O início de uma nova era No ano de 1928, o Asilo da Providência (dono da Chácara dos Eucaliptos) resolveu vender o terreno, dando preferência ao Inter, embora o preço fosse alto. Mas o Inter não se interessou pelo terreno e, sem sede, esteve próximo de fechar.
Até que o engenheiro Ildo Meneghetti iniciou uma campanha de arrecadação de dinheiro para comprar um terreno no bairro Menino Deus. Depois de 20 anos utilizando campos alheios, o Colorado finalmente adquiria uma propriedade. O Estádio dos Eucaliptos, com suas arquibancadas de madeira que abrigavam aproximadamente 10 mil pessoas, já era uma realidade. No dia 15 de março de 1931, o Inter inaugurava o "majestoso" estádio. Nada melhor do que convidar o Grêmio para a primeira partida no novo campo. No Gre-Nal de inauguração deu Inter: 3 a 0 sobre o rival. Em reconhecimento ao seu grande esforço, o Internacional homenagearia anos mais tarde o presidente Ildo Meneghetti com o título de patrono colorado. O Estádio dos Eucaliptos seria a casa colorada até o aparecimento do Beira-Rio, em 1969.
Ildo Meneghetti (E), patrono do Inter, teve importante atuação na construção do Estádio dos Eucaliptos
Ildo Meneghetti foi um engenheiro e político brasileiro, prefeito de Porto Alegre por duas vezes e governador do estado do Rio Grande do Sul também por duas vezes. Foi presidente do Sport Club Internacional entre 1929 e 1934 e novamente em 1938.
Estádio dos Eucaliptos foi inaugurado em 1931
Começa a grande mudança social do clube
Com o segundo título estadual, alcançado em 1934, começaram as mudanças Os jogadores já recebiam alguma forma de remuneração para jogar futebol. O time não era mais formado por tios, primos, filhos, e amigos da família. Estavam em campo jogadores das ligas periféricas, gente mais simples, alguns pobres e negros. Também foi nesta época que se construía a eterna rivalidade do futebol gaúcho.
Os anos 30 foram dominados pelo competitivo time tricolor de Foguinho e Luiz Carvalho, e raros títulos foram conquistados pela equipe colorada. Mal sabiam os torcedores do Inter que momentos gloriosos estavam por vir. Nos anos 40 surgiu o fantástico "Rolo Compressor". Junto a ele foi inaugurada uma nova era do futebol gaúcho.
Surge o Rolo Compressor Chega à presidência do Internacional, em 1940, um homem austero. Seu nome é Hoche de Almeida Barros, e logo, pela rigidez e ordem com que põe em tudo, ganha um apelido: 'Rocha'. Com tudo em ordem no setor administrativo, tudo também começa a ir bem em campo. Há indícios de uma nova era no clube.
A luta entre os dois principais times da cidade – Inter e Grêmio – começava a se equivaler. O Internacional venceu um clássico por 6 a 1. O Grêmio vingou-se com um 4 a 2 em seguida. Mas pelo lado colorado estava se formando uma grande equipe. A formação inicial era a seguinte: Marcelo; Álvaro e Risada; Alfeu, Magno e Assis; Tesourinha, Russinho, Carlitos, Rui e Castilhos.
A rivalidade prosseguiu em 1941. Nos dois jogos pelo campeonato, cada time venceu um clássico. No primeiro, 3 a 0 para o Internacional, no segundo, 2 a 1 para o Grêmio. Mas um forte ataque do Inter se formava: Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos. Já estava quase chegando a equipe dos sonhos da torcida colorada.
Era preciso, então, criar uma defesa à altura do ataque, que já se mostrava grande pelo conjunto e pela habilidade de seus componentes. Era o que a direção estava providenciando, para chegar no ano seguinte, em 1942, à equipe perfeita: O Rolo Compressor. Mas o que era o "Rolo Compressor"?
Rolo Compressor fez história por onde jogou
Um time antológico
O Rolo Compressor foi um time extremamente ofensivo, que durou de 1940 até 1948, conquistando oito estaduais em nove anos. O motivo de tamanha superioridade datava de 1928, ano que o Inter passou a utilizar jogadores negros em seu grupo, prática ainda não adotada pelo rival Grêmio até 1952. Isto acabou fortalecendo a equipe, que não tinha restrições e acabava sempre com os melhores jogadores, além de criar o carinhoso apelido de 'Clube do Povo'. Esta equipe contou com vários dos maiores craques já surgidos no Internacional.
Porém, como apenas abnegados amadores atuavam no Clube até 1926, os atletas eram, em sua maioria, de classe alta. Os jogadores negros preferiam jogar 'profissionalmente' na 'Liga da Canela Preta', que pagava bonificações para os atletas participantes. Somente quando os clubes passaram a se profissionalizar e pagar salários, ainda que baixos, os atletas negros começaram a aceitar convites para jogar no Internacional, um clube que, desde sua fundação, jamais aceitou atos discriminatórios de qualquer espécie.
Talvez a formação que todos colorados sonham, ainda que disposta no antigo sistema clássico de dois zagueiros, uma linha média de três e um ataque com cinco – dois pontas, dois meias e um centroavante – tenha sido o Rolo Compressor de 1942, do goleiro Ivo Winck, os dois zagueiros Alfeu e Nena, os três médios Assis, Ávila e Abigail e o ataque de Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos. O núcleo do Rolo era mesmo Carlitos, Tesourinha, Alfeu e Nena. Começou em 1939 e prolongou-se até 1950. Só perdeu o campeonato de 1946.
O hexacampeonatoEm 18 de novembro de 1945, o Rolo do Inter ganhou o inédito título de hexacampeão gaúcho, na Timbaúva, estádio do Força e Luz, jogando contra o Pelotas. Os grandes clubes do Rio de Janeiro e São Paulo apareciam com propostas milionárias, mas os jogadores recusavam-se em sair de Porto Alegre. Era mesmo uma grande família, unidos para sempre e adorados pelos torcedores e imprensa, jamais sendo esquecidos. Em Gre-Nais, os números eram avassaladores: 19 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas em 29 jogos. O time mais ofensivo de todos os tempos já surgido no Rio Grande do Sul durou praticamente toda a década e teve um sucessor, o "Rolinho", comandado pelo inesquecível Tetê nos anos 50.
Inter de 1945: o primeiro hexacampeão gaúcho
Vicente Rao
Quem criou a expressão "Rolo" foi Vicente Rao. Jogador na década de 1920, acabou sendo inscrito na história do Clube por ser um insuperável animador de torcida. Segundo o atacante Carlitos, aquele não era colorado, era 'o Colorado', era o Internacional em pessoa. Primeiro Rei Momo de Porto Alegre, Rao gostava de futebol e da juventude, tanto que foi ele quem criou as primeiras escolhinhas de futebol do Inter. Ele fazia desenhos dos jogadores do Inter e do time todo para depois levar pessoalmente aos jornais. Figura lendária do Clube.
Vicente Rao, símbolo da torcida colorada do passado
Foi aí que ele concebeu o antológico time da década de 40 na forma de um rolo compressor, amassando todos os adversários. Na mão de Rao, nada deixava de ser declaradamente popular. É deste tempo também o surgimento das grandes bandeiras e entradas do time em campo abaixo de foguetes, serpentinas, uma barulhada de sinos e sirenes. Por iniciativa de Rao, também surge nesta mesma década prodigiosa a primeira torcida organizada do Internacional, que também era a primeira que se tem notícia no Brasil.
O perfil do Rolo
O antológico Rolo Compressor, da década de 40
Ivo Wink, goleiro: foi a grande revelação de 1941 no São José-POA e continuou a brilhar por mais alguns anos no Internacional, sendo convocado pela Seleção Gaúcha. Alfeu, zagueiro pela direita: já anos antes andara pelo Internacional, formando a famosa dupla com Natal. Ambos foram parar no futebol paulista, mas Alfeu voltou em 1940. Um dos zagueiros mais perfeitos e velozes do futebol gaúcho em todos os tempos. Veio do futebol fronteiriço do Rio Grande do Sul. Nena, zagueiro pela esquerda: descoberto pelo treinador Ricardo Diez, naquele mesmo ano de 1942, no futebol varzeano de Porto Alegre. Um dos grandes de todos os tempos na posição. Tinha apelido de 'Parada 18' porque passar por ele era dura empreitada. Foi reserva da Seleção Nacional no Mundial de 1950, no Rio de Janeiro. Assis, lateral-direito: jogador de alta técnica e exímio cobrador de tiro-livres. Originário de Uruguaiana, o lateral teve problemas com o excesso de peso e foi um dos primeiros do Rolo a requerer substituto. Ávila, centromédio: grande jogador da posição. Veio para Porto Alegre em 1941, de Pelotas, doente. Hospitalizou-se no Hospital da Brigada, pois era soldado dessa corporação. Os médicos duvidavam que ainda pudesse jogar futebol, de tão abatido pela sífilis que estava. Mas, homem de ferro, se recuperou logo para tornar-se um dos astros máximos da equipe. Abigail, lateral-esquerdo: comprado do Força e Luz, no início de 1942, era um dos jogadores mais regulares do time. Foi assim durante toda a sua carreira. Tesourinha, ponta-direita: jogador 'prata da casa' saído dos juvenis em 1939, jogou durante longo tempo na Seleção Nacional. Tinha um drible desconcertante, que encantava o espectador. Havia torcedores que íam ao campo só pra ver Tesourinha jogar. Russinho, capitão do time, moço rico de bacharel. Grande dinamismo e técnica razoável. Jogava futebol mais por amor ao esporte do que por necessidade de dinheiro, mas foi fundamental nas conquistas do time. Vilalba, argentino vindo de São Borja para um teste. Aprovado, mostrou ser um grande centroavante. Saindo do Internacional, foi jogar no Palmeiras e teve boa atuação. Voltou ao Internacional e encerrou sua carreira com a camisa vermelha. Rui, veio de Alegrete e era um jogador com grande liderança na equipe, pelo ardor com que disputava as partidas. Excelente em qualquer lado do meio-campo. Com Russinho no time, Rui atuava na esquerda. Carlitos, zagueiro de origem, veio em 1948 do arrabalde da Tristeza. Devido a sua rapidez, acabou indo para o ataque e, depois, firmou-se na ponta esquerda. Tornou-se o maior goleador gaúcho de todos os tempos. Jogou 15 anos ininterruptos no Internacional e marcou 485 gols ao longo da sua carreira.
A Copa do Mundo é aqui!
O final de década de 1940 marcou o estopim do crescimento do Internacional. Ansiosos pela modernização do patrimônio do Clube, os torcedores apoiaram a construção das arquibancadas de concreto do Estádio dos Eucaliptos, em 1947, obra que duraria até 1950. Tal como ocorrera na construção do próprio Eucaliptos, e depois na inauguração do Beira-Rio, era a torcida quem angariava recursos e buscava material para aumentar o patrimônio do Clube.
Eucaliptos foi sede de jogos da Copa do Mundo de 1950
Com a renovação da estrutura das arquibancadas do estádio, o Eucaliptos acabou sediando dois jogos da Copa do Mundo de 1950: México x Iugoslávia e México x Suíça, motivo de imenso orgulho para os colorados. Até hoje, é o único estádio gaúcho a ter sediado um jogo de Mundial.
"Se não sabe o que fazer com a bola, joga pra fora"
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Teté: o comandante do Inter na década de 1950 |
Francisco Duarte Junior, sempre conhecido como Teté, foi sem dúvida um dos técnicos mais importantes do Internacional. Os melhores jogadores, sem exceção – como Paulinho, Florindo, Oréco, Chinesinho, Odorico, Salvador, Larry, Jerônimo, Luizinho, Bodinho, Canhotinho, alguns mais, outros menos – foram conduzidos pela sua mão habilidosa e sábia. Teté veio do Regimento de Pelotas, era capitão, acabou major, mas foi eleito, para a história, o Marechal das Vitórias Coloradas.
