sábado, 3 de março de 2012

Curiosidades do Brasileirão.

 BRASILEIRÃO 1972.
O primeiro título da academia.
DUDU E BRITO BRIGANDO PELA BOLA
Foi a primeira final entre clubes de São Paulo e Rio de Janeiro.
E foi uma partida muito disputada, que acabou em 0x0.
Prevaleceu a melhor  campanha do verdão, que assim conquistava seu primeiro título nacional.

 A estréia do vovô.
O meia toninho Cerezo,  craque do Atlético-MG, fez sua estréia no Brasileirão neste  ano.
Por anos e anos foi destaque do Galo e depois ainda tava fôlego para jogar mais algumas partidas até 1996.


sexta-feira, 2 de março de 2012

Sport Campeão Brasileiro 1987.


Campeonato Brasileiro 1987

Sport, o Campeão Brasileiro de 1987
Sport, o Campeão Brasileiro de 1987
Em 1987, o Sport Club do Recife viveu dias de glória, se sagrando Campeão Brasileiro de 1987. Uma vitória conquistada no campo e nos tribunais. O título foi resultado de uma verdadeira batalha judicial, envolvendo desde a CBF à própria Fifa, numa briga entra cartolas pernambucanos e cariocas.
Isso porque o Flamengo declarou-se Campeão Brasileiro à revelia das normas definidas pela CBF, alegando ser o vitorioso na etapa que envolvia o Clube do 13. Na verdade , o Flamengo descumpriu a tabela que exigia um jogo entre o finalistra do Clube do 13 e o finalista entre os 19 restantes. Segundo o então presidente do Sport, na época, Homero Lacerda, o campeonato fora vendido para a Rede Globo de Televisão e outros grandes patrocinadores, que por conta própria resolveram encerrá-lo ao final da disputa entre os 13 clubes. O que fez o Flamengo deixar de comparecer à partida final contra o Sport.
Depois de muita briga na Justiça, a CBF e a Fifa legitimaram o Sport como Campeão Brasileiro de Futebol e consideraram que o Flamengo perdeu de W.O por não ter comparecido à partida final. A prova disso é que o Sport foi o representante do Brasil na Libertadores da América. Para Homero, o Leão somou uma vitória que confirma a garra e determinação do time pernambucano. Com certeza o título brasileiro, polêmico e sofrido, arrancado duplamente, em campo e na Justiça, representa o maior troféu da imensa coleção que contitui o museu rubro-negro. Assim a camisa do clube passou a contar com a estrela dourada de Campeão do Brasil!

Campanha do Sport

Campeão Brasileiro de 1987
Campeão Brasileiro de 1987
Primeira Fase - Turno
16/09 - Atlético/PR 1 x 1 SPORT
20/09 - SPORT 2 x 0 Guarani
23/09 - SPORT 3 x 0 Criciúma
27/09 - Joinville 0 x 1 SPORT
30/09 - Portuguesa 1 x 1 SPORT
04/10 - Atlético/GO 0 x 0 SPORT
07/10 - SPORT 1 x 0 Rio Branco/ES
11/10 - SPORT 4 x 0 Inter de Limeira
Primeira Fase - Returno
25/10 - SPORT 2 x 1 Ceará
28/10 - Bangu 2 x 0 SPORT
01/11 - SPORT 1 x 0 Náutico
08/11 - SPORT 0 x 0 Vitória/BA
11/11 - CSA 0 x 1 SPORT
15/11 - SPORT 2 x 1 Treze/PB
Semifinais
25/11 - Bangu 3 x 2 SPORT
29/11 - SPORT 3 x 1 Bangu
Finais do Módulo Amarelo
06/12 - Guarani 2 x 0 SPORT
13/12 - SPORT 3 x 0 Guarani
Obs. Nos pênaltis 11 x 11. O Sport foi declarado campeão do grupo amarelo pela CBF, pois fez a melhor campanha.
Cruzamento para decisão do título de 87
27/01/88 - Flamengo x Sport, vencido pelo Sport por WO
27/01/88 - Guarani x Internacional, vencido pelo Guarani por WO
30/01/88 - Guarani 1 x 1 SPORT
07/02/88 - SPORT 1 x 0 Guarani
Obs. Flamengo e Internacional, campeão e vice do módulo Verde se recusaram a participar do cruzamento e perderam seus jogos por WO.
A Epopeia
E FOI ASSIM QUE COMEÇOU...

Ano 1987. Assume a presidência do Sport Club do Recife o engenheiro e empresário Homero de Moura Lacerda. Homero como já era bem conhecido do torcedor Rubro-Negro, é um homem de temperamento forte, com perfil guerreiro e se dispôs a fazer de tudo para tirar o Leão daquele jejum de títulos que vinha sofrendo desde a conquista de seu ultimo tricampeonato em 82, quando do mandato de José Antonio Alves de Melo. 

O primeiro turno do Pernambucano daquele ano havia sido conquistado pelo Santa Cruz, o que estimulou mais ainda à vontade de Homero em tirar o Rubro negro daquele ostracismo. Ousado, como de costume, ele e sua diretoria de futebol começaram um trabalho árduo na busca de grandes jogadores para compor nosso elenco e promover uma reviravolta naquele campeonato. 

