terça-feira, 10 de abril de 2012

C.E AIMORÉ

                          Clube Esportivo Aimoré

Fundação

Fundado em 26 de março de 1936, o Aimoré é um dos clubes de futebol mais tradicionais do Rio Grande do Sul. Natural de São Leopoldo, o time realizou sua primeira partida contra o Voluntários, no dia 5 de abril de 1936, e perdeu por 3 a 1.

A primeira vitória, no entanto, veio na semana seguinte, no dia 12 de abril do mesmo ano, quando a equipe bateu o 20 de Setembro por 3 a 2.

O primeiro presidente foi João Inácio da Silveira. Apesar da fundação ter ocorrido em 1936, o clube passou a ser profissional no ano de 1953, quando recebeu um convite especial do Sport Club Internacional para fazer parte da primeira divisão do futebol gaúcho.



A PEDRA FUNDAMENTAL
A hístoria do novo estádio do Aimoré, passa pelo lançamento da pedra fundamental em 1957, segundo relembra o ex-Presidente, Edmar Kappel, quando havia uma vontade da equipe dirigente em construir um novo estádio na velha Taba Índia, no Bairro Rio dos Sinos. Através do empresário João Correa da Silveira, já na época, um grande colaborador do Clube, o Aimoré conseguiu gratuitamente que a firma Dietschi, Travi (empresa construtora, com sede em Novo Hamburgo ) elaborasse uma planta para a nova praça de esportes.


A planta foi concluída e mostrada á diretoria, mas na mesma época, surgiu um movimento com apoio do primeiro Patrono, Lulu Weinmann, Erich Schmidt, Aloísio Boll, e outros aimorésistas, que imaginavam para o clube uma nova e ampla área que a Velha Taba para se construir o novo estádio. Surgiu, então, a possibilidade de se permutar a área do bairro Rio dos Sinos por outra, bem maior, no outro extremo da cidade, em terras pertencentes á Sociedade Padre Antônio Vieira.
O PATRONO
João Corrêa da Silveira, patrono do clube
Dificilmente, na existência de um clube de futebol de uma cidade do interior, uma pessoa tenha, há tantos anos, prestado  tanta ajuda e colaboração, incentivo e palavras de fé. João Corrêa da Silveira, ex-presidente, conselheiro nato, torcedor desde início dos anos 40, patrono do clube, empresário, tem sido, ao longo dos anos o grande incentivador. Jamais pediu para ser patrono, foi indicado para a honrosa função; nunca, em momento algum, sugeriu que dessem seu nome ao estádio, a denominação aconteceu em 1989. Até hoje, nos momentos difíceis, ele é chamado a ajudar. Jamais negou um auxílio e só lamenta que não possa assistir a todos os jogos da equipe. Muito se poderia e deveria escrever sobre o trabalho e o apoio desde empresário e cidadão benemérito e bairrista, mas não haveria palavras que espelhassem toda sua ajuda, a não ser, em nome do clube, uma só: OBRIGADO, “seu” João. Por tudo o que o senhor fez e ainda fará pelo Aimoré.



OS PRESIDENTES
1936 – João Ignácio da Silveira
1937 a 1941 – Frederico Luiz Weinmann
1942 – Emílio H. Matte
1943 – Frederico Luiz Weinmann
1944 – Ingo Cornélius
1945 – Clóvis Barbosa
1946 – João Correa da Silveria
1947 – Emílio H. Matte
1948 – Ingo Cornélius
1949/1959 – Aloysio Boll
1951 – Emílio H. Matte
1952 – Adelpho Pinto
1953 – Hélio Minghelli
1954 – Nero Faria Leal
1955/56 – Itacyr Mandelli
1957 – Alberto Guinter
1958 – Gesner Reis
1959 – Siegbert Saft / Guilherme da Paz
1960 – Edmar Kappel
1961 – Gesner Reis
1962 –Ítalo Gall / Nelson Presser
1963 – Edmar Kappel
1964/65 – Edgar Floriano Feller
1966 – Sergio Travi
1967 – Edgar  Floriano Feller
1968/69 –  Sérgio Travi
1970/73 – Siegbert Saft
1974 – Manoel Luiz Nunes / Ronaldo Reis
1975 – Luiz Scalco
1976/1977 – Rudy Ritter
1978 – Álvaro Cardoso
1979/1980 –  Anselmo Weschenfelder
1981 a 1984 – Gesner Reis
1985 – Rudy Ritter / João Becker
1986 a 1988 – João Augusto Becker
1989 – RaulGaudert
1990 – Carlos Alberto Bedin
1991 – Jandir da Rosa
1992 – Jandir da rosa /Carlos Alberto Bedin / Luiz Scalco / Heitor Haubert/Álvaro Cardoso
1993 – Heitor Haubert
1999/2000 - Edson Moraes Garcez
2001/2002 - Carlos Alberto Bedin
2003/2004 - Carlos Alberto Bedin
2005/2008 - Reni de Oliveira "Gão"

O timão de 1959 - Vice Campeão Gaúcho
                                        Soligo, Suli, Mengálvio, Marinho, Toruca, Afonso. 
                                                     Massagista: Marmita. Telmo, Marino, Abílio, Fernando e Gilberto Andrade.