Uma dupla fantástica
Os atacantes Bodinho e Larry formaram uma das mais fantásticas duplas de goleadores do Inter na década de 1950, consagrando uma jogada de combinação que ficou conhecida como 'tabelinha'. O pernambucano Bodinho jogou antes no Nacional, também de Porto Alegre, e entregou a posição de centroavante a Larry quando este chegou do Fluminense-RJ e da seleção brasileira olímpica de 1952. Os dois gostaram tanto do Rio Grande do Sul que nunca mais pensaram em sair daqui.
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Larry, um dos maiores jogadores da história do Inter |
Larry Pinto de Farias era conhecido como o Cerebral Larry. Extremamente técnico, Larry tinha facilidade de tabelar e chutar com os dois pés de fora da área. No Campeonato Gaúcho de 1955, o centroavante marcou 23 gols em apenas dezoito partidas. Só não foi o artilheiro porque Bodinho chegou aos 25. Larry tinha tanta moral com a torcida colorada que, mesmo perdendo os dois pênaltis contra o Renner que tiraram o Inter da disputa do título gaúcho de 1958, saiu de campo aplaudido. Anos depois, quando abandonou o futebol, foi eleito deputado estadual.
Números de Larry no Inter
1954 - 25 jogos e 29 gols 1955 - 40 jogos e 45 gols 1956 - 20 jogos e 19 gols 1957 - 36 jogos e 20 gols 1958 - 42 jogos e 28 gols 1959 - 20 jogos e 8 gols 1960 - 40 jogos e 16 gols 1961 - 33 jogos e 11 gols 1962 - 5 jogos
Como jogador, Larry conquistou o Campeonato Gaúcho de 1954 e o de 1961 pelo Internacional e o Pan-Americano de 1956 pela Seleção Brasileira, além dos títulos pelo Fluminense.
Time tricampeão gaúcho, em 1952
A inauguração do Olímpico
O Inter deu um presente inesquecível ao adversário no dia 26 de setembro de 1954: uma goleada de 6 a 2 no Gre-Nal dos festejos de inauguração do Estádio Olímpico. O goleiro Sérgio foi o melhor jogador do tricolor, e evitou uma goleada ainda maior. Larry fez quatro gols. O Inter treinado por Teté jogou com Milton; Florindo, Lindoberto; Oreco, Salvador e Odorico; Luizinho, Bodinho e Larry; Jerônimo e Canhotinho.
A conquista do Pan-Americano do México pelo BrasilA Seleção Brasileira jogou sua primeira partida em 1914, mas só ganhou o seu primeiro título no exterior em 1952, no Pan-Americano do Chile. Entre os 22 jogadores do grupo, oito eram do Inter. E, cumprindo o destino de grandeza do Clube, sete desses oito foram titulares do time que ganhou o bi do Pan para o Brasil, em 1956, no México. O técnico também era colorado, Francisco Duarte Júnior, o Teté.
O Rio Grande do Sul transformou-se no centro das atenções esportivas. A seleção gaúcha com camisa da CBF estreou no dia 1º de março com vitória sobre o Chile: 2 a 1, com gols de Luizinho e Raul Klein. Em um jogo contra a Costa Rica, até então a grande surpresa do Pan-Americano, o placar foi 7 a 1, com três gols de Larry, três de Chinesinho e o último gol de Bodinho.
Da esq. para dir.: Luizinho. Bodinho. Larry, Ênio Andrade e Chinezinho, atacantes da seleção gaucha que representou o Brasil no Pan-Americano de 1956, no México.
A final foi contra a Argentina – empate em 2 a 2 e a consagração do time de Teté, campeão invicto do Pan-Americano do México, em 1956. Na volta ao Brasil, os jogadores foram visitados pelo vice-presidente da República, João Goulart, no Rio de Janeiro, e foram ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, para ver o presidente Juscelino Kubitschek e entregar o Jarrito de Ouro (mais tarde roubado da sede da CBF, junto à Copa Jules Rimet). Além de medalhas de ouro, o time ainda ganhou outros prêmios, mas, principalmente, o Brasil descobriu que poderia contar com o Internacional para qualquer parada.
A criação do hino oficial
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Nelson Silva, autor do hino oficial do Inter |
No final dos anos 50, o Internacional sentiu necessidade de ter um hino, uma canção formal de celebração dos sentimentos colorados. Fez-se um concurso, houve muitos candidatos, mas nenhum dos hinos satisfez a alma colorada como aquele que fora feito numa tarde de sofrimento de torcedor. O torcedor era Nélson Silva, carioca, compositor de morro, e que morava em Porto Alegre. O Internacional desandava contra o Aymoré. O ano era 1957. Ele escutava o jogo e esperava pela namorada, Ieda, mas esqueceu o compromisso daquela tarde. Sentou brabo na mesa de um bar, e por razões de quem é artista, começou a escrever um hino de louvação ao clube colorado.
Quando concluiu a última estrofe com o Clube do povo/ do Rio Grande do Sul, teve a sensação de que era isto que seria cantado pelo torcedor. Foi o que aconteceu. 'Celeiro de Ases' é hoje o hino oficial do Internacional e do torcedor colorado. Até alguns anos atrás a torcida também costumava cantar uma antiga marchinha carnavalesca – Papai é o maior/ Papai é que é o tal / Que coisa linda, que coisa rara / Papai não respeita a cara.
Dando um salto no tempo para o ano de 2006, durante a campanha do primeiro título da Libertadores, a torcida acostumou-se a entoar uma canção que virou praticamente um hino da conquista: Colorado, Colorado/ Nada vai nos separar/ Somos todos teus seguidores/ Para sempre eu vou te amar.
Celeiro de Ases (Nélson Silva, 1957) Glória do desporto nacional Oh, Internacional Que eu vivo a exaltar Levas a plagas distantes Feitos relevantes Vives a brilhar Correm os anos, surge o amanhã Radioso de luz, varonil Segue a tua senda de vitórias Colorado das glórias Orgulho do Brasil
É teu passado alvi-rubro Motivo de festas em nossos corações O teu presente diz tudo Trazendo à torcida alegres emoções Colorado de ases celeiro Teus astros cintilam num céu sempre azul Vibra o Brasil inteiro Com o clube do povo do Rio Grande do Sul
Clube entra no cenário do futebol brasileiro
Até 1966, a presença de clubes de fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo se resumia a esporádicas presenças na Copa Brasil, um torneio rápido e em eliminatória instituído em 1960. Finalmente, em 67, o torneio Rio/São Paulo, o Roberto Gomes Pedrosa, ou Robertão, foi estendido a dois clubes do Rio Grande do Sul, dois de Minas Gerais e um do Paraná. O Inter se destacou de maneira notável. Terminou seu primeiro campeonato nacional como vice-campeão e ainda quebrou um velho tabu: foi o primeiro time gaúcho a ganhar em São Paulo, um terreno que parecia inexpugnável.

Nasce o templo colorado, surge o Beira-Rio A inauguração do Estádio Beira-Rio, em 6 de abril de 1969 – em partida contra o Benfica vencida por 2 a 1 – promoveu grandes mudanças no Internacional. Além de ter trazido benefícios para o time, o novo estádio deu uma nova dimensão ao Clube como um todo. Foi a instauração de uma nova mentalidade no futebol. Seus jogadores deveriam ter no mínimo duas entre três qualidades essenciais: habilidade, força e velocidade. Em campo, Claudiomiro faz o primeiro gol do Internacional no estádio. Nos anos seguintes vieram os reforços dos grandes centros nacionais e até do exterior, como Figueroa, Lula, Manga, Dario, Marinho Perez, unidos aos jovens formados nas categorias de base, como Cláudio, Paulo César Carpeggiani, Falcão, Caçapava, Batista.
Estádio Beira-Rio foi concluído em 1969
Na noite de 7 de abril de 1969, uma segunda-feira, a Seleção Brasileira venceu o Peru por 2 a 1, na inauguração dos refletores do Gigante, como também é conhecida a casa do Internacional. E o festival continuou, com a presença da seleção da Hungria, Peñarol do Uruguai, Grêmio. Nos anos seguintes, o Beira-Rio recebeu a Seleção Brasileira em várias oportunidades, em jogos contra a Tcheco-Eslováquia, Escócia, México, Paraguai, Romênia, Uruguai, Argentina, Alemanha.
Foto do dia da inauguração do Beira-Rio
O Octacampeonato Gaúcho
Em 1976, o Internacional conquistou o Octacampeonato Gaúcho, maior série de títulos consecutivos no Estado, ganhando todos os campeonatos regionais de 1969 a 1976. Foi um grande feito alcançado pelo Internacional, que superou o heptacampeonato do seu rival Grêmio, até então, a maior sequência. Os anos 70 seriam ainda mais alegres para o torcedor colorado, que ainda veria seu time ser tricampeão brasileiro. O bom período ainda consagrou grande parte dos maiores ídolos da história colorada, como Paulo Roberto Falcão, Figueroa, Carpegiani e Valdomiro.
No título gaúcho de 1969, o Internacional terminou a competição no primeiro lugar, com nove vitórias e quatro empates em 14 jogos disputados na fase final de grupos. Já em 1970, fez uma campanha irretocável que não contabilizou nenhuma derrota na última etapa da competição, somando 42 pontos, aproveitamento que também rendeu o título. No ano seguinte, a equipe colorada ficou três pontos à frente do Grêmio e levantou a taça do tricampeonato. Em 1972, o Internacional saiu novamente vitorioso na fase final: em 18 partidas, foram 16 vitórias e dois empates. A invencibilidade colorada na fase quente do campeonato estadual se repetiu em 1973, quando o time venceu nove jogos e empatou dois.
Legenda da foto:
1ª fila: Gentil, Gilberto Tim, Otacílio, Hermínio, Mujica, Claudio, Ilo, Schneider, Manga, Gasperim, Marinho, Figueroa, Gardel e Osmar. 2ª fila: Mottini, Duran, Valdomiro, Chico Fraga, Beretta, Tadeu, Falcão, Rubens Minelli, Vacaria, Dario, Valdir, Zé Maria, Escurinho e Alexandre. 3ª fila: Claudio, Batista, Luiz Fernando, Borjão, Pedro, Jair, Paulo César, Caçapava, Lula, Moura e Antonio Rosa.
O ano impecável foi em 1974. O torneio, que reuniu dez equipes, teve turno e returno. Em 18 partidas, o time colorado venceu todos os confrontos – marcou 43 gols e sofreu somente dois, coroando um título incontestável. No ano de 1975, após o quadrangular final entre Inter, Grêmio, Santa Cruz e Caxias terminar com empate de pontos entre a dupla Gre-Nal, ocorreu a finalíssima no Estádio Beira-Rio. O Internacional venceu o clássico por 1 a 0 e sagrou-se campeão. Com uma fórmula diferenciada das demais, o Gauchão de 1976 teve três turnos, sendo que o Grêmio foi campeão do primeiro e o Inter campeão dos dois subsequentes. Na final, a equipe colorada tinha a vantagem do empate, mas fez melhor: bateu o rival na decisão por 2 a 0, com gols de Lula e Dario, e conquistou o octacampeonato gaúcho.
A década das maiores glórias no Brasil
Foi na década de 1970 que o Internacioanl mostrou quem era o maior clube do Rio Grande e do Brasil. O novo Estádio Beira-Rio correspondeu à expectativa da fanática torcida e foi palco para uma das melhores épocas vividas pelo Campeão de Tudo no futebol nacional. Em 1975, com uma emocionante vitória sobre o Cruzeiro, no Beira-Rio, o Colorado colocou a primeira estrela de ouro no peito. O único gol da partida foi marcado pelo zagueiro Elias Figueroa. O Inter era campeão brasileiro pela primeira vez na sua história!
A primeira vez é inesquecível!
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Figueroa salta para marcar o antológico "Gol Iluminado": Inter conquistava seu primeiro Campeonato Brasileiro |
Para conquistar o título tão desejado, o Internacional começou a montar o time vencedor de 1975 um ano antes. Do Fluminense veio o ponta-esquerda Lula, e do Nacional de Montevidéu, o goleiro Manga chegou para ser o titular absoluto. Já no ano da conquista, os atacantes Flávio Almeida da Fonseca e Flávio Bicudo desembarcaram em Porto Alegre oriundos do Porto, de Portugal. Mas a grande estrela desse vitorioso time já estava no Colorado desde o final de 1971.
