e lotou o estádio estrelense, mas a partida acabou em pancadaria novamente.

Pelo Esportivo Maior (PEM) era o nome da torcida organizada do clube naquela época. Chefiado por Ademar Hessel, o grupo sempre comparecia ao estádio com muitas faixas e bandeiras coloridas. Faziam parte jovens e mulheres da sociedade, que apoiavam o time tanto nos jogos em casa, quanto fora de casa.

Uma das maiores curiosidades do fim da década de 40 era a formação do ano de 1949, quando os onze titulares formavam um grande time, mas não tinha reservas. O time: Schimitão, Oli e Baldo; Darci Schimitt, Ivo Brenner e Agenor Gravina; Rudi Grun, Biquinho, Ênio, Costinha e Kasper.

Os maiores adversários do clube eram Estrela e Encantado. Os treinamentos eram realizados duas vezes por semana, porque todos tinham outras atividades. Sobre esquema de jogo, era utilizado o M-W. Uma linha com dois zagueiros, depois vinha um lateral de cada lado e um center-alfa. Daí vinha a linha de frente, com cinco jogadores.

Em 1948, um pavilhão de madeira foi construído no antigo Florestal. E alguns camarotes eram reservados para quem pagasse um valor diferenciado pelo ingresso.

No Campeonato Estadual de 1949 ocorreu uma das grandes vitórias da história do Lajeadense. A vitória por 3x1 sobre o Juventude, no antigo Florestal, classificou o Alviazul para a decisão da Zona Leste. Os três gols foram marcados pelo centroavante Ênio, e o Lajeadense atuou com Schmitão, Oli e Baldo; Darci, Ivo Brener e Klein; Rudi, Kaspinha, Ênio, Costinha e Biquinho. O técnico era Risada.

DÉCADA DE 1950

No início da década, em março de 1952, o antigo Florestal recebia melhorias. Em amistoso diante do expressinho do Grêmio, o Lajeadense inaugurava o sistema de iluminação. Dentro de campo, vitória por 5x2. Ênio, o “Canhão do Vale do Taquari”, marcou três vezes. Ressoli fez os outros dois do Alviazul.

Três anos mais tarde, em 1955, o Lajeadense foi vice-campeão da Segundona. Era a primeira conquista do clube, que voltou a se repetir em 1957. Na época, a Segunda Divisão tinha apenas quatro times na disputa.

Foi em 1959 que o Lajeadense conquistou o primeiro título de sua história. A competição iniciou em setembro de 1959 e terminou somente em 1960, com a participação de 25 clubes. O Alviazul ficou em primeiro na Zona Centro, disputada com Encantado, Estrela e Avenida. No triangular final, obteve vitórias sobre o Atlântico em Erechim (3x2) e Nacional (1x0). Na sequência foi derrotado pelo Atlântico e empate sem gols com o Nacional. Com o empate por 1x1 entre Atlântico e Nacional na última rodada, o time fez a festa com o primeiro título estadual da história.


DÉCADA DE 1960

Depois da conquista do título de 1959, os jogadores que marcaram história no clube continuaram na ativa até a metade da década seguinte. Em uma época difícil craques como Rogério e Roque Lopes, Nestor e Paulo Heineck, Paulo Kieling, Luciano Scherer, Hélio Mallmann, Antoninho e Ênio Chaves penduraram as chuteiras. Os torcedores deixaram de frequantar os estádios e o desafio era encontrar uma geração capaz de retomar o caminho das vitórias e da popularidade. Numa época de renovação, Jacy Pretto, hoje radialista, que integrou a equipe a partir de 1965, destaca que o torcedor não aceitava a ideia de novos jogadores. “Eles diziam que o futebol antigo era o melhor”.

Há quem afirma que as equipes de 1965, 66 e 67 foram as melhores formadas no Vale do Taquari. Entre os jogadores que se destacaram nessa década estão Volmir e Poletto,  zagueiros, Milton Klein, lateral direito e Pretto.

Na época, a maioria dos jogadores tinham empregos e tratavam o futebol como hobby. Dentro de campo, as irregularidadeS do gramado dificultavam a melhor performance dos atletas. Na época, eram os times amadores que formavam jogadores para o Alviazul. Muitos pararam de jogar em razão do processo de profissionalização do Lajeadense.

Aniversário de 50 Anos do clube 


 TÍTULOS


2011: Vice-campeão da Copa Dra. Laci Ughini
2010: Vice-campeão do Campeonato Gaúcho (2ª divisão) 
1998: Campeão da Copa Abílio dos Reis
1997: Vice-campeão do Campeonato Gaúcho (2ª divisão) 
1991: 4ª colocação no Campeonato Gaúcho (1ª divisão) 
1986: Vice-campeão do Campeonato Gaúcho (2ª divisão) 
1979: Bi-campeão do Campeonato Gaúcho (2ª divisão)
1959: Campeão do Campeonato Gaúcho (2ª divisão)
1957: Vice-campeão do Campeonato Gaúcho (2ª divisão)
1955: Vice-campeão do Campeonato Gaúcho (2ª divisão)

Em 2012, o Clube Esportivo Lajeadense participa pela 14ª vez da primeira divisão do Campeonato Gaúcho. As demais participações foram nos anos de 1976, 1980, de 1987 a 1989, de 1990 a 1999 e em 2011.

Hino

A letra do hino do Lajeadense foi escrita por Mariza Martins da Silva, a música é de Solon  Ramos Cardoso, o hino foi criado em 1981, na gestão do presidente Raque Braga Lopes. Ele enaltece a estrutura do clube, sua torcida e sua cidade.

Esportivo Lajeadense, do Velho Florestal
Por tuas grandes vitórias
Pro teu povo és imortal.


Vamos cantar as glórias do nosso Lajeadense
O Alvizul querido de todos os corações
Em seus setenta anos de lutas e sucessos
Provou com muita garra, ser o leão entre os leões

Esportivo Lajeadense, do Velho Florestal
Por tuas grandes vitórias
Pro teu povo és imortal.


Contigo estaremos, no rumo da história
Pro esporte de Lajeado sempre enaltecer
Bravura e lealdade de tua grande equipe
São exemplos contagiantes, que não deixam esmorecer

Esportivo Lajeadense, do Velho Florestal
Por tuas grandes vitórias
Pro teu povo és imortal.


O bravo Leão do Vale, Derrubador de Campeões
São símbolos gravados, que devem orgulhar
A todas as gerações desta terra amada
Que ao teu lado, vão sempre passo a passo caminhar.

SÍMBOLO

O símbolo do Lajeadense possui as cores azul celeste e branca, devido à inspiração de seus fundadores no Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. No ano de seu centenário, o clube criou um distintivo comemorativo. 


Estádio 

Recém inaugurado - 25 de janeiro de 2011, o estádio Alviazul possui estrutura moderna, atendendo à todas as exigências para o padrão Fifa de estádios de futebol. Com ampla área física, a futura Arena está situada dentro do Complexo Nilson Giovanella, junto com os campos suplementares de treinamento.

Com capacidade para 7 mil pessoas sentadas, 19 camarotes, academia de musculação, sala de fisioterapia, cozinha, refeitório e toda estrutura para o atleta profissional, o estádio Alviazul está entre os melhores do sul do país.