Luiz Carlos, nosso grande centroavante, e Luizinho, um promissor lateral esquerdo, foram negociados com o Santos, de onde vieram o renomado ponta Éder Aleixo e de "contrapeso" o meia Ribamar, que ironicamente se tornou o maior craque do Sport naquele ano. Ainda vieram o fantástico Robertinho, o impetuoso Zé Carlos Macaé, Ademir Lobo e o veterano e campionissimo goleiro Émerson Leão. 

O esforço surtiu o efeito desejado, tanto que conquistamos o segundo turno do campeonato e partimos para uma extra contra o Santa Cruz. A essa altura Leão já havia assumido o comando técnico, estreando nessa carreira. Jogávamos em casa pela vitória simples. Ainda no primeiro tempo nosso goleiro Márcio se contunde e Leão teve que dar uma de dublê de técnico e jogador e entrou na partida. Estávamos vencendo por 1x0 e isso já bastava. Mas infelizmente forças ocultas fizeram com que o nosso zagueiro Eraldo enfiasse a cabeça numa bola sem grandes perigos decretando o empate da partida em 1x1. E esse foi o placar final. Perdemos mais um titulo e o jejum prosseguia. Mas a idéia de Homero em dar um titulo ao Sport ainda estava fixa em sua mente. 

NASCE O CLUBE DOS 13 

Paralelamente a estes fatos, os principais clubes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Bahia decidem se reunir e criar uma associação denominada Clube dos 13, presidida pelo então presidente do São Paulo Michel Aidar, que serviria exclusivamente para a formação de uma liga constituída somente por eles próprios e alguns outros poucos convidados, tentado assim, monopolizar toda mídia nacional e toda receita de patrocinadores a seu redor. Assim, Otavio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, respectivamente presidente e vice-presidente da CBF na época, começaram a ser pressionados de todos os lados pelo Clube dos 13, que contava com o apoio de Manoel Tubino, presidente do C.N.D., para que o campeonato Brasileiro daquele ano fosse disputado a seus moldes. Queriam escolher os participantes e toda renda publicitária mesmo que tudo isso ferisse os regimentos da confederação brasileira de futebol e os direitos adquiridos por outros clubes, como Bangu, Guarani, América-RJ, Criciúma, que havia feito extraordinária campanha no ano anterior e seriam excluídos da 1ª divisão sem razão plausível. O próprio Sport havia obtido índice técnico suficiente para permanecer no grupo de elite e mesmo assim ficaria de fora. Isso provocou a movimentação dos presidentes de federação e clubes que se sentiam prejudicados pelos desmandos que se anunciavam ocorrer. 

CHEDID COLOCA PANOS QUENTES NA QUESTÃO...

Numa tentativa de agradar a gregos e a troianos, Nabi Abi Chedid confeccionou uma tabela que dividia os clubes da primeira e segunda divisão em 4 módulos : verde, amarelo, azul e branco, onde os 2 primeiros seriam considerados 1ª divisão e os dois últimos, 2ª divisão. Ao final, o grupo verde e o grupo amarelo teriam seus respectivos campeões e vice que se enfrentariam num quadrangular, decidindo assim, quem seria o campeão do ano. 

O módulo verde, do qual pertencia os membros do clube dos 13 mais Santa Cruz, graças a Marco Maciel, Coritiba e Geais, foi totalmente moldado segundo os interesses financeiros de seus componentes, pois concentraram em suas mãos toda transmissão de TV e um polpudo patrocínio da Coca Cola, não restando absolutamente nada para os integrantes do módulo amarelo. 

15/09/87 - O INICIO DA GUERRA

Depois de tantos desmandos finalmente no dia 15/09/87 é aprovada uma tabela e um regulamento para a competição possibilitando assim o seu inicio. A idéia inicial de Nabi Abi Chedid foi mantida e a 1ª divisão passou a ser constituída pelo módulo verde formado por Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Internacional, Bahia, Coritiba, Goiás e Santa Cruz, e o módulo amarelo formado por: Sport, Guarani, Bangu, Inter de Limeira, Náutico, América-RJ, Vitória, Atlético-PR, Criciúma, Joinville, Rio Branco, Atlético de Goiás, Portuguesa, Ceará, CSA e Treze. O módulo amarelo seria dividido em duas chaves, A e B, da qual sairia um representante de cada uma para disputar o titulo do modulo amarelo e, por conseguinte, o titulo nacional contra os vencedores do módulo verde. 

Já no dia 16/09 o Sport faz sua estréia, na Ilha, empatando contra o Atlético PR em 1x1. Começou o campeonato e prosseguia a confusão. O América carioca não aceita o regulamento e se retira da competição, impetrando um mandato de segurança contra a CBF. 

O Sport, em defesa de seus direitos, aciona a TV Globo, que tinha o direito de televisionamento exclusivo sobre o campeonato Brasileiro, pois só quem via a cor do dinheiro eram os componentes do clube dos 13. Também recebiam com exclusividade um milionário patrocínio da Coca-Cola e do açúcar União, que emprestou seu nome para batizar a disputa do modulo verde. 