Apenas seis anos após a profissionalização, o Aimoré alcançou sua maior glória. Sagrou-se vice campeão gaúcho da Série A ao perder para o Grêmio, em Porto Alegre, sendo que o time da capital fez o gol do título em uma jogada irregular, aos 47 minutos da segunda etapa. Ainda na década de 1960, o Aimoré realizou grandes campanhas e revelou um dos maiores meias da história do futebol brasileiro, Mengálvio. 

Em 1962, o atleta foi adquirido pelo Santos Futebol Clube e foi bi-campeão mundial pela seleção brasileira com a linha ofensiva mais famosa de todos os tempos na América do Sul: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. 

Ainda nesta fase o Aimoré viajou pela América em um torneio onde, enfrentou River Plate e inclusive o campeão mundial Boca Juniors em plena La Bombonera. Placar final 1 a 1. 

Até hoje o "ninho de cobras" do Aimoré de 1959 é considerado um dos maiores times da história do futebol brasileiro com uma campanha única de 62 partidas e apenas 3 derrotas na temporada.

Década de 70 e Felipão

1973 - Luiz Felipe, Salvador, Carioca, Ivan, Celso, Darci Munique, Negrinho, Jesus, Juti, Maurício e Rubem.


Depois de ótimas campanhas na década de 1960, o Aimoré manteve-se forte durante toda a década de 1970. Foi nessa época que o clube formou e revelou o então zagueiro Luiz Felipe Scolari, que mais tarde se tornaria um dos treinadores brasileiros mais conceituados em todo o mundo, tendo sido campeão da Copa do Mundo de 2002, no Japão, com a seleção brasileira, e vice-campeão da Euro 2006, com Portugal. Em 1972 o Aimoré se sagrou vice campeão da Taça Governador do Estado.

Década de 80 e os 2 títulos gaúchos de juniores


Na década de 1980, o Aimoré experimentou também o sabor das vitórias nas categorias de base. Em 1981 e 1987, o clube conquistou o Campeonato Gaúcho de Juniores (Sub-21). 

Também nesses dois anos, o elenco profissional foi vice-campeão da Série B do Campeonato Gaúcho. 

A partir da década de 1990, o Aimoré não conseguiu repetir o bom desempenho em campo das décadas anteriores. 

Para reestruturar suas finanças, ficou de 1997 a 2006 sem disputar competições profissionais, mas sempre mantendo as categorias de base e todo o seu patrimônio, um dos maiores em clubes gaúchos

COM O AIMORÉ NO CORAÇÃO

Carlos Benevenuto Froner. Carlos Froner. Froner. “Capitão” Froner. 


Num espaço de tempo de 57 anos, idade do C.E. Aimoré, há uma pessoa que já trabalhou no clube em 11 anos, dando o seu talento e amor ás equipes que orientou, na função de treinador. Este homem chama-se Carlos Benevenuto Froner. Carlos Froner. Froner. “Capitão” Froner.

Seja como chamarmos seu nome, o que importa é que ele é uma legenda viva na existência do Clube, onde, em todos os períodos que atuou na velha Taba Índia, no Rio dos Sinos, onde chegou como treinador em 1949, até o Cristo Rei, foi um formador de craues, um disciplinador, um homem talentoso e profissional. Mais: ganhou amor pelo Clube, o que ele reitera sempre. Ainda em 12 de julho de 1992, quando treinador da equipe principal, Carlos Froner disse em uma entrevista ao repórter Luiz Gonzaga, da Revista RUA GRANDE, entre tantas afirmações, uma frase que emociona.

Tenho o Aimoré enraizado em meu coração.

Este homem que conquistou títulos para o Clube, desde 1949/50, quando foi bicampeão leopoldense de futebol, até a famosa “Academia Froner” que ele formou em 1959 e foi Vice-Campeã Gaúcha, passando pelas fortes equipes que formou em 60, 61, 62, 63, 66, 89 e 92, revelando craques para o futebol brasileiro e projetando o nome do clube além de fronteiras da cidade, tem extensa folha debons serviços prestados ao Aimoré.