Atuando entre os anos de 1972 e 1976 no Internacional, Elias Figueroa foi comandado pelos técnicos Dino Sani e Rubens Milnelli, ganhou campeonatos regionais e dois brasileiros. Considerado um dos melhores zagueiros da época, Dom Elias deu nova dimensão ao futebol do Internacional. Ídolo da torcida, ele foi o capitão de um feito inédito para os colorados em uma campanha na qual o time não só venceu, mas encantou o país.
Time base da conquista do Brasileirão de 1975
Foram apenas três derrotas em todo o campeonato e muitas vitórias que estão até hoje na memória de muitos torcedores. Na semifinais, o Internacional bateu o Fluminense em pleno Maracanã. E olha que não era um Fluminense qualquer. Craques como Rivelino e Paulo César Caju faziam parte daquela equipe. O resultado foi 2 a 0 para o Internacional, com gols de Lula e Carpeggiani. Depois disso foi só esperar a final.
Inter venceu o poderoso time do Fluminense no Maracanã e avançou à final em 75
O Beira-Rio lotou para ver as duas melhores equipes do Brasil. Ou Inter ou Cruzeiro, apenas uma sairia campeã. O time de Minas Gerais tinha armas poderosas: Nelinho, Piazza, Zé Carlos e Palhinha eram algumas. Todos sabiam que o jogo seria decidido em detalhes.
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Figueroa ergue a taça da primeira conquista nacional do Inter |
Ao 11 minutos do segundo tempo, Piazza fez falta em Valdomiro ao lado da área. O próprio Valdomiro ajeitou a bola para a cobrança. Quando o atacante bateu na bola, os torcedores colorados presenciaram um capítulo da história do Campeão de Tudo sendo escrito.
O inesquecível Figueroa subiu mais alto que a zaga cruzeirense e desviou de cabeça. No momento do cabeceio, um facho de luz único naquele setor do gramado, oriundo do pôr-do-sol no Guaíba, iluminou o zagueirão. Apesar do imenso esforço do goleiro Raul, a bola acabou no fundo das redes. Delírio no Gigante da Beira-Rio! O 'Gol Iluminado' estava feito e o 1 a 0 permaneceria até o final do jogo. Inter, campeão brasileiro!
Os nomes de um grande Clube
Na última década do século XX, o Inter teve sua história construída por um título nacional, quatro títulos gaúchos e uma espetacular vitória sobre seu maior rival - no Gre-Nal do 5 a 2, em 1997. O clube colorado reafirmou seu destino de glórias e encaminhou-se para o novo milênio com a audácia que é peculiar aos vencedores. Em 1992, contra o Fluminense, em um jogo dramático, o Inter conquistou a Copa do Brasil e gravou no coração do Clube mais uma estrela dourada.
No começo da década, o Inter recuperou a hegemonia do futebol gaúcho: foram quatro estaduais conquistados: 91, 92, 94 e 97. O primeiro deles veio depois de uma sequência de três jogos em um mesmo mês: vitória colorada no Olímpico por 1 a 0, gol de Alex, derrota no Beira-Rio por 2 a 0 e empate em 0 a 0, novamente no Gigante. O resultados foram suficientes para o Colorado erguer a taça de campeão gaúcho.
Em 1992, 10 dias após a conquista da Copa do Brasil - o título mais expressivo da década - o Inter foi bicampeão gaúcho, novamente em cima do Grêmio. Na primeira partida no Olímpico, 3 a 1 para o time colorado, com dois gols do centroavante Nando e um de Marquinhos. Na decisão no Beira-Rio, empate em 0 a 0 garantiu o título.
Em 1994, comandado pelo técnico Cláudio Duarte, o Inter novamente foi o melhor do Rio Grande do Sul. O time base era: Sérgio; Luis Carlos Wink, Argel, Adilson e Zinho; Anderson, Élson, Caíco e Nando; Mazinho Loyola e Leandro.
Já em 1997, após um jejum de três anos, mais uma grande conquista estadual foi obtida em clássicos Gre-Nais. O time, treinado por Celso Roth e com o ponteiro-direito Fabiano em grande fase, atropelou o Grêmio nas finais. No primeiro confronto no Olímpico, empate em 1 a 1. Na decisão no Beira-Rio, com um golaço de Fabiano, o Inter fez 1 a 0 e levantou a taça. Muita comemoração nas ruas de Porto Alegre e por todo o Rio Grande do Sul.
Título da Copa do Brasil de 92 na base de garra e luta
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Inter conquista o seu quarto título nacional no começo da década de 1990 |
Foi em 1992 que o Inter conquistou o seu quarto título nacional, conferindo ainda mais grandeza ao clube colorado. A campanha na Copa do Brasil foi emocionante. Depois de atropelar o Corinthians em pleno Pacaembu com uma goleada por 4 a 0, o Inter enfrentou o Grêmio nas quartas-de-finais. O primeiro jogo foi no Olímpico e acabou empatado em 1 a 1. Dentro do Beira-Rio, os dois principais clubes gaúchos fizeram mais um jogo emocionante: novamente 1 a 1, com a decisão indo para os pênaltis. Das arquibancadas, os torcedores mandaram muita fé e confiança para dentro do campo. O resultado não poderia ser outro: Inter 3 a 0 sobre o maior rival. Era só esperar o poderoso Palmeiras!
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Caíco: revelação do Inter |
Nas semifinais, o Internacional foi superior ao Verdão Paulista e conquistou duas vitórias, por 2 a 0 e 2 a 1. Na grande final, o time do técnico Antônio Lopes enfrentou o Fluminense. Os cariocas levaram a primeira partida para o pequeno estádio das Laranjeiras, tentando intimidar o Clube do Povo do Rio Grande do Sul. O tricolor carioca venceu o jogo, mas com um placar para lá de apertado: 2 a 1. Em meio às finais, surgiu uma revelação, o camisa 11 Caíco, de 19 anos, autor de um gol espetacular na partida de ida.
Gol este que deu a vantagem ao Inter de vencer dentro do Estádio Beira-Rio por apenas um gol. E como foi importante. No dia 13 de dezembro, o Beira-Rio lotou para assistir à final. Mais de 50 mil fiéis colorados vibravam nas arquibancadas, empurrando e acreditando no time. Só o gol do título teimava em não sair. Sem perder as esperanças, o time lutou até o final, quando foi recompensado. Aos 41 minutos do segundo tempo, Pinga entrou na área adversária e foi derrubado. Pênalti assinalado pelo árbitro paulista José Aparecido de Oliveira! Era muita emoção!
O Inter tinha a chance de despachar o Flu e conquistar a Copa do Brasil de 92. E assim foi. O zagueiro Célio Silva ajeitou a bola para a cobrança, tomou distancia e bateu. Um chute forte e rasteiro, no meio do gol do goleiro Jéferson. A massa explodiu nas arquibancadas do Gigante em uma vibração que misturava alívio e alegria. Depois de muita luta, o Internacional era novamente dono do Brasil!
Célio Silva está marcando o gol de pênalti que rendeu o título ao Inter

Final |
1º Jogo: 10/12/1992
Fluminense (2): Jéfferson, Zé Teodoro, Vica, Souza, Sandro e Lira; Ânderson, Julinho (Rogerinho) e Sérgio Manoel; Vágner (Paulo Alexandre) e Ézio. Técnico: Sérgio Cosme.
Internacional (1) : Fernandez, Célio Lino, Célio Silva, Pinga e Ricardo; Ânderson, Élson e Marquinhos (Silas); Maurício, Gérson (Luciano) e Caíco. Técnico: Antônio Lopes.
Local: Laranjeiras (Rio de Janeiro-RJ); Juiz: Márcio Rezende de Freitas (MG); Público: 7.491 espectadores;
Gols: Vágner aos 23 do 1º; Caíco aos 7 e Ézio 25 do 2º tempo;
Cartões Amarelos: Ézio, Célio Silva e Ânderson (Flu). |
2º Jogo: 13/12/1992
Internacional (1): Fernandez, Célio Lino, Célio Silva, Pinga e Daniel Franco; Ricardo, Élson (Luciano) e Marquinhos;
Maurício, Gérson (Nando) e Caíco. Técnico: Antônio Lopes. Fluminense (0) : Jerson, Zé Teodoro, Vica, Sandro (Carlinhos Itaberá), Souza e Lira; Pires, Bobô e Sérgio Manoel; Vágner e Ézio. Técnico: Sérgio Cosme.
Local: Beira Rio (Porto Alegre-RS);
Árbitro: José Aparecido de Oliveira (SP); Público: 32.722 espectadores;
Gol: Célio Silva (pênalti), aos 43 do 2º tempo;
Cartões Amarelos: Ézio, Sérgio Manoel, Souza e Marquinhos; Expulsão: Zé Teodoro. |
Massacre colorado no Olímpico, em 1997: 5 a 2
O Inter fazia grande campanha no Brasileirão de 1997. O time treinado por Celso Roth liderava o campeonato e não tomou conhecimento do Grêmio: aplicou 5 a 2 em pleno Estádio Olímpico, com uma atuação história do atacante Fabiano, que desequilibrou o clássico e marcou dois gols.
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Fabiano marcou dois gols e foi o destaque do Gre-Nal do 5 a 2 |
O Inter entrou no novo milênio buscando nas categorias de base a essência do seu futebol. A hegemonia do futebol gaúcho veio naturalmente com a conquista de quatro estaduais consecutivos (2002-2003-2004-2005).
O clube colorado modernizou-se em todas suas áreas, preparando-se para a nova era do futebol. Depois de anos de disputas jurídicas, toda a área do complexo Beira-Rio foi integralmente regularizada pela prefeitura de Porto Alegre, possibilitando ao Sport Club Internacional escriturar o terreno. Isso também proporcionou ao Internacional o avanço no projeto de modernização do estádio, obtendo-se novas receitas e situando-se na elite dos clubes brasileiros.
Inter Supercampeão Gaúcho em 2002
O time treinado por Guto Ferreira conquistou o título vencendo o 15 de Novembro na final por 2 a 0, em um Beira-Rio com mais de 34 mil torcedores. A conquista, a primeira depois de um jejum de cinco anos, foi amplamente comemorada pela torcida, primeiro no estádio para logo depois se espalhar pelas ruas de Porto Alegre. Foi o 34º título do Campeonato Gaúcho conquistado pelo Inter.

Ficha técnica da final de 2002:
Internacional: Clemer; Júnior Baiano, Chris e Ronaldo; Claiton, Alexandre, Fabiano Costa (Leandro Guerreiro), Diogo Rincón (Márcio) e Cássio; Fábio Pinto (Mahicon Librelato) e Fernando Baiano. Técnico: Guto Ferreira.
15 de Novembro: Márcio; Borges Neto, Fábio Brás, Lúcio Surubim e Josicler; Massei, Cleber Gaúcho (Maico), Rivelino (Arílson) e Cleber; Carazinho e Sandro Sotille (Ânderson Canela). Técnico: Flávio Campos. Arbitragem: Leonardo Gaciba, auxiliado por José Carlos de Oliveira e José Pessi. Local: Beira-Rio.
Perda de uma promessaEm 2002, um jogador brilhou e criou vínculos com a torcida colorada. Jovem, ágil e impetuoso, o catarinense Mahicon Librelato encantou a todo. Apontado como uma das grandes revelações do futebol brasileiro, ele marcou gols decisivos, em especial na última rodada do Brasileirão 2002, mantendo o Inter na divisão de elite do futebol brasileiro. No dia 28 de novembro de 2002, Mahicon faleceu em um acidente automobilístico em Florianópolis, porém, sua marca será eterna entre os torcedores do Internacional.
Mahicon Librelato teve a vida abreviada por uma acidente automobilístico
Bicampeão estadual!Em 2003, o time treinado por Muricy Ramalho fez bela campanha no estadual e conquistou com facilidade o título: foram 7 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota em 10 partidas. O trio Diego-Daniel Carvalho-Nilmar foi fundamental na conquista do bi, mostrando a excelência colorada na formação de jovens talentos.