O clima fica feio entre a TV e o modulo amarelo que passa a ser boicotado pela mesma. Em retaliação a esse fato o Sport também boicota a tv e proíbe a comercialização de Coca Cola na Ilha do Retiro. No campo de jogo, o Sport vai vencendo seus adversários, sendo imbatível dentro da Ilha e irresistível fora dela.
SPORT X BANGU - VITÓRIA NO CAMPO DE JOGO E NOS TRIBUNAIS
A final da chave A foi disputada entre Sport e Bangu, time dirigido pelo bicheiro carioca Castor de Andrade. Foi uma verdadeira guerra. Na partida de ida fomos hostilizados de todas as maneiras possíveis e imagináveis. Nossos atletas e dirigentes foram apedrejados e coagidos. Com todo esse clima não conseguimos a vitória. Fomos derrotados por 3x2 e Macaé declarou nos microfones das rádios que se perdêssemos daquele timeco aqui na Ilha ele mudaria de nome. A partida de volta foi realizada no dia 29/11/87 e o Bangu recebeu o troco com juros e correções. Não só levou uma surra de 3x1 como também foram severamente hostilizados por nossa torcida, tendo o seu presidente Castor de Andrade sido atingido por uma pedra no rosto. Nesta partida muitos torcedores passaram mal pela emoção envolvida e infelizmente alguns vieram a falecer.
SPORT: Flávio, Betão, Estevam, Marco Antonio, Macaé; Rogério, Ribamar e Zico; Robertinho, Nando e Neco.
Bangu: Gilmar, Edvaldo, Marcio, Rossini, Mauro Galvão e Pedrinho; Tobi, Robson e Paulinho Criciúma; Marinho, Gil e Macula.
Juiz: José de Assis Aragão
Gols: Zico, Betão e Nando para o Sport e Marinho para o Bangu.
O resultado nos deu o titulo da chave A e decidiríamos o módulo Amarelo contra o Guarani. Mas antes que esse jogo fosse realizado o Bangu protestou contra a partida aqui na Ilha tentando alegar que o jogo foi realizado dentro de um clima totalmente desfavorável ao seu time. Mas o Sport venceu em 1ª e 2ª estância e deu prosseguimento a sua campanha vitoriosa. É valido ressaltar que o presidente da FPF, Fred Oliveira, quando compareceu em uma destas audiências envolvendo Sport e Bangu foi violenta e covardemente agredido pelos capangas do bicheiro.
SPORT CAMPEÃO DO MÓDULO AMARELO
Continuando a luta pelo título maior, Sport e Guarani se enfrentam em 2 partidas de ida e volta pelo título do Módulo Amarelo. As partidas ocorreram em dezembro de 1987. No jogo de ida fomos derrotados por 2x0. No jogo de volta vencemos por 3x0 e como o regulamento não previa critérios de desempate para este caso houve decisão por cobrança de pênaltis. Quando o placar marcava 11 x 11 o Guarani desistiu da disputa dando assim o título do para o Leão.
FUGA DO CRUZAMENTO: INTERESSES FINANCEIROS E TEMOR DA DERROTA
Determinado os campeões e vices dos dois módulos, segundo o regulamento, deveria haver um quadrangular decisivo entre eles de modo que o clube que obtivesse o melhor índice técnico seria declarado Campeão Brasileiro de 1987.
Como se sabe, a Coca Cola havia fechado um patrocínio gordo com o clube dos 13 para que sua marca fosse exibida de todas as maneiras possíveis durante os jogos. Foi sugerido inclusive que se colocasse no circulo central de campo a logomarca do refrigerante. Tal procedimento fere as leis da FIFA e por isso seria impossível sua concretização. Portanto o acordo firmado entre a fabrica de refrigerante e o Clube dos 13 seria o uso da logomarca no uniforme de todos os clubes que participasse da competição sob pena de não receber os 50% da verba restante ao final do campeonato. O Sport e o Guarani estavam rompidos com a Coca Cola e por isso seria impossível cumprir tal exigência, pois alem disso não viram as cores do dinheiro.
Então Marcio Braga, presidente do Flamengo, junto com Aidar, presidente do Clube dos 13, temendo perder a verba da Coca e o titulo nacional de 1987 tentaram de todos os artifícios possíveis para acabar com o cruzamento entre os módulos.
Numa primeira tentativa, vergonhosamente Aidar tenta aliciar Homero, oferecendo-o uma vaga no clube dos 13 em troca do cruzamento. Este foi veementemente negado. Então começaram as ameaças de aleijamento no campeonato seguinte.
Em outra tentativa, utilizou-se de Manoel Tubino, presidente do C.N.D., desta vez para alterar o regulamento de uma competição já quase concluída, retirando o cruzamento do mesmo. Então Tubino convocou um conselho arbitral para votar tal questão em 16/01/88. A decisão de 383 votos por 96 pelo cancelamento do cruzamento de nada valia, pois esse tipo de alteração deve ser aprovado apenas em caso de unanimidade. E é importante observar que a diferença não é tão expressiva quanto parece visto que o peso dos votos depende da posição no ranking.Nova derrota para eles. Assim, como não conseguiram nenhum meio legal para impedir o prosseguimento do campeonato as datas dos cruzamentos finalmente foram marcadas.
SPORT CAMPEÃO BRASILEIRO DE FATO E DE DIREITO
Sport 1x0 Guarani
Sport 1x0 Guarani
Em 27/01/88 vencemos o Flamengo por WO assim como o Guarani vencia o Internacional, também por WO. Marcaram-se então as duas partidas finais para 31/01 em Campinas e 07/02 aqui na Ilha. O primeiro jogo acabou em um empate de 1x1, tendo Betão de pênalti marcado a nosso favor. A grande final foi marcada na Ilha dia 07/02/88 e como de costume, ela estava lotada. O jogo foi transmitido ao vivo para todo Brasil pelo SBT. Uma verdadeira festa que assombrou a todos aqueles que nunca acreditaram naquilo. Girândolas, fumaça colorida, leonetes, tudo que se tinha direito para a ocasião.
O jogo se inicia com o Sport para cima e o Bugre um pouco inibido, talvez pelo nervosismo. Ao passar do tempo o Sport continua melhor embora o Guarani comece a se aprumar na partida. Estevam, nosso capitão, desperdiça uma cabeçada com a barra aberta. No segundo tempo é que tudo acontece. A partida continua no mesmo ritmo até que aos 20 minutos, Betão bate escanteio com precisão impar na cabeça de Marco Antonio, que mete a bola para o fundo das redes fazendo a Ilha explodir de emoção. E esse gol foi o suficiente para sermos campeões Nacionais de 1987. Conseguimos suportar a pressão desordenada do Guarani que o juiz deu a partida por encerrada. Foi simplesmente fantástica a festa. Toda torcida queria estar junto de seus heróis. O troféu estava lá. Foi erguido por Estevam num momento histórico para o Leão da praça da Bandeira. E a partir daquela data todo torcedor do Sport pôde encher a boca e o peito de orgulho para dizer: EU SOU CAMPEÃO BRASILEIRO DE FUTEBOL!
O ULTIMO SUSPIRO DOS CORRE CAMPO
Numa ultima e desesperada tentativa de impedir a homologação do titulo Rubro-Negro, Manoel Tubino, a mando de Marcio Braga, alega que as partidas finais daquele campeonato de 1987 deveriam ser anuladas, pois haviam ocorrido no ano de 1988 e tal precedente só poderia ser aberto mediante a uma solicitação documental à C.N.D. Porém, o blefe só serviu para desmoraliza-lo, pois Abi Chedid apresentou copia do fax em que Tubino autorizava a realização de partidas do campeonato no ano de 88. Assim, todos os recursos na justiça desportiva se esgotaram.
O Flamengo tentou por diversas vezes recorrer a justiça comum obtendo fracassos estrondosos. Até que desistiu sob ameaça de ser punido pela FIFA. Assim sendo o Sport Club do Recife é o único campeão Brasileiro com o titulo atestado pela justiça desportiva e comum. E essa luta Titânica revelou a toda a Nação como nosso amado Sport Club do Recife é forte e grande.
Confira nos links abaixo mais confirmações e esclarecimentos sobre o título de Campeão Brasileiro de 1987, conquistado de maneira lícita, justa e legítima pelo Sport Club do Recife.