Além das equipes índias que orientou, ele, que começou sua carreira treinando o Grêmio Esportivo Leopoldense, em 1947, atuou, com destaque, treinando os times do Grêmio, Inter, Caxias, Juventude, Esportivo, Cruzeiro (Porto Alegre), Floriano (agora, Novo Hamburgo), Joinville, Chapecoense, Atlético Paranaense, Farroviário, Matsubara, Pato Branco Flamengo, Vasco, Bahia, Vitória (Salvador, Bahia), Santa Cruz (Pernambuco), Ceará, Clube do Remo, e, em 1966, dirigiu a Seleção do resto do mundo, em 1975.

São frases suas, sobre o Aimoré, que revelam, em seudepoimento, todo amor que possui ao Clube, na entrevista concedida em 12/6/1992.

Clube já perdeu muito tempo trazendo jogadores emprestados de clubes maiores e em fim de carreira, sem conseguir boas colocações nas competições que toma parte. Estou aqui para ajudar, para transmitir uma ova filosofia, mais apropriada aos tempos.

Carlos Froner:  Durante 11 períodos, treinador do C.E. Aimoré. Uma legenda na história de 57 anos do Clube. Foto menor: recebendo, em 16-12-1985 das mãos do vereador Leoni Flores, autor do projeto de lei, o título de Cidadão Leopoldense, outorgado em sessão solene pelo Governo Municipal, por relevantes serviços prestados ao esporte gaúcho e brasileiro.

É filosofia de trabalhar o jogador que é de casa, formá-lo sem gastar muito com ele para que depois, ele possa ter sucesso em um Clube maior e, assim, proporcionar recursos ao Aimoré.

Dói-me muito ouvir e ler notícias de que o Clube não faz boa campanha. Acho que faz, pois quando aceitei voltar ao Clube, não pretendia só ganhar as partidas, mas, sim, criar jogadores aqui dentro, formando novamente uma Academia de futebol, um celeiro de craques. Acredito que a torcida já está sentindo uma evolução para melhor, pois se esses jogadores forem mantidos, amanhã serão astros do futebol gaúcho.

Comecei, agora, meu trabalho, do marco zero. O Clube atavessa muitas dificuldades e eu preciso entende-las.Mas, formar jogadores é o ideal, pois, para dar um exemplo, em 1966, quando estive também aqui, promovi onze jogadores da equipe juvenil (hoje, chamados juniores) e obtivemos a quarta colocação no campeonato gaúcho e o vice-campeonato no interior.

Nos períodos em que trabalhei no Aimoré, tive a felicidade de formar muitos craques. Relembro, alguns: Mengálvio, que foi para o Santos, em 60, jogar ao lado de Pelé, e depois jogou na Seleção; Abílio, foi para o Palmeiras, o Suli para o Grêmio e depois para o São Paulo. Marino e Fernando, para o Grêmio . Gilberto Andrade, Soligo, Kim e Alfeu, que jogaram no Inter, entre tantos outros nomes que, mais tarde, tiveram projeção estadual.

A maior alegria que vivi no Aimoré aconteceu em meados de 1962, quando fui dispensado do Internacional e vim treinar o Aimoré. O aimoré era a lanterna do primeiro turno, A equipe saiu  campeã do returno, mas, lástima, nada valeu para classificar pois o campeonato era por pontos corridos. Mas, no último jogo, justamente contra o Inter, ainda no antigo estádio dos Eucaliptos, a equipe colorada precisava apenas um empate para ser campeã. O Aimoré deu um banho de bola, chegou a estar vencendo por 3x0 e nossos jogadores chegaram ao ponto de ir  tabelando área a dentro do Inter, voltando para nossa defesa, para não fazerem mais gols. No final, ganhamos por 3x1 e o Inter perdeu o campeonato. Foi minha redenção, pois estava muito magoada com  minha dispensa que achei precipitada, que poderia ter encerrado minha dispensa que achei precipitada, que poderia ter encerrado minha carreira entecipadamente. Mas, essa vitória, confesso, foi preparada desde o dia em que voltei ao Aimoré. E foi conquistada lá dentro da casa do nter, diante da torcida deles

O retorno em 2006 

A partir de 2006, com o apoio da Prefeitura de São Leopoldo, o Aimoré voltou ao cenário profissional.
O objetivo do clube é, em 2010, retornar à Série A do futebol gaúcho e disputar títulos regionais, como o Gauchão e a Copa FGF, e nacionais, como a Copa do Brasil. Patrimônio, tradição e torcida, nunca faltaram na rica história do Aimoré.