A campanha |
Inter 1 x 1 Juventude
Grêmio 1 x 2 Inter
Caxias 3 x 1 Inter
Inter 1 x 0 Caxias
Inter 1 x 0 Grêmio
Inter 3 x 3 Juventude
São Gabriel 0 x 1 Inter
Inter 4 x 1 São Gabriel
15 de Novembro 0 x 2 Inter
Inter 1 x 0 15 de Novembro |
Confira a ficha técnica da segunda partida da final:
Internacional: Clemer; Fernando Cardozo, Sangaletti e André Cruz; Gavilán, Claiton, Flávio (Geninho), Daniel Carvalho (Luciano Valente) e Edu Silva; Nilmar e Jefferson Feijão. Técnico Muricy Ramalho.
15 de Novembro: Márcio; Fábio Braz, Luiz Oscar e Júnior (Carazinho); Borges Neto, Marcão, Sananduva, Maico e André Duarte (Marcelo Muller) ; Sandro Sotilli e Kanela (Cléber). Técnico: Guilherme Macuglia.
Gols: Flávio, aos 32 minutos do segundo tempo.
Arbitragem: Carlos Simon. Local: Beira-Rio
O tricampeonato nos 95 anos
O Inter comemorou seus 95 anos conquistando o tricampeonato estadual. O título da primeira fase da competição foi obtido após uma grande vitória sobre o Grêmio, em clássico disputado em Bento Gonçalves, no dia do aniversário do clube colorado. A equipe treinada por Lori Sandri venceu por 2 a 1, de virada, com um gol de Nilmar no segundo tempo da prorrogação.
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Grupo colorado comemora o título da primeira fase do Gauchão, em Bento Gonçalves |
Na fase decisiva, o Inter eliminou o Glória, de Vacaria, na semifinal, e bateu a Ulbra na final que foi disputada em Canoas. Assim como na primeira fase do Gauchão, a vitória também foi de virada por 2 a 1, com gols de Edinho e Nilmar. Um jogo dramático, no qual o Colorado jogou quase todo o segundo tempo com um jogador a menos depois da expulsão de Alexandre Lopes. Mas o talento de Nilmar despontou e fez a diferença com um golaço. Estava garantida a 36ª conquista de Gauchão.
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Jogadores comemoram o título no campo da Ulbra, em Canoas |
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Nilmar (D) foi decisivo na conquista do tricampeonato marcando gols |
Ficha técnica da final de 2004: Ulbra: Rafael; Marcelo, Sidnei e Renato Tilão (Mabília); Barão, Bagnara, Lauro, Cléber e Alex Martins (Sandro); Sinval (Marcelo Fumaça) e Fabrício. Técnico: Armando Dessessards.
Internacional: Clemer; Alexandre Lopes, Edinho e Vinícius; Bolívar, Fernando Miguel, Wellington (Labarthe), Marabá e Alex; Nilmar (Wilson) e Oséas (Chiquinho). Técnico: Lori Sandri.
Gols: Alex Martins (U), aos 20 minutos do primeiro tempo, Edinho (I), aos 30 minutos do primeiro tempo, e Nilmar (I), aos 16 minutos do segundo tempo.
Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por Altemir Haussman e José Carlos Oliveira.Local: Estádio do Complexo Esportivo da Ulbra, em Canoas.
Tetracampeão!
O time que jogou a grande final de 2005
O Inter conquistou seu histórico 37º Gauchão, o quarto consecutivo, num campeonato considerado um dos melhores dos últimos tempos. Após vencer o XV de Novembro por 2 a 0, no Beira-Rio, no primeiro jogo, o Colorado perdeu pelo mesmo escore na partida decisiva em Campo Bom. Assim, o jogo foi para a prorrogação. Foi então que brilhou a estrela do centroavante Souza, marcando dois golaços de cabeça que carimbaram o tetracampeonato gaúcho.
O retorno aos confrontos sul-americanos
A temporada 2004 marcou o retorno do Inter aos confrontos sul-americanos. O time treinado por Muricy Ramalho fez boa campanha na Copa Sul-Americana, eliminando o Figueirense, Grêmio e Cruzeiro na primeira fase da competição. Nas quartas-de-final, o Inter passou pelo Junior de Barranquilla, e nas semifinais enfrentou o Boca Juniors em um duelo histórico.
Torcida colorada invadiu o La Bombonera
Inter enfrentou o Boca Juniors em um duelo histórico
O resultado dentro de campo não foi o esperado, mas a torcida colorada deu mais uma prova da sua força e invadiu o Estádio La Bombonera, em Buenos Aires: 4 mil torcedores lotaram o espaço destinado aos visitantes, protagonizando um belo show no lendário estádio. A imprensa esportiva argentina destacou a presença maciça de torcedores colorados. Segundo o Diario Deportivo Olé, nenhum outro clube brasileiro trouxe uma torcida tão numerosa para Buenos Aires quanto a do Internacional.
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Inter 1 x 0 Cruzeiro14 dezembro de 1975, no Beira-Rio
Internacional: Manga; Valdir, Figueroa, Hermínio, Chico Fraga; Caçapava, Falcão, Carpegiani ; Valdomiro (Jair), Flávio e Lula. Técnico: Rubens Minelli. Cruzeiro: Raul; Nelinho, Darci Menezes, Morais, Isidoro; Piazza, Zé Carlos, Eduardo; Roberto Batata, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira. Gol: Figueroa, aos 12 minutos do segundo tempo. Árbitro: Dulcídio Wanderlei Boschila.
Figueroa desvia de cabeça e garante o primeiro título nacional para o Inter
Campanha de 1975 |
30 jogos
58 pontos ganhos
19 vitórias
8 empates
3 derrotas
51 gols-pró
12 gols contra |
O bicampenato nacionalEm 1976, o Internacional manteve a base vitoriosa do ano anterior. O clube colorado chegou de novo ao topo do futebol brasileiro. A conquista do bicampeonato foi em cima do Corinthians. Valdomiro foi o grande nome da partida, marcando um gol e sendo decisivo em outro, como fora no gol de Figueroa no ano anterior. Também em 1976, o Inter teve outra importante conquista. Desafiado a bater seu próprio recorde e, principalmente, bater a marca do grande rival, o Colorado ganhou o oitavo título gaúcho consecutivo e consolidou o octacampeonato gaúcho, deixando para trás o hepta que o Grêmio havia conquistado em 1968.
A campanha do Internacional no Campeonato Brasileiro de 1976 foi notável: em 23 jogos, a equipe treinada por Rubens Minelli venceu 19, empatou um e foi derrotada em apenas três oportunidades. O regulamento da competição foi o seguinte: os 54 times foram distribuídos em seis grupos de nove equipes. Todas passaram para segunda fase, sendo que as quatro primeiras de cada um formaram quatro grupos de seis times. Desses grupos, os três primeiros colocados passariam para a terceira fase. Do 5º ao 9º lugar dos grupos da primeira fase, foram formados seis grupos de cinco clubes cada, em que apenas o vencedor disputaria terceira fase. A terceira etapa uniu os classificados em duas chaves de nove times e o primeiro e segundo colocados de cada uma delas disputaram as semifinais. A final foi disputada em jogo único.
Inter decidiu título com o Corinthians
O dia 12 de dezembro de 1976 marcou a finalíssima do campeonato. E foi um clássico: Inter e Corinthians se confrontaram em um Beira-Rio completamente lotado. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Dadá saltou alto para cabecear e abrir o placar. Na etapa final, aos 12 minutos, Valdomiro cobrou uma falta, a bola bateu no travessão e cruzou a linha do gol. O árbitro José Roberto Wright, apoiado na informação do assistente Luiz Carlos Félix, validou o gol para a explosão vermelha no Beira-Rio: 2 a 0. A segunda estrela representava a afirmação da maioridade do futebol gaúcho.
O Joan Gamper: a taça de ouro que não foi de Maradona
O Internacional conquistou o famoso torneio Joan Gamper no dia 24 de agosto de 1982, em Barcelona, feito jamais repetido por um clube do Brasil ou da América Latina. A equipe colorada eliminou o poderoso Barcelona, de Maradona, nos pênaltis, e venceu o inglês Manchester City na final por 2 a 1. A Taça de Ouro passou a ser um símbolo internacional do Sport Club Internacional.
A taça Joan Gamper
A conquista da Copa Kirin no Japão
Em 1984, o Inter conquistou o título da tradicional competição disputada no Japão. A equipe do treinada por Otacílio Gonçalves tinha a seguinte base: Gilmar; Luiz Carlos, Mauro Galvão,André Luis e Beto; Ademir, Ruben Paz, Paulo Santos e Jair; Kita e Silvinho.
Confira a campanha vitoriosa do Inter no Oriente:
30/05/1984 Kobe - Estádio Mun. de Kobe Inter 3x0 Japão
Gols: André Luis, Kita e Milton Cruz.
01/06/1984 Nagoya - Estádio Misuko Inter 0x0 Irlanda
03/06/1984 Yokohama - Estádio Mitzuawa Inter 4x1 Toulose (França)
Gols: Ruben Paz, Jair, Silvinho e último foi contra.
05/06/1984 Tóquio - Estádio Nacional Inter 2x1 Irlanda
Gols: Milton Cruz e Ruben Paz.
Sele/Inter traz a prata das Olimpíadas
Depois de 1956 – ano no qual oito dos 22 jogadores que foram chamados para a Seleção Brasileira eram do Internacional – 1984 foi a glória definitiva. Para representar o Brasil nas Olimpíadas deste ano, em Los Angeles-EUA, simplesmente o time inteiro do Inter foi convocado. Os onze atletas, desde o goleiro até o camisa onze, se saíram muito bem na competição e conquistaram a medalha de prata.
A Sele/Inter, como era chamada, chegou a bater recorde de público em muitos jogos. Contra a Itália, por exemplo, em Stanford, mais de 83 mil pessoa assistiram ao espetáculo. Porém o mais impressionante foi na partida contra a França, quando foi batido o recorde do Estádio Rosa Bowl dos Estados Unidos, e também o recorde de público em Olimpíadas até hoje: 101.799 foi o número de expectadores dessa partida.
Além de bater essas duas tradicionais seleções do futebol, Itália e Alemanha, o Brasil ganhou da Arábia Saudita, Marrocos e Canadá. Enfim, os jogadores do Inter trouxeram para o Brasil a inédita medalha de prata de futebol, feito repetido em 1988, quando também havia jogadores do clube colorado, como o goleiro Taffarel, o lateral Luis Carlos Wink e o zagueiro Aloísio na Seleção Brasileira.
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A Sele/Inter 84: da esquerda em pé - Júlio Espinosa, Luis Carlos Wink, Gilmar, Ademir, Mauro Galvão, Aloísio e André Luis; Agachado - Paulo Santos, Dunga, Kita, Milton Cruz e Silvinho. |
Gre-Nal do Século
A tarde de 12 de fevereiro de 1989 ficou eternizada na história do Clube. Neste dia, o Inter mais uma vez venceu seu eterno rival tricolor no Beira-Rio. Com apenas dez jogadores em campo, a equipe colorada terminou o primeiro tempo sendo derrotada por 1 a 0. Chamado de 'Gre-Nal do Século', o clássico valia uma vaga às finais do Campeonato Brasileiro e um lugar na Copa Libertadores da América. Na etapa final, o Colorado atropelou o Grêmio empurrado pela numerosa torcida no Gigante e virou o placar com dois gols do centroavante Nilson: 2 a 1. O feito foi imensamente comemorado e entrou para a galeria das grandes vitórias em Gre-Nais.