Capa do Diário de Pernambuco

Capa do Diário de Pernambuco
Capa do Diário de Pernambuco
Fonte: Meu Sport

quinta-feira, 1 de março de 2012

Gauchão 2000- Caxias Campeão.


CAXIAS CAMPEÃO GAÚCHO 2000.

No dia 21 de junho de 2000, o Caxias obtinha sua maior conquista, o Gauchão, ao empatar em 0 a 0 com o Grêmio no Olímpico. Na primeira partida, uma semana antes, o Grená havia aplicado 3 a 0, com gols de Gil Baiano, Ivair e Márcio Hahn.
No Olímpico, no final Ronaldinho Gaúcho ainda bateu um pênalti e o goleiro Gilmar defendeu. O treinador do Caxias era Tite, que um ano depois se consagraria no próprio Tricolor.
Embora sejam esses os dois jogos mais lembrados pelos fãs, não foram os únicos memoráveis daquele Gauchão. Há outros duelos inesquecíveis, como a vitória sobre o Grêmio, no Olímpico, por 2 a 1, garantindo a conquista do 1º turno da segunda fase e o direito de disputar a final; as duas vitórias em Ca-Jus (1 a 0 no Alfredo Jaconi e 3 a 0 no Centenário); e o triunfo de 2 a 0 sobre o Inter.
O Gaúchão de 2000 foi disputado por 17 equipes – as 16 da divisão principal e o Rio Grande, convidado por comemorar os 100 anos de fundação. Sem Inter, Grêmio e Juventude, foi realizada uma fase classificatória, com as outras 14 equipes, classificando-se cinco para a etapa decisiva.

Fonte: Jornal Correio do Povo/RS

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ídolos que já se foram.