ESTRUTURA



O C. E. Aimoré possui um dos maiores patrimônios do futebol gaúcho. Veja os números abaixo:
Área total do estádio: 46,244,96 metros quadrados.
Área construída: 1.883,00 metros quadrados.
Estádio: Monumental do Cristo Rei.
Capacidade de público do Estádio: 14 mil pessoas (sentadas).
Quadras de esportes: 2 (futebol de areia, vôlei)
Parque Aquático: Duas piscinas (adulto e infantil). Cercadas por bar, vestiários e área de lazer.
Sede Social: Salão de eventos com bar, sala de estar, cozinha e banheiros.
Valor do Patrimônio : Avaliado em aproximadamente R$ 5 milhões.



Entrada do Estádio Cristo Rei.

Vista aérea do Cristo Rei no ano de 2000

O pavilhão do Monumental do Cristo Rei

ESTÁDIO
Nome: Monumental do Cristo Rei.
Nome oficial: João Correa da Silveira.
Capacidade: 14 mil pessoas (sentadas).
Medidas do campo: XX x XX.
Vestiários: Dois profissionais para visitantes, um profissional para o Aimoré, um profissional para arbitragem e dois para as categorias de base.
Alojamento: Capacidade para hospedagem de 20 atletas profissionais.
Refeitório: Capacidade para 100 pessoas.

HISTÓRICO DAS SEDES 

A primeira casa do Aimoré foi em um prédio que pertencia ao seu primeiro presidente, João Inácio da Silveira, na Rua do Comércio (hoje Rua Dr. Hillebrand), no bairro Rio dos Sinos. 

O primeiro campo da equipe foi construído em uma chácara de propriedade de Henrique Bier, no bairro Campina. Esta foi a casa do Aimoré até o início da década de 1940, quando foi adquirida por dez contos de réis (cerca de R$ 10 mil) uma nova área para um campo no bairro Rio dos Sinos. Logo, o local passou a ser chamado de Taba Índia. Lá, o clube manteve-se até 16 de março de 1961, quando finalmente foi inaugurado o Estádio Monumental do Cristo Rei, no bairro Cristo Rei.…

A sede central e a “lojinha do Aimoré” em 1985,
na Rua Independência, ao lado do nº 1087. Prédio já demolido.

ILUMINAÇÃO


Em 1980, depois de receber o comunicado da Federação Gaúcha de Futebol que não poderia participar da fase final do campeonato estadual por não possuir iluminação em seu estádio, todos no Aimoré se mobilizaram. Não demorou e no dia 25 de dezembro do mesmo ano o clube inaugurou seu primeiro sistema de iluminação artificial. Atualmente, existem no estádio seis torres de 30 metros e com 50 lâmpadas cada.





HINO

(Letra e música de Ary Georg e Danilo Silva)



Aimoré, Aimoré!
Clube do meu coração
Torço por ti, vibro por ti
Com toda minha emoção

Aimoré, Aimoré!
Oh! Bravo índio capilé
Tuas vitórias nos enchem de glórias
Por ti sempre de pé

Oh! Aimoré alvi-azul
Brilhas no Rio Grande do Sul
És o cacique da taba
Contigo ninguém acaba.




domingo, 1 de abril de 2012

Clássicos- Vila Nova x Goiás.


                CAMPEONATO GOIANO 2012


VILA NOVA 3 x 2 GOIÁS             CIDADE:GOIANA/GO
DATA:01/04/2012               ESTÁDIO: SERRA DOURADA
GOLS:
VILA NOVA: 3 PATRIC.
GOIÁS: 1 THIAGO HUMBERTO; 1 IARLEY.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Clássicos- Palmeiras X Corinthians.

CAMPEONATO PAULISTA 2012

CORINTHIANS 2 x 1 PALMEIRAS     CIDADE:SÃO PAULO/SP
DATA:25/03/2012    ESTÁDIO:PACAEMBU
GOLS:
PALMEIRAS:1 MARCOS ASSUNÇÃO.
CORINTHIANS: 1 PAULINHO; 1 MÁRCIO ARAÚJO.

Copa do Brasil 2009- Corinthians Campeão.

Corinthians conquista o título da Copa do Brasil

O Corinthians conquistou o título da Copa do Brasil-2009 ao empatar com o Internacional por 2 a 2, depois de abrir 2 a 0 na etapa inicial, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

Jorge Henrique abriu o placar, aos 20min do primeiro tempo, para o Corinthians. Oito minutos depois foi a vez de André Santos ampliar a vantagem. No segundo tempo, Alecsandro marcou duas vezes para o Inter, aos 25min e aos 29min. 

Para ser campeã, a equipe paulista - que venceu o jogo de ida, em São Paulo, por 2 a 0 - poderia perder por um gol de diferença ou até por dois desde que marcasse pelo menos um na partida. Assim, a torcida corintiana em Porto Alegre já festejava no primeiro tempo desta quarta. 