Nilson foi o grande personagem do clássico que mexeu com a rivaliade em 1989
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Campeonato Brasileiro de 1976 |
Campeão: Internacional
Artilheiro: Dario - Internacional (16 gols) |
Time base: Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria; Caçapava, Falcão e Batista; Valdomiro, Dario e Lula. Técnico: Rubens Minelli. |
Primeiro turnoInternacional 6x0 Figueirense
Internacional 1x0 Palmeiras
Grêmio 1x3 Internacional
Caxias 2x1 Internacional
Avaí 0x4 Internacional
Desportiva 1x4 Internacional
Santos 1x3 Internacional
Internacional 3x0 Rio Branco/ES | Segundo turno
Fluminense 1x1 Internacional
Goiás 0x3 Internacional
Internacional 2x0 América/RN
Internacional 2x0 Fortaleza
Internacional 3x0 Botafogo/SP
Terceiro turnoInternacional 0x1 Coritiba
Botafogo/SP 1x4 Internacional
Internacional 5x1 Santa Cruz
Internacional 2x0 Caxias/RS
Palmeiras 1x2 Internacional
Corinthians 2x1 Internacional
Internacional 2x1 Ponte Preta
Internacional 3x0 Portuguesa |
Semifinal
Internacional 2x1 Atlético-MG |
FinalInternacional 2x0 Corinthians |
Internacional: Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria; Caçapava, Falcão e Batista; Valdomiro, Dario e Lula. Técnico: Rubens Minelli. | Corinthians: Toblas; Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Vladimir; Givanildo, Ruço e Neca; Vaguinho, Geraldão e Romeu. Técnico: Duque. |
Local - Beira-Rio, Porto Alegre
Data - 12/12/1975
Gols - Dario (I), aos 29 min do primeiro tempo, e Valdomiro (I), aos 12 min do segundo tempo.
Árbitro - José Roberto Wright
Renda - Cr$ 3.200.795
Público - 84.000 pagantes |
Campanha de 1976 |
23 jogos
54 pontos ganhos
19 vitórias
1 empate
3 derrotas
59 gols-pró
13 gols contra |
O tricampeonato invicto em 1979
Em 1979 houve uma mobilização muito grande para recuperar a campanha ruim no Gauchão, quando o Internacional ficou em terceiro lugar. E foi difícil montar uma equipe, porque qualquer jogador que o clube colorado estivesse interessado custava o dobro do que poderia pagar. A torcida, revoltada, jamais poderia imaginar o que viria a seguir. O Inter deu uma incrível volta por cima e trilhou um caminho que jamais foi repetido por qualquer time do Brasil – foi novamente campeão brasileiro, pela terceira vez e sem perder um jogo, invicto.
Em pé: João Carlos, Benitez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro. Agachados: Valdomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.
Muitos jogadores foram trazidos de outros estados e até mesmo do Exterior. Entre eles estão Benitez, Cláudio Mineiro, Bira e Mário Sérgio. Mas somente no Campeonato Brasileiro é que a torcida veria a verdadeira força da nova equipe, que não lembraria nem de perto o time que disputara o Gauchão do mesmo ano. O Inter do técnico Ênio Andrade disputou 23 partidas na competição e não foi derrotado em nenhuma. Os colorados puderam comemorar o título inédito para clubes do Brasil: Campeão Brasileiro Invicto, feito que jamais foi igualado até hoje no nosso futebol.
Torcida colorada no Beira-Rio na década de 70 (foto: Wiktor Lewkowicz)
Era incrível. Os adversários entravam em campo sabendo que seriam derrotados pelo time vermelho. O rival Grêmio também se rendeu, e foi derrotado por 1 a 0, com um gol de falta cobrada por Jair. Mas muitos outros caíram diante do time do Beira-Rio. Entre eles, o temido Palmeiras do técnico Telê Santana, que foi batido em pleno Morumbi por 3 a 2, numa partida exuberante de Falcão. Em Porto Alegre, foi só garantir o 1 a 1 e esperar o Vasco da Gama na final.
No jogo de ida, no Rio de Janeiro, foi a vez do reserva Chico Spina brilhar: o atacante marcou dois gols que praticamente deram o título antecipado ao Inter: 2 a 0. Faltava apenas um jogo para a torcida comemorar o tricampeonato.
Falcão ergue a taça do tricampeonato brasileiro
Finalmente, no dia 23 de dezembro, em um Beira-Rio pulsante, o Internacional se sagraria campeão. Mais uma vitória sobre os cariocas, desta vez por 2 a 1 com gols de Jair e Falcão. A terceira estrela estava posta, brilhante e orgulhosa, no peito de todos os colorados!
Inter 2 x 1 Vasco da Gama23 dezembro de 1979, no Beira-Rio
Internacional: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão, Cláudio Mineiro; Batista, Falcão, Jair;Valdomiro (Chico Spina), Bira e Mário Sérgio. Técnico: Ênio Andrade Vasco: Leão; Orlando, Ivan, Gaúcho, Paulo César; Zé Mario, Paulo Roberto (Xaxá), Paulinho (Zandonaide); Catinha, Roberto e Wilsinho. Técnico: Oto Glória. Gols: Jair, Falcão (I) e Wilsinho (V). Árbitro: José Favilli Neto.
Campanha invicta em 1979 |
23 jogos
37 pontos ganhos
16 vitórias
7 empates
0 derrotas
40 gols-pró
13 gols contra
Saldo: + 27 |
Falcão: o grande ídolo da nação vermelha
Ele apareceu no time principal do Internacional em 1973, vindo dos juniores do Clube. Foi promovido por Dino Sani com apenas 18 anos. Depois disso, Paulo Roberto Falcão praticamente eternizou a camisa cinco colorada. Foram três títulos brasileiros e vários gaúchos, o que lhe redeu convocação para a seleção brasileira e até transferência para o Exterior – defendeu a Roma.
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Falcão: craque da conquista da terceira estrela |
O mestre da conquista: Ênio Vargas de Andrade
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Ênio Andrade: o comandante do tricampeonato |
O mestre que levou o Internacional até a conquista do tricampeonato brasileiro, Ênio Vargas de Andrade, o Ênio Andrade (foto), por pouco não teve sua história ainda mais glorificada no Clube. Em 1980, Ênio levou o Inter até a final da Copa Libertadores de América. O Colorado ficou com o vice-campeonato, perdendo para o Nacional por 1 a 0, porém, isso não diminuiu a trajetória vitoriosa de um técnico que fez história no Beira-Rio.
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Inter vence o São Paulo e conquista a Libertadores
Time campeão da Libertadores 2006
Foi uma longa jornada pela América. O time do técnico Abel Braga superou seis adversários diferentes em 14 partidas para conquistar o inédito título para o clube colorado. Na fase classificatória, o Inter ficou no Grupo 6, ao lado do Maracaibo (Venezuela), Pumas (México) e Nacional (Uruguai). A equipe colorada obteve a segunda melhor campanha da competição na primeira fase, ficando atrás somente do Vélez Sarsfield da Argentina, que acabou sendo eliminado nas quartas-de-finais.
Momento histórico: Fernandão ergue a taça da Libertadores 2006
Com isso, o Inter teve sempre a vantagem de jogar em casa a partida de volta a partir das oitavas-de-final. Na grande final, o capitão Fernandão teve o privilégio de erguer o troféu da maior conquista da história dos 97 anos do clube no gramado sagrado do Beira-Rio. Nada mais justo, já que a torcida colorada sempre acreditou que este dia chegaria.
Beira-Rio explode de alegria na final da Libertadores
Os números da campanha na Libertadores
14 Jogos 8 Vitórias 5 Empates 1 Derrota 24 Gols marcados 10 Gols sofridos
Em casa
7 Jogos 5 vitórias 2 Empates Derrotas: - 16 Gols marcados 4 Gols sofridos
Fora de casa
7 Jogos 3 Vitórias 3 Empates 1 Derrota 8 Gols marcados 6 gols sofridos
Goleadores
Fernandão: 5 Rentería: 4 Michel e Rafael Sobis: 3
Assistências
Fernandão: 7 Iarley e Rentería e Jorge Wagner: 2
A estreia na Libertadores 2006
Depois de 13 anos, o Internacional voltou a disputar a Copa Liberadores da América. A estreia na edição de 2006 foi com um empate diante do Maracaibo, em partida disputada em Maracaibo, na Venezuela. O lateral Ceará marcou o gol em um belo chute de fora da área, mas Maldonado empatou aos 43min30seg da etapa final. Os colorados lamentaram muito o empate no final da partida.
Maracaibo 1x1 Inter (16/02/2006)
Maracaibo: Angelucci; Héctor Gonzáles, Bovaglio, Fuenmaryor e Martinez (Yori); Pedro Fernandez, Andree Gonzáles, Garcia (Figueroa) e Beraza; Cásseres (Guerra) e Giancarlo Maldonado. Técnico: Carlos Maldonado.
Internacional: Clemer; Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Fabinho, Edinho, Tinga (Jorge Wagner) e Michel (Adriano); Iarley (Perdigão) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Gols: Ceará (I), aos 3min20seg do segundo tempo, Maldonado (M), aos 43min20seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Fernandez, Garcia (M), Fabinho, Rubens Cardoso (I).Arbitragem: Pedro Ramos, auxiliado por Alfredo Intiago e Alberto Muzo (trio do Equador).Local: Estádio José Pachencho Romero, em Maracaibo, Venezuela.
Estreia no Beira-Rio em grande estilo
Rubens Cardoso marcou na vitória de 3 a 0 (Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
A primeira partida da Libertadores 2006 no Beira-Rio foi contra o Nacional do Uruguai. O Inter venceu por 3 a 0 e deu um show diante da torcida. Michel, Fernandão e Rubens Cardoso marcaram os gols da vitória que colocou o Inter na liderança do Grupo 6, com 4 pontos.
Inter 3x0 Nacional (23/02/2006)
Internacional: Clemer; Ceará, Fabiano Eller, Bolívar e Rubens Cardoso; Fabinho, Perdigão, Tinga (Adriano) e Michel (Mossoró); Iarley (Jorge Wagner)e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Nacional: Bava; Paniagua, Jaume, Victorino e Daniel Leites; Vanzini, Brítez, Martínez (Mansilla) e Albín (Franco); Garcés e Castro. Técnico: Martín Lasarte.
Gols: Michel (I), aos 20 minutos do primeiro tempo, Fernandão (I), aos 22min30seg do primeiro tempo, e Rubens Cardoso (I), aos 43min do segundo tempo. Cartões amarelos:Adriano (I); Victorino e Mansilla (N). Expulsão: Jaume (N). Público: 31.178. Renda: R$ 369.197,00. Arbitragem: Horacio Elizondo, auxiliado por Rodolfo Otero e Darío García (trio argentino). Local: Estádio Beira-Rio
Inter heroico no México
Rentería (D) e Mossoró comemoram: Inter seguia invicto na Libertadores (Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
O Internacional venceu o Pumas por 2 a 1, de virada, em partida disputada na Cidade do México, válida pela terceira rodada da Libertadores. A torcida colorada ficou acordada até tarde em virtude do fuso horário entre Brasil e México para assistir à vitória que manteve o Inter na liderança do Grupo 6. Lopez marcou para os mexicanos no primeiro tempo, mas Rentería, que entrou na etapa final e mudou o jogo, e Fernandão viraram para o Inter. Foi uma vitória que evidenciou o que seria uma constante da equipe até o final da competição: buscar sempre a vitória, mesmo atuando fora de casa.
Pumas 1x2 Inter (8/03/2006)
Pumas: Bernal; Castro, Beltran, Moreno e Torres (Morales); Galindo, Leandro Augusto (Palácio), Lopez e Victorino; Roma (Botero) e Marioni. Técnico: Miguel España.
Internacional: Clemer; Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Rubens Cardoso (Jorge Wagner); Fabinho, Edinho (Mossoró), Tinga e Iarley; Michel (Rentería) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Gols: Lopez (P), aos 42min30seg do primeiro tempo, Rentería (I), aos 18min do segundo tempo, Fernandão (I), aos 35min20seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Michel, Fabinho(I), Torres, Beltrán, Moreno, Victorino e Lopez (P). Arbitragem: Rubén Selman (Chile), auxiliado por Mario Vargas (Chile) e Christian Julio (Chile). Local: Estádio Universitário, na Cidade do México.
Virada espetacular no Beira-Rio
Fernandão comemora: Inter saiu perdendo por 2 a 0 mas virou o placar
O início do returno da fase classificatória foi marcado por fortes emoções. A torcida colorada empurrou o Inter para uma virada espetacular contra o Pumas, no Beira-Rio. Diante de 43 mil pessoas, o time de Abel Braga derrotou o time mexicano por 3 a 2, de virada, e manteve a liderança do Grupo 6 com 10 pontos. O Pumas chegou a estar vencendo por 2 a 0 com gols de Galindo e Botero até que Michel descontou para o Inter no final do primeiro tempo. Fernandão empatou aos 7min55seg do segundo tempo e Adriano marcou o terceiro gol aos 30min30seg da etapa final.