Nena, zagueiro da Seleção de 1950, morre vítima de câncer em Goiânia

Somente um jogador vice-campeão no Brasil está vivo: Nilton Santos

O ex-zagueiro Nena, vice-campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1950, morreu nesta quarta-feira (17 de novembro de 2010) em Goiânia, vítima de um câncer no pulmão. Agora, apenas um ex-jogador brasileiro que disputou a Copa do Mundo em casa está vivo: Nilton Santos.
Nena, que tinha 87 anos e chamava-se Olavo Rodrigues Barbosa, soube do câncer há poucos dias. O ex-zagueiro de Internacional e Portuguesa não atuou em nenhuma partida da Copa de 50, mas fez parte do grupo que disputou o Mundial no Brasil. Nilton Santos também era reserva.
No total, Nena jogou seis partidas pela Seleção, entre 1947 e 1950, com duas vitórias, três empates e uma derrota. Com a camisa colorada, foi campeão gaúcho em 1942, 1943, 1944, 1945, 1947 e 1948 com o chamado "Rolo Compressor". Em 1952 e 1955, conquistou o Torneio Rio-São Paulo pela Portuguesa.
Em Porto Alegre, o zagueiro ganhou outro apelido: "Parada 18", nome de um ponto de ônibus no bairro Tristeza. Era referência a uma propaganda de rádio e a torcida colorada adaptou o slogan dizendo que nenhum jogador passava por Nena.
O zagueiro parou de jogar em 1958, pela Portuguesa, e continuou em São Paulo trabalhando como auxiliar técnico e funcionário do clube. Depois, chegou a treinar as divisões de base do Corinthians. Em 2003, passou a morar em Goiânia.
O vice-campeão mundial de 1950 deixou um herdeiro nos gramados: o meia Andrezinho, revelado pelo Timão no final dos anos 90 na geração de Gil, Edu e Ewerthon. Andrezinho passou também por Noroeste, Paysandu e Croatia Sesvete, da Croácia.




A morte de Roberto Batata - O dia em que Belo Horizonte parou


O atacante começou jogando em um time amador do Banco Real mas logo foi parar no Cruzeiro onde foi apelidado pelo então técnico da época, o treinador João Crispim, de Batata graças a sua maior paixão: batatas fritas!

O craque foi tetracampeão mineiro, entre os anos de 1972 e 1975 e fez parte daquele histórico time que ganhou a Libertadores em 1976, jogando ao lado de Nelinho, Piazza, Raul e Palhinha. Mas infelizmente o atacante não pode sentir o gosto de levantar a taça graças a uma fatalidade ocorrida dois dias após um jogo contra o Alianza Lima, do Peru.
o jogador faleceu no quilômetro 182 da rodovia Fernão Dias, quando viajava para visitar sua esposa, Denise, e seu filho, então com apenas 11 meses de idade, Leonardo, o destino final seria a cidade de Três Corações.

Gols pelo Cruzeiro: 125 gols em 286 jogos
Nascimento: 24/07/1949, em Belo Horizonte
Morte: 13/05/1976
Posição: Atacante (ponta direita)
Quando jogou pelo Cruzeiro: Entre 1971 e 1976
Títulos pelo clube: Campeonato Mineiro de 1972/1973/1974 e 1975, além da Copa Libertadores de 1976
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fonte: Atlético x Cruzeiro.

MAJOR GALOPANTE

17/11/2006

Puskas 
O Major Galopante morreu, e o futebol perde mais um dos seus gênios eternos.
Puskas tinha 79 anos, e morreu em Budapeste em decorrência do alzheimer, que o acometia desde 2000. Não existe nada que ainda não foi dito sobre o maior artilheiro de uma seleção na história do futebol. Apenas lamento o fato de que ele jogou nos anos 50 e 60, e poucas imagens sobreviveram. Um cracasso, é o que todos dizem. Ninguém ganha 5 Copas dos Campeões impunemente.

UM MINUTO DE SILÊNCIO NAS CANCHAS DO MUNDO


03/11/2006

Morreu Alberto Spencer.
 
O artilheiro máximo da história da Libertadores morreu em Cleveland, com 69 anos, em decorrência de uma operação cardíaca. O futebol mundial perde um dos seus maiores avantes.
Spencer jogou pelo Peñarol, el equipo de casi todo su vida, e anotou 48 gols com a jaqueta carbonera. Conquistou o tri campeonato da Liber em 60, 61 e 66 e o bi mundial em 61 e 66, este último contra o Real Madrid em pleno Bernabéu. É o segundo maior artilheiro da Intercontinental, atrás apenas de Pelé. O total de gols na Liber, 54, foi alcançado com mais 6 tentos pelo Barcelona de Guayaquil.
Spencer jogou vários amistosos com a Celeste, mas nunca disputou mundiais pois queria ter a chance de levar o seu amado Ecuador até as disputas, fato infelizmente não alcançado. Mas gostaria de acreditar que ele viveu uma boa copa, nesta última, com a digna apresentação tricolor.

Curiosidades da libertadores.

Peñarol e Jorge Wilstermann disputaram a  histórica primeira partida da Taça Libertadores,
em 19 de abril de 1960. Os uruguaios venceram por 7x1, e nesse jogo Alberto Spencer, do Peñarol , marcou 4 gols, Spencer, é até hoje, o maior goleador da Taça Libertadores.

Alberto Spencer.

Nesta primeira edição não participaram os clubes campeões da Equador, Venezuela e Peru. O Olímpia, do Paraguai, entrou já nas semifinais.


Devido ao surto de gripe A (H1N1) que afeta o México, as partidas das oitavas-de-final envolvendo os clubes mexicanos não puderam ser realizadas em seus estádios. Após uma tentativa mal-sucedida de levar as partidas para Bogotá na Colômbia, a Confederação Sul-Americana de Futebol decidiu que os confrontos San Luis-Nacional e Guadalajara-São Paulo seriam disputados em jogo único, em Montevidéu e São Paulo respectivamente, sendo definidas nas disputas por pênaltis em caso de empate no tempo normal.Porém os clubes mexicanos discordaram da decisão e anunciaram através da Federação Mexicana de Futebol a desistência do torneio. A CONMEBOL oficializou a desistência dos clubes em 11 de maio, garantindo a São Paulo e Nacional o acesso direto as quartas-de-final.