O clube paulista obtém assim a sua terceira conquista nessa competição nacional --já havia levantado a taça nas edições de 1995 e 2002. Apenas Grêmio e Cruzeiro, com quatro títulos cada, venceram mais vezes o torneio do que os corintianos. 

O time do técnico Mano Menezes, campeão da Série B em 2008, também se sagrou na atual temporada campeão paulista, ao levar o título estadual de forma invicta. 

O título da Copa do Brasil já assegura o Corinthians na Taça Libertadores de 2010, ano em que o clube completará seu centenário --por isso, o clube do Parque São Jorge colocou a classificação para o torneio sul-americano como grande objetivo neste ano. 

A decisão na Copa do Brasil-2009 foi a segunda consecutiva dos corintianos no torneio, já que no ano passado perderam a final para o Sport fora de casa, após abrir vantagem de dois gols no jogo de ida. 

Naquela oportunidade, o clube alvinegro venceu o time pernambucano por 3 a 1, no jogo de ida, no Morumbi, mas sucumbiu ao perder por 2 a 0 a partida decisiva na Ilha do Retiro, no Recife. 

Jogo 

Mesmo em casa, o Internacional entrou em campo com o seu uniforme branco. O Corinthians utilizou a sua camisa preta com listras brancas. 

O atacante Nilmar e o lateral Kléber, ambos do Inter, e André Santos, do Corinthians, voltaram da seleção brasileira, campeã da Copa das Confederações, e participaram da decisão desta quarta-feira. 

A partida começou equilibrada. O time gaúcho procurou explorar a velocidade da sua dupla ofensiva, Nilmar e Taison. O Corinthians não ficou recuado e também mostrou velocidade no ataque. 

D'Alessandro criou uma boa oportunidade para o Inter, mas chutou fraco para fora do gol. O Corinthians respondeu com Jorge Henrique, que chegou a marcar o gol, mas o árbitro Ricardo Ribeiro anotou impedimento e anulou o lance. 

Bem colocado em campo, a equipe do Parque São Jorge evitou tomar sufoco e ainda abriu o placar aos 20min. Jorge Henrique saltou e, de cabeça, mandou a bola para o gol. 

O Inter se desestabilizou e viu o time paulista dominar a partida. O resultado foi o segundo gol corintiano marcado em um forte chute de André Santos, aos 28min. 

Além de o ataque funcionar, a defesa corintiana também trabalhou bem. E, quando Nilmar teve liberdade e acertou forte chute, o goleiro Felipe se esticou todo para espalmar e fazer grande defesa. 

No segundo tempo, o Inter tentou pressionar mais. Com a entrada do atacante Alecsandro na vaga do meio-campista Glaydson, o Inter aumentou a sua força ofensiva. 

Fechado na defesa, o Corinthians impôs forte marcação e buscou roubar a bola para sair em contra-ataque. 

Para tentar furar esse bloqueio, a equipe gaúcha cruzou muitas bolas na área. Taison ainda foi substituído por Andrezinho. Aos 25min, Alecsandro tocou na saída de Felipe e diminuiu a vantagem. 

O Inter chegou ao empate aos 29min. Novamente, Alecsandro foi quem marcou, ao aproveitar um cruzamento. Logo depois do empate, jogadores se desentenderam em campo e D'Alessandro acabou recebendo o cartão vermelho. Na confusão, os técnicos Mano Menezes e Tite também foram expulsos por entrarem em campo. 

Aos 38min, Elias foi expulso depois de uma falta, e o Corinthians passou a jogar com dez jogadores.
CORINTHIANS - Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos (Diego); Cristian (Boquita), Elias e Douglas; Dentinho (Dentinho), Ronaldo e Jorge Henrique. Técnico: Mano Mwenezes.

INTERNACIONAL - Lauro; Bolívar (Danilo Silva), Índio, Danny e Kleber; Glaydson (Alecsandro), Magrão, Guiñazu e D'Alessandro; Taison (Andrezinho) e Nilmar. Técnico: Tite.

Gols: Jorge Henrique, aos 19, e André Santos, aos 28 minutos do primeiro tempo; Alecsandro, aos 25 e aos 29 minutos do segundo tempo

Cartões amarelos: Índio, Taison, D'Alessandro (I); André Santos, Elias, Jean, Douglas (C). Cartão vermelho: D'Alessandro (I). Elias (C).

Público: 50.286. Renda: R$ 754.460,00

Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 1/7/2009. Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG). Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (Fifa/BA) e Roberto Braatz (Fifa/PR).

FONTE: gazetaweb.com

quinta-feira, 22 de março de 2012

Campeonato Paulista 1990- Bragantino campeão.