Inter 3x2 Pumas (22/03/2006)
Internacional: Clemer; Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Fabinho, Perdigão (Mossoró), Tinga e Iarley (Rentería); Michel (Adriano) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Pumas: Bernal; Castro, Palácios e Moreno; Morales (Velarde), Galindo, Spinoza, Botero e Salinas; Roma (Hernandez) e Marioni. Técnico: Miguel España.
Gols: Galindo (P), aos 3min55seg do primeiro tempo, Botero (P), aos 34min40seg do primeiro tempo, Michel (I), aos 36min55seg do primeiro tempo, Fernandão (I), aos 7min55seg do segundo tempo, Adriano (I), 30min30seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Galindo, Palacios (P), Fabinho, Perdigão, Rubens Cardoso, Fernandão, Fabiano Eller (I). Expulsão: Castro (P). Renda: R$ 498.175,00. Público: 42.528 (37.593 pagantes). Arbitragem: Sérgio Pezzotta, auxiliado por Rafael Furchi e Juan Carlos Rebollo (trio argentino). Local: Estádio Beira-Rio.
Empate no dia dos 97 anos
Inter empatou em 0 a 0 em Montevidéu e encaminhou a classificação
No dia que completou 97 anos, o Internacional empatou em 0 a 0 com o Nacional, em Montevidéu, em partida válida pela quinta rodada do Grupo 6 da Libertadores. Com o resultado, o time colorado manteve a liderança do Grupo com 11 pontos e ficou muito próximo da classificação para as oitavas-de-final da maior competição do continente sul-americano.
Nacional 0x0 Inter (4/4/2006)
Nacional: Bava; Victorino, Jaume, e Leites; Vanzini, Viana, Vázquez e Delgado (Albin); Marques, Juarez (Suarez) e Castro. Técnico: Martín Lasarte.
Internacional: Clemer; Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Fabinho, Tinga, Adriano e Michel (Mossoró); Iarley (Jorge Wagner) e Rentería (Rafael Sobis). Técnico: Abel Braga.
Cartões amarelos: Victorino, Delgado, Juarez, Márquez, Martinez (N), Adriano, Fabiano Eller (I). Arbitragem: Carlos Amarilla, auxiliado por Ricardo Grance e Nicolas Yegros (trio do Paraguai). Local: Estádio Parque Central, em Montevidéu (Uruguai).
Classificação com goleada
Zagueiro Bolívar comemora: Inter classificado para a 'fase quente'
O Internacional derrotou o Maracaibo por 4 a 0 no Beira-Rio, em partida válida pela última rodada do Grupo 6 da Libertadores, e avançou para as oitavas-de-final da competição como líder do grupo com 14 pontos. O Inter também assegurou a segunda melhor campanha da primeira fase. Os gols foram marcados por Adriano, Bolívar, Michel e Rentería. Nas oitavas, o time de Abel Braga volta a enfrentar o Nacional do Uruguai.
Inter 4x0 Maracaibo (18/4/2006)
Internacional: Clemer; Granja, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Edinho, Perdigão, Tinga (Iarley) e Adriano (Michel); Rafael Sobis (Rentería) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Maracaibo: Angelucci; Martinez, Bovaglio, Fuenmayor e Yori; Gonzalez, Fernandez, Berazza e Figueroa (Hector Gonzalez); Cásseres (Garcia) e Castellin (Maldonado). Técnico: Carlos Maldonado.
Gols: Adriano (I), aos 34min40seg do primeiro tempo, Bolívar (I), aos 32min10seg do segundo tempo, Michel (I), aos 38min do segundo tempo, Rentería (I), aos 40min do segundo tempo. Cartões amarelos: Martinez, Fernandez (M), Adriano, Rentería (I).Expulsão: Gonzalez (M). Renda: R$ 115.259,00. Público: 17.001 (14.479 pagantes).Arbitragem: Carlos Chandía, auxiliado por Manuel Rodríguez e Patricio Basualto, trio do Chile. Local: Estádio Beira-Rio.
Vitória histórica no Uruguai
Rentería (D) comemora com Fernandão o gol que garantiu a vitória
O Internacional venceu o Nacional por 2 a 1, de virada, em Montevidéu, no Uruguai, no jogo válido pelo confronto de ida das oitavas-de-final da Libertadores. O time uruguaio marcou primeiro com Vanzini, mas Jorge Wagner, de falta, e Rentería, em um gol antológico, viraram para o Inter. O time colorado terminou a partida com dois jogadores a menos depois de expulsões de Rentería e Ediglê. O Inter pode até perder por 1 a 0 para avançar à próxima fase.
Nacional 1x2 Inter (27/4/2006)
Nacional: Bava; Jaume, Victorino e Pallas; Vázquez (Suarez), Vanzini, Brítez, Albín e Viana (Martinez); Márquez (Juarez) e Castro. Técnico: Martin Lasarte.
Internacional : Clemer; Granja, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Edinho, Fabinho, Adriano (Michel) e Alex (Ediglê); Rafael Sobis (Rentería) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Gols: Vanzini (N), aos 29min40seg do primeiro tempo. Jorge Wagner (I), aos 47min do primeiro tempo, Rentería (I), aos 18min45seg do segundo tempo. Cartões amarelos:Jaume, Pallas, Albín (N), Clemer, Rentería, Jorge Wagner (I). Expulsão: Rentería (I) e Ediglê. Arbitragem: Oscar Ruiz, auxiliado por Carlos López e José Navia (trio colombiano). Local: Estádio Parque Central, Montevidéu, Uruguai.
Inter avança às quartas-de-finais
Inter, de Iarley, empatou sem gols no Beira-Rio e avançou na Libertadores
Com um empate sem gols contra o Nacional, no Beira-Rio, o Inter se classificou para as quartas-de-final da Libertadores, já que havia vencido por 2 a 1 no Uruguai. O time colorado enfrenta a Liga Deportiva Universitária (LDU), do Equador, na próxima fase.
Inter 0x0 Nacional (3/5/2006)
Internacional: Clemer; Elder Granja, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Edinho, Fabinho, Adriano (Michel) e Alex (Perdigão); Mossoró (Iarley) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Nacional : Bava; Jaume, Victorino e Pallas; Vázquez, Vanzini, Brítez (Márquez), Albín e Viana; Suarez (Suarez) e Castro. Técnico: Martin Lasarte.
Cartões amarelos: Viana, Suarez, Brites, Pallas (N), Fabiano Eller, Bolívar (I). Renda: R$ 284.201,00. Público: 30.459 (26.225 pagantes). Arbitragem: Carlos Torres, auxiliado por Ramón Chamorro e Manuel Bernal (trio do Paraguai). Local: Estádio Beira-Rio.
O duro golpe em Quito
Foi um dos momentos mais difíceis do Inter na Libertadores 2006. A equipe colorada conheceu a primeira e única derrota na competição diante da LDU, em Quito, no Equador. O lateral Jorge Wagner abriu o placar ainda no primeiro tempo, mas Delgado e Graziani viraram na etapa final. Com o resultado, o Inter precisa de uma vitória de 1 a 0 para avançar às semifinais. A partida de volta seria disputada somente depois da Copa do Mundo da Alemanha.
LDU 2x1 Inter (10/5/2006)
LDU : Mora; Reasco, Espinoza, Espínola e Ambrosi; Urrutia (Candelario),Vera, Méndez e Palácios (Graziani); Murillo (Guerron) e Delgado. Técnico: Juan Carlos Oblitas.
Internacional : Marcelo Boeck; Elder Granja, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Edinho, Fabinho, Perdigão (Ceará) e Alex (Rubens Cardoso); Michel e Fernandão (Rentería). Técnico: Abel Braga.
Gols: Jorge Wagner (I), aos 25min10seg do primeiro tempo, Delgado (L), aos 12min40seg do segundo tempo, Graziani (L), aos 38min45seg do segundo tempo.Cartões amarelos: Jorge Wagner, Granja, Michel e Edinho (I). Arbitragem: Horacio Elisondo, auxiliado por Dario Garcia e Rodolfo Otero, trio argentino. Local: Estádio La Casa Blanca, Quito, Equador.
Inter fulminante!
Rafael Sobis marcou um golaço e abriu caminho para a classificação (Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
Depois da frustação brasileira na Copa do Mundo da Alemanha, a torcida colorada reencontrou-se com as emoções da disputa da Libertadores no Beira-Rio. Após mais de dois meses de preparação para a partida decisiva contra a LDU, o Inter foi para o tudo ou nada na busca pela vaga nas semifinais da maior competição da América do Sul. Foi uma das partidas mais aguardada pelos colorados, que ansiosos, esperavam pela reversão do resultado negativo de Quito: o Inter precisava vencer por 1 a 0.
Torcida colorada vibrou intensamente no Beira-Rio
Os primeiros 45 minutos foram marcados por muita disputa em campo, mas o gol não saiu. Com uma atuação sensacional na etapa final, o time de Abel Braga venceu a LDU por 2 a 0 e avançou para as semifinais. Os gols foram marcados por Rafael Sobis e Rentería. Para chegar à tão sonhada final, o Inter teria que passar antes pelo Libertad do Paraguai.
Inter 2x0 LDU (19/7/2006)
Internacional: Clemer; Elder Granja, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Fabinho, Edinho, Tinga (Adriano) e Alex (Perdigão); Fernandão e Rafael Sobis (Rentería). Técnico: Abel Braga.
LDU: Mora; Reasco, Espínola, Espinoza e Ambrosi; Obregón (Murillo), Vera (Candelário), Urrutia, Mendez (Graziani) e Palacios; Delgado. Técnico: Juan Carlos Oblitas.
Gols: Rafael Sobis, aos 6min30seg do segundo tempo, Rentería, aos 41min50seg do segundo tempo.
Cartões amarelos: Vera, Candelário, Espínola (L), Fabiano Eller (I). Público: 39.560. (26.782 sócios). Renda: R$ 471.000. Arbitragem: Jorge Larrionda, auxiliado por Edgardo Acosta e Mauricio Espinoza, todos uruguaios. Local: Estádio Beira-Rio.
Ficou tudo para o Beira-Rio
Inter, de Sobis, empatou sem gols em Assunção
O Internacional empatou em 0 a 0 com o Libertad, em Assunção, no Paraguai, no jogo de ida das semifinais da Copa Libertadores da América. O time colorado precisa vencer por qualquer escore no jogo de volta, no Beira-Rio, para avançar às finais da competição.
Libertad 0x0 Inter (27/7/2006)
Libertad: Gonzalez; Bonet, Sarabia, Balbuena e Hidalgo; Aquino (Samudio), Villareal, Riveros e Guiñazu (Cáceres); Gamarra (Romero) e Lopez. Técnico: Gerardo Martino.
Internacional: Clemer; Índio, Bolívar e Fabiano Eller; Ceará, Edinho (Wellington Monteiro), Fabinho, Alex (Iarley) e Jorge Wagner; Sobis (Rentería) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Cartões amarelos: Fabiano Eller, Rentería (I), Guiñazu e Baluena (L). Arbitragem: Héctor Baldassi, auxiliado Cláudio Rossi e Gilberto Taddeo (trio argentino). Local: Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, no Paraguai.
Inter na final da Libertadores!!!
Fernandão (E) e Rentería comemoram: Inter chega à final
Com uma estupenda vitória de 2 a 0 sobre o Libertad do Paraguai, o Inter se classificou para a tão sonhada final da Libertadores da América. Alex e Fernandão marcaram dois golaços e fizeram o Beira-Rio explodir de alegria. A final da maior competição do continente será realizada entre dois times brasileiros pela segunda vez consecutiva. Para erguer a taça de campeão da América, o Inter terá que superar o atual campeão do mundo São Paulo.