Copa Libertadores da América 1986 - Ríver Plate.


River plate conquista sua primeira libertadores.

após bater na trave por duas vezes em 1966 e 1976, o RÍVER finalmente conquista a libertadores.

Na primeira fase do torneio, o River Plate foi para o Grupo 1, composto também Montevidéu Wanderers, Peñarol e, sobretudo, o rival Boca Juniors. O grupo era dificílimo se considerarmos que apenas o campeão passaria à segunda fase. Do total de cinco grupos sairiam cinco clubes que se juntariam ao Argentinos Juniors, campeão da edição anterior. Dois grupos de três equipes seriam formados na fase posterior, a chamada fase semifinal. Desta fase sairia o vencedor de cada grupo, que por fim fariam a finalíssima do torneio. O título ficou com o River, mas não foi fácil.
À época se classificavam apenas 20 equipes para a Libertadores. Na edição de 86 foram apenas 18 equipes, pois os dois representantes da Venezuela – Táchira e Estudiantes – não puderam participar, já que a Federação Venezoelana de Futebol estava suspensa. Contudo o Torneio era muitas vezes bem mais difícil do que nos dias atuais, já que os dois representantes de alguns países eram muito fortes. As dificuldades para o Millionario foram ainda maiores, já que além de o outro argentino ser o rival Boca Juniors, havia um outro representante do futebol albiceleste, o Argentinos Juniors, campeão da edição anterior e equipe fortíssima à época. Além disso, o conjunto de Núñez sentia-se pressionado pela conquista, já que até o Bicho de La Paternal, time insignificante perto do River, já havia levado a almejada Taça Continental.
O time do River, contudo, era ótimo; um timaço. Havia se consagrado campeão nacional em 1985/86. E tinha mais. Tinha a fúria de uma equipe que havia anos estava em baixa justamente no momento em que seus rivais mandavam na cancha. De 82 a 85 só havia colhido amarguras, em 83 ficou em penúltimo lugar no Campeonato Nacional. Não fossem os promédios, instaurados então, seria rebaixado à segunda divisão. Para piorar, seu número 9, Vicitor Trossero, morreu nos vestiários após partida com o Rosário Cenral, vitimado por um aneurisma cerebral. Embora tenha chegado em quarto no ano de 84, no campeonato local, o feito foi o resultado do coração millionario e não da categoria da equipe. O que foi exemplificado na humilhante derota para o Ferro Carril Oeste, em partida vital da competição. O River perdeu de 4×0. Em 85, porém, as peças se encaixaram; a equipe ganhou um time, que se somou à fúria millionaria em recolocar as coisas na ordem correta do futebol. Na equipe, a presença de Pumpido no arco, Ruggeri na defesa, Enrique e Alfaro no meio. Na frente nada menos que “el Príncipe Francescoli, goleador do campeonato com 25 gols.
A Campanha
Na partida de estreia o River empatou com o Boca na Bombonera por 1×1. Os xeneizes saíram na frente com um gol de pênalti de Graciani, mas não conseguiram segurar o resultado e Alfaro empatou para os de Núñez. Ao mesmo tempo, em Montevidéu, o surpreendente Wenderers faturava o Peñarol por 3×1 e se colocava como líder do grupo. Esta equipe seria o próximo adversário do River e com um detalhe: a partida seria em Montevidéu. O jogo era uma declaração de intenções. Um empate não significaria muita coisa; além disso, a tabela faria o conjunto millionario descansar e ver os xeneizes realizarem duas partidas na sequência. Com um time encorpado, técnico e aguerrido, o campeão argentino foi à capital charrúa e venceu por 2×0 com dois tentos de um de seus destaques no Torneio: o uruguaio Antonio Alzamendi.
Uma semana depois, o conjunto de Núñez se atentou ao Boca, em seu passeio por Montevidéu. Na primeira partida, o clube argentino venceu o Peñarol por 2×1. Na segunda, quando todos imaginavam que o Boca assumiria a ponta, foi derrotado pelo Wenderers por 2×0. Um dia depois, foi a vez do Millio desembarcar novamente na capital charrúa. O compromisso era “de vida ou morte” para o campeão local. Carregado de história e personalidade, o Peñarol estava machucado pelas duas derrotas e precisava vencer para continuar vivo na competição. Foi um cotejo duro, daqueles que só gente grande disputa. No final, o campeão argentino colocaria cinzas no caixão carbonero ao bater nos uruguaios por 2×0, com dois tentos de Centurión. A partir daí, o campeão uruguaio estava praticamente fora da Copa, sendo eliminado na partida seguinte ao perder o rival local por 1×0. Era hora de se preocupar com a surpresa do grupo e com o grande rival histórico, que dava sinais de que era o time no grupo a ser batido.
No dia 01/09/1986 as atenções se voltaram à Bombonera. E a intenção era secar o Boca Juniors. Com a cancha xeneize entupida de gente, os locais decepcionaram ao igualar em 1×1 com o eliminado campeão charrúa. O resultado foi catastrófico para o Boca Juniors, e, ao mesmo tempo, tudo o que o Millionario queria. Mesmo que os xeneizes vencessem o Wenderers na partida seguinte, estava praticamente eliminada a possibilidade de o River se deparar com seu rival, em Núñez, precisando vencer. Fizesse sua parte, poderia até perder do Boca que ainda assim passaria à próxima fase.