BRAGANTINO CAMPEÃO PAULISTA DE 1990





26 de agosto de 1990, domingo à tarde, Estádio Marcelo Stefani lotado, mais de 15 mil pessoas presentes para acompanhar a final do Campeonato Paulista. Final inédita entre duas equipes do interior: CA Bragantino x GE Novorizontino. Bragança Paulista literalmente parou...
Depois de um empate em 1 a 1 no primeiro jogo em Novo Horizonte, o Braga jogava por mais dois empates, no jogo (tempo normal) e na prorrogação. E foi justamente o que aconteceu: 1 a 1 no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação.

Tiba foi considerado o herói do titulo, pois marcou aos 26 min da etapa final o gol que garantiu a conquista. O Novorizontino vencia por 1 a 0, e a apreensão no estádio começava a tomar conta do torcedor.
O gol tinha que ser chorado. Tiba recebeu o passe, invadiu a área e bateu cruzado. A bola ainda tocou no poste direito de Maurício, goleiro adversário, antes de entrar.

O Bragantino foi a campo com: Marcelo, Gil Baiano, Junior, Carlos Augusto, Biro Biro, Mauro Silva (Franklin), Ivair, Mazinho (Robert), Tiba, Mario, João Santos. Téc: Vanderlei Luxemburgo.

Fonte: blog do loredo.
blogdoloredo.blogspot.com.br


terça-feira, 6 de março de 2012

Copa libertadores da América 1962- Santos Campeão.


1962: O Santos F.C. conquista a América



Em 1962, já não se havia dúvidas de qual era o melhor clube do Brasil.
 O campeão brasileiro não teve muita folga; apenas 11 dias depois de golear o Bahia
 na final da Taça Brasil de 1961, o Alvinegro já estava no Equador vencendo o
 Barcelona S.C., de Guayaquil, por 6x2. O time desfilou, naquele início de ano,
 pelos gramados sul-americanos com um objetivo em mente. Depois de alcançar a
 hegemonia estadual e de se firmar como campeão da principal competição nacional,
 o time agora almejava vôos maiores: o clube já se tornava campeão de diversos torneios
 amistosos disputados na Europa e América Latina, e agora o Santos Futebol Clube podia 
conquistar seu primeiro título internacional oficial: a Copa Libertadores da América de 1962.
 Para não repetir o fracasso do Bahia em 1960 
(eliminado na fase inicial pelo San Lorenzo, da Argentina) e também não ficar no "quase" 
como o Palmeiras (que perdeu na decisão para o Peñarol, do Uruguai) na edição anterior,
 o elenco circulou pelo continente e teve 8 vitórias, 1 empate e 1 derrota diante de algumas
 das melhores equipes dos países visitados, entre elas o campeão argentino Racing, 
que foi goleado por 8x3.



A Taça Libertadores (que nasceu com o nome de Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões,
 depois foi rebatizada com o nome do troféu) teve sua primeira edição em 1960, 
e tinha (como tem até hoje) o objetivo de determinar o campeão sul-americano.
 Também tinha como objetivo inicial credenciar o clube campeão à disputa do 
Mundial Interclubes, que havia sido criado no mesmo ano numa parceria da
 FIFA com a CONMEBOL e a UEFA, que organizava desde 1955 a
 Copa dos Campeões Europeus (atualmente conhecida como Liga dos Campeões da Europa).
 A Libertadores foi criada nos mesmos moldes do campeonato europeu, envolvendo nas
suas primeiras disputas apenas os campeões nacionais.
Na sua primeira edição, sete países foram representados, entre eles o campeão brasileiro de 1959,
o Bahia. O campeão acabou sendo o uruguaio Peñarol. Na segunda edição, todos os
 nove países filiados tinham seus campeões inscritos no torneio, que foi vencido novamente
pelo Peñarol, que venceu o Palmeiras na decisão.

A terceira edição da Taça Libertadores da América teve 10 participantes: eram os 
nove campeões nacionais do continente em 1961, além do campeão continental do mesmo ano,
 o Peñarol. Este já entrava nas semifinais, enquanto os demais clubes eram distribuídos em 
três grupos, cada um com três times. Os vencedores dos respectivos grupos se classificavam
às demais vagas na fase semifinal. Nas semifinais e final, seguia-se o modelo que era reproduzido
inclusive, na Taça Brasil: eram disputados dois jogos, e quem somasse mais pontos se classificava
 (ou, no caso da final, era o campeão). Em caso de empate no número de pontos, era jogada
 uma partida de desempate em campo neutro. Caso esta partida terminasse sem vencedor,
 mesmo após a prorrogação, o primeiro critério de desempate era o saldo de gols.

Pelé e Spencer, final da Libertadores de 1962.