Inter 2x0 Libertad (3/8/2006)
Internacional : Clemer; Índio (Wellington Monteiro), Bolívar e Fabiano Eller; Ceará, Edinho, Fabinho (Rentería), Alex (Perdigão) e Jorge Wagner; Sobis e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Libertad: Gonzalez; Cáceres, Sarabia e Balbuena; Bonet, Villareal (Aquino), Riveros, Guiñazu e Hidalgo (Romero); Gamarra (Samudio) e López. Técnico: Gerardo Martino.
Gols: Alex (I), aos 17min50seg do segundo tempo, Fernandão (I), aos 22min50seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Riveros, Lopez, Sanabria (L), Edinho, Bolívar, Fernandão e Sobis (I). Renda: R$ 585.715,00. Público: 50.548 (44.064 pagantes).Arbitragem: Oscar Ruiz, auxiliado por José Navia e Alberto Duarte, trio da Colômbia.Local: Estádio Beira-Rio.
Inter arrasador no Morumbi
Sobis foi o carrasco do São Paulo no Morumbi (Divulgação/VIPCOMM)
Esta partida ficará guardada para sempre nos corações colorados. O Inter não se intimidou com os cerca de 70 mil são-paulinos que lotaram o Morumbi e venceu o primeiro jogo das finais da Libertadores por 2 a 1. O atacante Rafael Sobis marcou os dois gols e foi o destaque da histórica vitória. Edcarlos descontou para o São Paulo. Cerca de 3,5 mil torcedores colorados assistiram à apoteótica vitória do time do técnico Abel Braga das arquibancadas do estádio paulista. Na partida de volta, no Beira-Rio, um empate serve para o Inter conquistar o título inédito.
São Paulo 1x2 Inter (9/8/2006)
São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos (Aloísio); Souza, Mineiro, Josué, Danilo (Lenílson) e Júnior; Leandro (Richarlyson) e Ricardo Oliveira. Técnico: Muricy Ramalho.
Internacional: Clemer; Ceará (Wellington Monteiro), Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Edinho, Fabinho, Alex (Índio) e Tinga; Rafael Sobis (Michel) e Fernandão. Técnico: Abel Braga.
Gols: Rafael Sobis (I), aos 8min25seg e aos 16min do segundo tempo, e Edcarlos (SP), aos 30min do segundo tempo. Cartões amarelos: Fabão e Souza (SP). Expulsões:Josué (SP) e Fabinho (I). Renda: R$ 3.382.655,00. Público: 71.745 pagantes. Arbitragem:Jorge Larrionda, auxiliado por Pablo Fandi'o e Walter Rial (trio uruguaio). Local: Morumbi, em São Paulo.
A América é vermelha!!!
Fernandão ergue a taça da conquista histórica
A semana que antecedeu a grande final da Libertadores da América foi marcada por muita expectativa. Não se falava em outra coisa em Porto Alegre. Todos os colorados contavam as horas para o início da partida mais importante dos 97 anos da história do Sport Club Internacional. Seis dias antes do confronto decisivo contra o São Paulo já havia torcedores acampados no pátio do Beira-Rio aguardando pela venda dos ingressos. Na noite do dia
16 de agosto de 2006, o Gigante foi invadido pela massa colorada. Ávida pela conquista do título, a torcida vermelha transformou a ansiedade em confiança e empurrou o time de Abel Braga
rumo à conquista do continente sul-americano.
Torcida colorada tranformou o Beira-Rio em um 'caldeirão'
Foi uma partida antológica. O time colorado conquistou o título com um empate dramático
por 2 a 2 . Os gols do Inter foram marcados por Fernandão e Tinga. Fabão e Lenílson fizeram os gols paulistas. O Inter jogou os últimos 27 minutos com um jogador a menos porque Tinga foi expulso. Com o apito final, a festa tomou conta do Gigante, que radiante de alegria, venerou emocionado os campeões da América!
Inter 2x2 São Paulo
Internacional: Clemer; Índio, Bolívar e Fabiano Eller; Ceará, Edinho, Tinga, Alex (Michel) e
Jorge Wagner; Sobis (Ediglê) e Fernandão. Técnico: Abel Braga
São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos (Alex Dias); Souza, Mineiro, Richarlyson (Tiago), Danilo (Lenilson) e Júnior; Leandro e Aloísio. Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Fernandão (I), aos 29min do primeiro tempo, Fabão (SP), aos 5min40seg do segundo tempo, Tinga (I), aos 20min40seg do segundo tempo, Lenílson (SP), aos 39min30seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Edinho, Tinga, Alex, Bolívar, Edinho (I), Aloísio (SP). Expulsão: Tinga (I). Público: 57.554 (8.656 pagantes e 43.915 sócios).Renda: R$ 719.365,00. Arbitragem: Horacio Elizondo, auxiliado por Rodolfo Otero e Dario Garcia (trio argentino). Local: Estádio Beira-Rio. |

Inter vence o Pachuca e conquista a Recopa Sul-Americana e a Tríplice Coroa
Time campeão da Recopa 2007
O Internacional é campeão da Recopa Sul-Americana! A equipe colorada goleou o Pachuca
do México por 4 a 0 na noite do dia 7 de junho de 2007, no Beira-Rio, e conquistou o inédito título.
Alex, de pênalti, Pinga, Alexandre Pato e Mosquera (contra) marcaram os gols. Depois de
erguer as taças da Libertadores e do Mundial Fifa em 2006, o Inter vence a Recopa e garante
a Tríplice Coroa!
Jogadores erguem a taça da Recopa Sul-Americana 2007 no Beira-Rio
O Beira-Rio começou cedo a se preparar para a grande decisão. Duas horas antes da
partida, cerca de 20 mil pessoas já haviam entrado no estádio do campeão do mundo Fifa.
Aos poucos, todos os espaços para a torcida eram tomados. Com gritos de apoio ou
cantando os hinos do Inter e do Rio Grande do Sul, os colorados foram aquecendo o
ambiente para a final.
O time recebeu a primeira manifestação de carinho e apoio já na chegada ao Beira-Rio,
vindo da concentração realizada em um hotel. Ao descerem do ônibus, na porta do vestiário,
os jogadores se depararam com muitos gritos de incentivo dos torcedores.
O jogo em Porto Alegre teve seu início retardado devido ao atraso da partida entre
Boca Juniors e Cúcuta, pela Libertadores, que ficou interrompida por um bom tempo graças
à neblina em Buenos Aires. Quando o Inter entrou em campo, houve uma explosão de alegria
nas arquibancadas. Com sinalizadores e fogos de artifício, a torcida criou um belo espetáculo pirotécnico, como fez em todos os jogos da inesquecível campanha da conquista da Copa Libertadores da América, no ano passado.
Beira-Rio foi completamente tomado pela massa colorada
O Inter foi a campo com algumas mudanças em relação à primeira partida realizada no
México, onde perdeu por 2 a 1. O zagueiro Índio retornou ao time depois de cumprir
suspensão automática. No meio-campo, Alex começou o jogo no lugar de Maycon.
Na frente, Iarley formou a dupla com Alexandre Pato, já que Fernandão, lesionado, não
pôde atuar.
Os mexicanos atuaram com o time completo, inclusive com a volta do meia Chitiva, da
seleção colombiana, e do atacante Cacho, da seleção mexicana. No gol, o experiente
Calero, também da seleção colombiana. O Pachuva começou com um esquema 3-5-2,
com Mosquera como líbero.
Placar eletrônico registra o feito histórico no Gigante
O primeiro tempo do Inter foi extremamente eficiente. Com marcação forte e sob pressão,
o time colorado não deixou os mexicanos jogar. Para se ter idéia, o Pachuca não deu um
chute a gol durante todos os primeiros 45 minutos. Todo o time marcava e participava do
sistema de bloqueio ao adversário, até os atacantes.
Bem na marcação, o Inter teve força também no ataque. Os primeiros minutos foram de
pressão em busca do gol. Aos 2min45seg, Iarley cruzou da direita, Pinga matou a bola
na área e, quando iria chutar, a zaga salvou. Na seqüência do lance, Alex recebeu na área e Mosquera cortou de carrinho para escanteio. Na cobrança, Sidnei cabeceou por cima.
Aos 8min10seg, Rubens Cardoso cruzou da esquerda e Alexandre Pato se antecipou à
zaga para concluir ao lado do gol, com muito perigo. Aos 9min, Pato tocou para Iarley na
área, que devolveu para o garoto chutar e Calero defender.
Iarley sofre pênalti claro aos 28min30seg do 1º tempo
Depois dos 15 minutos, o Pachuca passou a tocar mais a bola para esfriar o ânimo colorado
. Isso arrefeceu um pouco o Inter, que só foi concluir aos 27min50seg com um chute de
Wellington Monteiro ao lado do gol. Aos 28min30seg, Iarley recebeu passe de
Alexandre Pato na área e foi derrubado por Pinto: pênalti. Na cobrança. Aos 29min50seg,
Alex cobrou no canto, o goleiro Calero chegou a tocar na bola, mas ela entrou.
Gol colorado. Festa para os cerca de 50 mil colorados no Beira-Rio.
Foi o segundo gol de Alex na temporada e o 18º com a camisa do Inter.
Alex está convertendo o pênalti que abriu a goleada
Com a vantagem, o time do técnico Alexandre Gallo passou a se posicionar mais atrás
e partir para os contra-ataques, roubando a bola. Aos 33min, o goleiro Calero tentou
passar a bola, errou e chutou a bola em Iarley, que quase conseguiu roubar para marcar o
segundo gol. Aos 40min, Pinga retomou a bola no meio e tocou para Alexandre Pato,
de fora da área, concluir forte. A bola tocou na defesa e saiu ao lado com perigo.
Alex (C) comemora com Pato (E) e Pinga (D): Inter massacrou o Pachuca
Aos 44min, Alexandre Pato recebeu passe na área, ganhou de Mosquera e chutou para
defesa sensacional de Calero. No rebote, Pato chutou de novo e o goleiro fez novo milagre.
Aos 46min, Iarley ganhou jogada da zaga e quando iria concluir o juiz argentino
Sérgio Pezzotta terminou o primeiro tempo, prejudicando o Inter.
No intervalo, o técnico Enrique Meza colocou o time mais à frente, retirando o ala Salazar,
de característica mais defesiva, e colocando o meia argentino Alvarez.
O segundo tempo foi de uma eficiência ainda mais gritante para o Campeão da América,
do Mundial Fifa e da Recopa. Bem postado atrás, o time colorado seguiu marcando forte,
roubando bolas, puxando contra-ataques e empilhando gols.
Pinga marcou o segundo gol sobre o time mexicano
Aos 4min20seg, Rubens Cardoso cruzou da esquerda, a bola sobrou para Wellington
Monteiro matar na área e recuar para Pinga chutar de pé direito no canto: 2 a 0. Foi o
primeiro gol do meia com a camisa colorada.
Com o gol, a torcida do Inter enlouqueceu nas arquibancadas. Passou a cantar ainda mais
forte, confiante no título que se aproximava. A cada minuto, mais e mais espaços de
contra-ataques para o time colorado. Era só questão de explorá-los com competência.
E eles foram explorados.
Aos 10min, Cacho recebeu na entrada da área e chutou para defesa de Clemer.
Foi o primeiro chute dos mexicanos a gol. Isto com 55 minutos de partida.
Aos 12min40seg, Alvarez cruzou da esquerda, Clemer salvou de soco. No rebote,
Gimenez chutou por cima.
Aos 13min20seg, Wellington Monteiro deu grande passe para Iarley na área chutar para nova defesa de Calero. Aos 15min, saiu Chitiva no Pachuca para a entrada do atacante Landin.
O espírito solidário falava mais alto no Inter. Todos participavam das tarefas de marcação.
Pra se ter idéia, aos 15min10seg, o atacante Alexandre Pato afastou uma bola da área do
Inter de cabeça, depois de cobrança de falta.
Alexandre Pato desequilibrou mais uma vez
Aos 18min30seg, Pato recebeu lançamento, entrou na área, enganou o zagueiro Lopez
com uma gingada de corpo e chutou forte e rasteiro para fazer 3 a 0. Foi o sexto gol do
artilheiro colorado na temporada e o oitavo com a camisa do Inter. Aos 20min, saiu Rubens Cardoso e entrou Maycon. Com isso, Alex passou para a lateral-esquerda.