Anfitrião dos uruguaios, o River fez sete gols nas duas partidas e levou três. Bateu no Peñarol por 3×1 (Alonso, 2; Alzamendi e Centurión, 1 gol cada) e no Wenderers por 4×2 (Alonso, 2; Alzamendi e Centurión, 1 gol cada; Bengoechea e Pelletti para os uruguaios). Dessa forma, foi só esperar o rival local na partida que fecharia as disputas do grupo. Muito modificado em campo, o Millionario tratou de faturar o meio-de-campo e de acalmar os ânimos em uma partida que tinha tudo para terminar em confusão. O primeiro tempo não ofereceu muitas emoções. No segundo, logo aos 15, Enrique fez ótima jogada pelo setor direito e cruzou na cabeça de Alzamendi: 1×0. A partir daí os visitantes tentaram o empate e até chegaram à marcação de um gol, que todavia foi invalidado pelo árbitro por impedimento na jogada. A equipe de Núñez estava na segunda fase. Ficaria no Grupo A, junto com o Barcelona do Equador e o Argentinos Juniors. O vencedor do grupo estaria na finalíssima.
Segunda Fase – Grupo A
A primeira partida foi justamente contra o Bicho da Paternal. À época o Argentinos desfrutava de certo respeito. Havia conseguido os maiores resultados de sua história justamente naquela metade da década de 80. O feito de ter conseguido a Libertadores era assombroso. Além disso, tinha no currículo recente o titulo do Metopolitano de 84 e o Nacional de 85. E tinha mais. Havia feito uma partida histórica com a Juventus da Itália na final interclubes. Depois de empatar em 2×2, perdeu apenas nas cobranças de pênaltis. Portanto era esse o grande rival que os millinarios precisavam superar. Atuando fora de casa, o River adotou postura conservadora, pois sabia que se empatasse poderia levar a melhor sobre o Bicho no jogo de volta, em Núñez. O placar final igualado em zero foi tudo o que o time de Núñez desejava.
Então ambos os times argentinos foram a Guayaquil, no Equador, para se depararem com o bom time equatoriano. O primeiro deles foi o Argentinos. Em confronto realizado no dia 01/09 de 1986, o conjunto local fez 1×0 nos bichos colorados. Antes de colocar o Millonario preocupado, o resultado o deixou tranquilo. Na estratégia bastava ir para a “guerra” contra os los Toreros e obter uma vitória. Bastaria isso e a equipe dirigida por Héctor “Bambino” Veira ficaria em situação privilegiada no Grupo. E não deu outra, na partida o Millio se comportou à altura de sua grandeza e fez 3×0 no rival. Foi um show de futebol: o Barcelona perdeu inúmeros gols e nas oportunidades que tiveram Alzamendi, Centurión e Gorosito mostraram para os equatorianos como deveriam se comportar na Libertadores. A vitória foi importante. Maior que ela foi o saldo de gols; algo naquela época, fundamental às pretensões de conquistas.
Na partida seguinte, foi a vez de los Toreros visitarem o Monumental de Núñez. Assutado em campo, o time equatoriano não foi páreo para o conjunto millionario e foi novamente goleado por 4×1. Os gols foram de Centurión 2, Alzamendi e H. Quiñónez, para o River, enquanto G Vásquez descontou para o Barcelona.
Foi a vez de receber o Bicho em Núñez. No começo a estratégia de “Bambino” Vieira era a de empatar fora e ganhar em casa. Contudo, diante das circunstâncias, bem que valia um empate. O conjunto da Paternal tinha apenas um ponto no grupo, enquanto o River já somava cinco e o Barcelona já havia sido desclassificado do torneio. O encontro foi preparado para ser uma festa. O River estava invicto. Estava em alta na competição. Afora isso tinha ainda o fato de que fizera tantos gols de saldo que mesmo se perdesse por um gol ainda assim passaria pelo saldo de gols. Mais de 80 mil hinchas na cancha e a certeza de que a vaga à finalíssima sairia com certa tranquilidade. Fato é que o River respeitava o Argentinos e tinha noção de sua estatura em meados da década de 80. Contudo, as circunstâncias eram por demais favoráveis e não teve como evitar o clima do já-ganhou. Tudo seria justamente assim se o Bicho não tivesse mesmo um grande time.
O embate apresentou as mesmas características no primeiro tempo e início do segundo. Contudo, aos 22 minutos do tempo complementar uma grande articulação de jogadas entre Martínez e Castro pela esquerda. Castro chegou na cara do gol e bateu cruzado no outro canto do arqueiro. O atacante correu por sobre os inúmeros rolos de papel higiênico que coloriam de branco a pista de atletismo e foi comemorar diante da Tribuna Almirante Brown. Uma afronta. Aos 41 minutos, em rápido contragolpe, a pelota sobrou para Mario Videla que ao ver Pumpido em sua direção, trocou de pé e com a parte de fora do pé direito colocou a pelota no canto oposto do arqueiro millionario. Um assombro.