Assim, o Santos entrou no Grupo 1, com o Deportivo Municipal, da Bolívia,
 e o Cerro Porteño, do Paraguai. Apenas 9 dias depois de jogar sua última
 partida pela excursão citada no primeiro parágrafo, o time brasileiro estreou 
vencendo na altitude de La Paz, por 4x3, e na rodada seguinte despachou os bolivianos 
com um 6x1. Ao enfrentar o campeão paraguaio, o Alvinegro teve dificuldades no jogo
 disputado em Assunção, que terminou empatado. Porém, na Vila Belmiro, o Santos 
dependia de um empate para se classificar, mas deu um show e conseguiu aquela que 
é sua maior goleada em um campeonato internacional: um sonoro 9x1, que até hoje 
aparece no top 5 das maiores goleadas da Copa Libertadores.
Nas semifinais, a parada foi mais difícil: num jogo disputado em Santiago (Chile),
 Santos e Universidad Católica ficaram no 1x1. No jogo de volta, Zito marcou o tento
solitário que levou o clube da Baixada Santista à final. O seu adversário? Era o campeão
 mundial de 1961, um time das cores amarela e preta, que havia simplesmente vencido 
as duas edições do certame continental disputadas até então e na terceira edição 
chegava à terceira final: era o Club Atlético Peñarol, sem dúvida outro que foi um 
dos maiores do mundo naqueles anos 60.
No primeiro jogo, que aconteceu em 28 de julho, o Peixe não tinha Pelé, machucado. 
Mesmo com o estádio Centenário repleto de fanáticos torcedores do Peñarol, o Santos
 não se intimidou e venceu de virada com dois gols de Coutinho.
No jogo de volta, cinco dias depois, o Santos tinha o famoso Alçapão da Vila a seu favor,

 mas saiu atrás com um gol do equatoriano Spencer, mas virou ainda no
 1º tempo com Dorval e Mengálvio. Porém, no 2º tempo, o time uruguaio iniciou uma reação
 impressionante e aos 6 minutos já estava 3x2 para os aurinegros. O terceiro gol do Peñarol
 provocou reações hostis da torcida santista e, temerosos com a segurança, a arbitragem
 preferiu manter a partida em disputa até o fim do jogo, mas na prática já não valia mais nada. 
Pagão ainda havia feito o gol de empate aos 32', e o resultado dava o título ao Santos, 
com muita festa dos adeptos alvinegros e volta olímpica dos jogadores. 
Este jogo foi mais um daqueles episódios que merecem o título de "Noite das Garrafadas": 
mais adiante explicitarei mais detalhes sobre o ocorrido.
Porém as coisas não acabaram por aí. Dois dias depois, foi divulgado que o jogo havia
 durado 51 minutos apenas, e que o Peñarol, portanto, seria o vencedor da partida.
 Não restou outra opção: no histórico 30 de agosto de 1962, no Estádio Monumental de Núñez,
 em Buenos Aires, o Santos massacrou o adversário sem piedade e destruiu os 
sonhos do tricampeonato rival. Logo aos 11 minutos de bola rolando, Coutinho
 bateu cruzado e o defensor Caetano completa contra a própria meta. No segundo tempo, 
o recuperado Edson Arantes do Nascimento completou o espetáculo, marcando o
 segundo gol já aos quatro minutos. No finalzinho, o mesmo Pelé recebe passe de Coutinho,
 mata no peito e chuta com força para fechar o placar.
O Santos F.C. era pela primeira vez campeão da Copa Libertadores da América e se
 tornava o primeiro clube brasileiro a conquistar um campeonato internacional.


Santos Campeão 1962.

Seguem listados os clubes que participaram da Taça Libertadores de 1962:


  • C.A. Peñarol (Uruguai)
  • Club Deportivo Municipal (Bolívia)
  • Club Cerro Porteño (Paraguai)
  • Santos F.C. (Brasil)
  • Club Nacional de Fútbol (Uruguai)
  • Club Sporting Cristal (Peru)
  • Racing Club (Argentina)
  • C.D. Universidad Católica (Chile)
  • C.D. Los Millonarios (Colômbia)
  • C.S. Emelec (Equador)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Quando o Independiente derrotou a ditadura.