Os minutos finais foram mais dramático do que os jogos da finalíssima. O Bicho estava por um gol. O River também. Sair para o ataque poderia não ser a receita ideal, assim como o demonstrara a postura millionaria em grande parte do cotejo. Por outro lado, não era interessante deixar o habilidoso meio-de-campo da Paternal tramar jogadas a partir da meia cancha. Quando os hinchas olhavam para o campo viam seu clube amado desfilando pelo triunfo; quando olhavam bem, contudo, viam que quem parecia dominar as ações e o mental da partida eram os bichitos colorados de La paternal. Empurrados por 80 mil torcedores o River não teve outra alternativa senão a de fazer daquele encontro a própria final da Libertadores. A única saída era o coração. A única aposta. E foi o que teve de fazer. Precisava ao menos tentar atacar para reter o elenco do Bicho no campo de defesa. Por outro lado, precisava de velocidade e garra para dar o combate necessário aos contra-ataques visitantes. Tinha um problema: jogava com um homem a menos devido à expulsão de Centurión. O jogo foi o espetáculo da tensão. Fosse outra torcida era possível que ficasse o tempo todo calada. Como não era, transformara-se nas artérias que levavam energia vital para os seus jogadores. Com o fim do jogo o desgaste foi tamanho que alguns atletas não tinham energia sequer para tomarem banho. Contudo, o resultado pedia um jogo extra. E ele haveria de ser numa cancha neutra. Reivindicaram o estádio do Vélez.
Atuando pelo empate e sabedor do estrago que o Bicho lhe poderia causar, o River tentou levar a partida no banho-maria. O saldo de gols lhe era favorável e por isso podia empatar o cotejo que ficaria com a vaga. O 0×0 final premiou a melhor campanha do Millionario de Núñez.
Finalíssima
O adversário da final era o América de Cali, da Colômbia. Também era um grande time e vivia o seu momento histórico. O América era o campeão nacional da Colômbia. Fora vice campeão da Libertadores anterior, perdendo justamente para o Argentinos. Seria também o finalista um ano depois, 87, quando perderia para o Peñarol. No elenco três argentinos: Julio César Falcioni, Carlos Ischia e Ricardo Gareca. Também o paraguaio Roberto Cabañas, que seria ídolo do Boca tempos depois. No primeiro jogo, em Cali, o River fez um jogo cerebral. Fechou-se em seu campo de maneira aplicada e esperou pelo conjunto local para explorar os contragolpes. Gareca quase fez em duas oportunidades. Em uma delas, Pumpido fez milagre diante de el Tigre. Porém, no primeiro contragolpe que o visitante encaixou, aos 22, saiu o gol com Funes. No desespero do conjunto local, os argentinos chegaria aos segundo gol aos 26 minutos do segundo tempo. Cabañas descontaria para a equipe colombiana, mas o resultado foi mesmo 2×1 para os argentinos. O América teve então inúmeras chances de chegar ao gol da virada. Não o conseguiu e viu o rival levar a vitória e a traquilidade para a partida de volta, em Núñez.
Na parida de volta mais de 85 mil hinchas foram ao Monumental de Núñez. Teoricamente seria fácil a conquista. Mas, além de superar o bom adversário, o conjunto de Núñez precisava superar a frustração e os fantasmas dos dois vices da Libertadores. Em 1966 possuia um belo time, mas foi superado pelo Peñarol na prorrogação. Em 76 perdeu para o Cruzeiro, na partida-desempate, realizada no Chile.
A partida em si não foi grande coisa. O River sabia que tinha a vantagem do primeiro confronto, em Cali e que, por isso, podia esperar o América em seu campo e buscar os contragolpes. A equipe colombiana era muito forte do meio-de-campo para frente. Suas características ofensivas não a deixarim por muito tempo atrás. Porém não foi bem isso o que ocorreu. Na primeira etapa também o América se preocupou com sua defesa. A estratégia era a de partir para o ataque somente na segunda etapa. Não deu outra. No segundo tempo tentou pressionar o River e se desguarneceu de sua defensiva. Em contragolpe aos 29 minutos, Funes fez o gol da vitória e do título millionario. Um triunfo que enfim fazia justiça a uma equipe que por sua estatura gigantesca jamais poderia ficar sem a taça da principal competição sul-americana.
Comemoração nos vestiários do Monumental de Núñez
Formação titular campeã: Nery Pumpido, Jorge Gordillo, Gutierrez, Oscar Ruggeri, Alejandro Montenegro, Héctor Enrique, Gallego, Norberto Alonso, RoqueAlfaro, Antonio Alzamendi e Juan “el Búfalo”Funes.
Todos os campeões de 1986: Nery Pumpido, Oscar Ruggeri, Alejandro Montenegro, Héctor Enrique Jorge Gordillo, Antonio Alzamendi, Norberto Alonso, Jorge Borrelli, Américo Gallego, Roque Alfaro, Ramón Centurión, Néstor Gorosito, Claudio Morresi, Juan G. Funes, Mario Saralegui, Nelson Gutiérrez, Daniel Sperandio, Pedro Troglio, Rubens Navarro, Luis Amuchastegui, Rubén Gómez, Patricio Hernández, Sergio Goycochea, Eduardo Saporiti. Técnico: Héctor Rodolfo Veira.
fonte: futebol portenho.