Quando o Independiente derrotou a ditadura.
No dia de aniversário de Ricardo Bochini, nada melhor do que lembrar um dos mais gloriosos jogos da história do Independiente. No dia 25 de janeiro de 1978 o clube, comandado por Bochini, conquistava mais um título nacional. Para isso precisou vencer o Talleres de Córdoba, a arbitragem, e sobretudo a ditadura militar argentina.
A década de 1970 é a mais gloriosa da história do Independiente. Após o bi da Libertadores em 1964 e 1965, a equipe consolidaria sua fama de “El Rey de Copas” ao vencer quatro edições seguidas do torneio, entre 1972 e 1975, façanha até hoje não alcançada. O Rojo venceu ainda dois títulos nacionais naqueles anos (o Metropolitano de 1970 e o Nacional de 1971), e chegou pela primeira vez ao título mundial interclubes, em 1973.
Naquele mundial despontou aquele que seria o maior ídolo Rojo desde Arsenio Erico: Ricardo “Bocha” Bochini. Talentoso meiocampista, era especialista em deixar os companheiros na cara do gol, embora também marcasse os seus. Seu talento ficou óbvio quando, aos 19 anos de idade, comandou o Independiente na conquista do mundial de 1973, marcando o gol do título sob a Juventus de Turim em pleno estádio Olímpico de Roma.
Em 1977 aquela equipe vencedora não era mais a mesma. A grande maioria dos jogadores não estava mais lá, assim como o lendário técnico Roberto Ferreiro. Mas Bochini continuava no Rojo, assim como o outro grande craque da equipe, Daniel Bertoni. E o treinador José Omar Pastoriza podia contar com outros brilhantes jogadores, como Omar Larrosa, que havia brilhado no grande time do Huracán entre 1973 e 1976.
E no Nacional de 1977 um rejuvenescido Independiente voltou a dar alegrias à sua torcida. Venceu dez das primeiras doze partidas, se classificando com antecipação para a fase final. Na semifinal, suplantou o Estudiantes, para encontrar o Talleres de Córdoba na grande decisão. Na primeira partida, em Avellaneda, prevaleceu o empate em 1 a 1. Tudo seria decidido em Córdoba: o vencedor levaria o título, e em caso de empate levaria a taça quem marcasse mais gols fora de casa (uma inovação para a época).
Mas logo ficou claro que as coisas não se resolveriam apenas no campo de jogo. O comandante militar e governador da província de Córdoba era nada menos do que Luciano Menendez, representante da linha-dura extremista da ditadura argentina. Para os membros dessa corrente, como Menendez e Suarez Mason, militares como Jorge Videla e Emilio Massera (posteriormente condenados à prisão perpétua pelas violações aos direitos humanos cometidas naqueles anos) eram demasiado tolerantes com a oposição. Entre outros feitos, Menendez era o responsável pelo Massacre de Las Palomitas, quando prisioneiros foram executados nas prisões da província de Salta.
E esse homem violentíssimo, vivendo o auge do poder, expressou claramente seu desejo de que o Talleres fosse campeão. No auge da repressão, isso era mais do que o suficiente. E quando as equipes entraram em campo naquele 25 de janeiro de 1978, ninguém sabia o que esperar.
A princípio tudo correu normalmente. As equipes buscavam o gol, e o Independiente virou o primeiro tempo em vantagem, com um gol de cabeça de Outes, o artilheiro máximo do clube no torneio. Mas no segundo tempo as coisas começaram a se complicar quando aos 13 minutos um centro da esquerda bateu no corpo de um defensor do Independiente na lateral da área. O juiz marcou o penal, bastante duvidoso, e convertido por Cherini (que por sinal sequer comemorou o gol tão importante; baixou a cabeça e caminhou de volta para o meio campo).
Aos 25 minutos o jogo se complicou de vez, quando Bocanelli aproveitou um centro e empurrou a bola para o gol com as mãos. O gol, flagrantemente ilegal, foi validado pela arbitragem, colocando os cordobeses em vantagem. No desespero, inconformados com tamanha injustiça, Trossero, Galván e Larrosa (os dois últimos seriam campeões mundiais pela seleção argentina naquele mesmo ano) agrediram verbalmente o árbitro e foram expulsos.
Com três a mais, resultado favorável, arbitragem a favor, e jogando em casa, o Talleres tinha o título nas mãos. Mas não tinha Ricardo Bochini. Aos 41 do segundo tempo Bocha tabelou com seu grande amigo Bertoni (outro campeão mundial pela seleção em 78) e chutou a bola com força no alto da rede adversária.
O Independiente havia arrancado um miraculoso empate que lhe daria o título. Nos minutos finais da partida o Talleres atacou incessantemente, e o goleiro Roganti ainda teve tempo de fazer duas defesas dificílimas. E a bola estava em suas mãos quando o árbitro encerrou a partida.
O Independiente era campeão nacional de 1977, Bocha se consagrava definitivamente como um deus em Avellaneda, e a ditadura argentina sofria uma grande derrota nos gramados. Há exatamente 33 anos, o grande craque que hoje completa seu 57º aniversário se transformava em verdadeira lenda.
Fonte: futebol portenho