Nas arquibancadas, a torcida do Inter já cantava é campeão! Isto que faltavam 25 minutos
para o jogo acabar.
Aos 23min15seg, Gimenez cobrou falta e Mosquera cabeceou por cima. Aos 30min,
Alexandre Pato, um dos grandes destaques do jogo, fez boa jogada pela esquerda e
cruzou para Iarley chutar de primeira no corpo de um zagueiro. Quase mais um.
Aos 31min30seg, Pinga, outro de excelente atuação, roubou a bola, entrou na área e
cruzou para Alexandre Pato. Mosquera tentou cortar e marcou gol contra. Um massacre
colorado nos mexicanos!
Mosquera, pressionado por Pato, marca gol contra
Aos 34min, entrou Rodriguez e saiu Cabrera. Um minuto depois, saiu Sidnei e entrou
Mineiro no Inter. Aos 36min, Pinto fez falta dura em Iarley e foi expulso. Aos 39min, saiu
Pinga, muito aplaudido pelos torcedores, e entrou Perdigão.
Aos 41min10seg, Perdigão deu grande passe para Alexandre Pato entrar na área e chutar
para defesa de Calero. Aos 42min30seg, novamente Pato chutou forte para o goleiro
colombiano evitar o quinto gol.
Inter conquistou de forma magnífica a Recopa Sul-Americana 2007
Depois disso, o time colorado passou a tocar a bola e esperar o apito final. Quando ele
chegou, o carnaval colorado se espalhou pelo Beira-Rio e pelo Estado. Uma apoteose no
gramado com direito a invasão de torcedores, jogadores sendo abraçados e muita festa.
Festa generalizada no gramado: Inter conquistou a Tríplice Coroa
 Dia 7 de junho de 2007: mais uma data que entrou para a história do Inter (Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
À 0h25min, Iarley ergueu a taça da Recopa Sul-Americana, ladeado por Clemer e Fernandão
e por todo o grupo campeão da Tríplice Coroa.
Depois da cerimônia de entrega de medalhas e do troféu, um grande show pirotécnico no
Beira-Rio, enquanto a massa colorada festejava no gramado.
Dentro de campo ainda, durante a festa muitos depoimentos emocionados:
Clemer - ?É ótimo ganhar esse título já que começamos o ano mal. Não me lembro da última
vez que um time ganhou esses três.?
Alexandre Pato - ?Devemos isso à torcida que nos ajudou até o final.?
Pinga - ?Toda a equipe está de parabéns. Vamos continuar assim no Brasileiro para alegrar
essa torcida.?
Alexandre Gallo - ?Foi difícil chegar aqui, chegamos e vencemos.?
Fernandão - ?Três títulos importantes. Foi uma partida esplendorosa. Gallo traçou o nosso o
nosso destino. Todos estão de parabéns. A conquista é o fechamento de 2006?.
Ceará ? ?A gente fica feliz. Conseguimos dar a volta por cima. Conseguimos a tríplice coroa.
São três títulos importantes de nível internacional?.
Alex ? ?Só com o sacrifício e com o apoio é que se consegue conquistar. São três títulos internacionais. O jogador se torna vitorioso aqui dentro desse clube?.
Vice-presidente de futebol, Giovanni Luigi ? ?Vamos seguir a caminhada no Brasileiro.
Esse título vai nos dar tranqüilidade?.
Christian ? ?Estou feliz como se tivesse jogado?.
Presidente Vitorio Piffero ? ?Maravilhoso! Para essa torcida!?.
Wellington Monteiro ? ?Somos fruto de um sacrifício. Estamos muito felizes?.
Rubens Cardoso ? ?É uma alegria ver esse público comemorando mais esse título.
A equipe está de parabéns. Vamos com tudo agora?.
Internacional (4): Clemer; Ceará, Índio, Sidnei (Mineiro, 35min2ºt) e Rubens Cardoso
(Maycon, 20min2ºt); Edinho, Wellington Monteiro, Alex e Pinga (Perdigão, 39min2ºt); Iarley e Alexandre Pato. Técnico: Alexandre Gallo.
Pachuca (0): Calero; López, Mosquera e Pinto; Cabrera (Rodriguez), Correa, Caballero,
Chitiva (Landin) e Salazar (Alvarez); Gimenez e Cacho. Técnico: Enrique Meza.
Gols: Alex (I), aos 29min50seg do primeiro tempo, Pinga (I), aos 4min20seg do segundo
tempo, Alexandre Pato, (I), aos 18min30seg do segundo tempo, Mosquera (I, contra), aos 31min30seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Sidnei, Alex, Iarley, Rubens Cardoso
(I), Pinto (P). Expulsão: Pinto (P). Renda: R$ 1.147.351,00. Público: 51.023
(46.744 pagantes). Arbitragem: Sérgio Pezzotta (ARG), auxiliado por Ricardo Casas (ARG)
e Walter Velaz (ARG). Local: Estádio Beira-Rio.
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07/01/2008 |
DUBAI CUP: INTER CAMPEÃO NA ÁSIA MAIS UMA VEZ |
Inter vence a Internazionale e conquista a Dubai Cup
Por Felipe Silveira (Redação/Porto Alegre) Fotos: Alexandre Lops (Enviado Especial/Dubai)
O Internacional venceu a Internazionale, de Milão, por 2 a 1 na tarde do dia 7 de janeiro (horário de Brasília) e conquistou o título da Dubai Cup. Fernandão abriu o placar logo a 1min30seg de jogo, mas Jimenez empatou ainda na primeira etapa. No segundo tempo, Nilmar marcou um golaço de meia-bicicleta e garantiu a histórica vitória no mesmo continente em que o time colorado ergueu a taça de campeão do mundo Fifa, no Japão, em 2006.
Inter vence a Internazionale e ergue a taça da Dubai Cup, nos Emirados Árabes
Muitos colorados um dia devem ter imaginado ver o Inter enfrentando o seu homônimo europeu, a Inter de Milão, ou Internazionale Milano. Pois este dia chegou. Pouco mais de um ano depois de decidir o título do Mundial Fifa no Japão, o time do técnico Abel Braga teve a oportunidade de ficar novamente frente a frente com umas das melhores equipes do planeta.
A missão de conquistar o título da Dubai Cup nos Emirados Árabes prometia ser difícil. A Internazionale, atual bicampeã italiana, tem um time repleto de estrelas do futebol mundial. Depois de preservar grande parte dos titulares na semifinal contra o Ajax, da Holanda, desta vez, a equipe treinada por Roberto Mancini entrou em campo com seus principais nomes.
Uma verdadeira seleção, com jogadores de diversos países: Júlio César (Brasil); Maicon (Brasil), Cordoba (Colômbia), Materazzi (Itália) e Fatic (Montenegro); Zanetti (Argentina), Bolzoni (Itália), César (Brasil) e Jimenez (Chile); Ibrahimovic (Suécia) e Crespo (Argentina).
Com apenas uma semana e meia de preparação após o retorno das férias, o Inter teria que segurar o ímpeto italiano. No plano tático, Abel fez apenas uma alteração em relação à equipe que venceu o Stuttgart. O zagueiro Índio, lesionado, deu lugar a Sidnei. O volante Maycon seguiu no meio-campo no lugar de Edinho, que também se recupera de uma lesão.
Volante Maycon mostrou muita qualidade no meio-campo
O time colorado iniciou com a seguinte formação: Renan; Wellington Monteiro; Sidnei, Orozco e Marcão; Maycon, Magrão, Guiñazu e Alex; Fernandão e Nilmar. Durante a partida, serão permitidas até seis substituições. Assim como foi na semifinal contra o Stuttgart, a torcida colorada teve forte presença nas arquibancadas do Al Wasl Stadium, em Dubai.
Assim que o Inter entrou no gramado com seu uniforme 2, com camiseta, calções e meias brancas, os torcedores vibraram como se estivessem no Beira-Rio. A Internazionale, por sua vez, também vestiu seu fardamento tradicional: camiseta com listras verticais nas cores azul e preta, calções e meiões pretos.
O Inter começou fulminante. Logo a 1min30seg, Fernandão dominou a bola na meia-lua e chutou com categoria no canto direito do compatriota Júlio César. Golaço colorado em Dubai!
A equipe colorada marcava o adversário com vigor, sem dar espaços em campo. Equilibrado em todos os setores, o Inter também levava perigo nos contra-ataques. Aos 10min30seg, Guiñazu chutou rasteiro, sem ângulo, para boa defesa de Júlio César. Aos 15min40seg, Guiñazu cruzou da esquerda e Alex concluiu de calcanhar, por cima do gol. Aos 19min, o zagueiro Materazzi fez falta violenta sobre Nilmar. Na cobrança, Alex chutou com força e Júlio César espalmou para escanteio. Quase gol!
Guiñazu foi incansável na marcação
O Inter mantinha a posse de bola e dominava o jogo. Até os 30min, a Internazionale não havia concluído nenhuma vez contra o gol defendido por Renan. A bola simplesmente não chegava até a dupla de atacantes Ibrahimovic e Crespo. O primeiro chute do time de Milão aconteceu somente aos 32min30seg, em uma cobrança de falta rasteira de Ibrahimovic, que Renan defendeu com segurança no meio do gol.
A partir de então, o time italiano passou a pressionar em busca do empate. Aos 36min, Nilmar quase roubou a bola dos pés do goleiro Júlio César, que chutou para o lado para aliviar a pressão. A Internazionale cometia faltas em excesso. Nilmar era um dos que mais sofria com a dura marcação italiana. O árbitro árabe Mohamed Omar, porém, relutava em advertir os jogadores com o cartão amarelo.
Aos 39min40eg, Ibrahimovic fez boa jogada pela esquerda e tocou para Jimenez, que errou em bola ao tentar concluir. No entanto, na segunda tentativa, o chileno conseguiu desviar para empatar: 1 a 1. Foi o último lance importante da primeira etapa.
No intervalo, Abel promoveu a entrada de Jonas no lugar de Wellington Monteiro. A Inter, de Milão, voltou com a mesma equipe. Já no primeiro minuto, Jonas foi à linha de fundo e cruzou para a área, onde Fernandão apareceu para desviar com perigo para fora. Aos 10min, Magrão aproveitou um rebote no interior da área e concluiu muito próximo da trave direita.
Nilmar não deu sossego à defesa italiana
Aos 13min, Nilmar avançou para cima da marcação de Cordoba e acabou recebendo uma cotevelada. Mas o árbitro nem sequer falta marcou. Três minutos depois, o argentino Crespo desviou de cabeça uma cobrança de falta. A bola passou perigosamente ao lado da trave esquerda.
A Internazionale seguia abusando das faltas. Aos 17min, Materazzi acertou uma cotovelada no rosto de Fernandão. Mas, novamente, o árbitro não advertiu o zagueiro com cartão.
União: Nilmar recebe o abraço dos companheiros após marcar contra a Internazionale
Mas o Inter não se intimidou. Aos 19min30seg, Marcão escorou de cabeça para Nilmar no interior da área: o atacante executou uma meia-bicicleta com precisão e fez 2 a 1. Um golaço, o primeiro do atacante no seu retorno e o 26º com a camisa colorada.
Aos 15min, Ramon entrou no lugar de Alex. Aos 26min, finalmente Materazzi recebeu cartão amarelo após mais uma dura falta sobre Nilmar.
O jogo seguia muito disputado, mas com raras chances de gol. Aos 35min30seg, Pelé, que havia entrado no lugar de Bolzoni, tentou a conclusão, mas Renan antecipou-se e evitou o chute. Aos 36min, Danny Morais entrou no lugar de Magrão. Aos 40min, Nilmar foi substituído por Iarley.
Fernandão ergue a taça da Dubai Cup, o primeiro título do futebol mundial na temporada 2008
O Inter administrava a vitória e esperava pelo apito final. Quando ele veio, a torcida presente em Dubai vibrou com a conquista do título inédito, o quarto em âmbito internacional em um ano e meio (Libertadores, Mundial Fifa, Recopa Sul-Americana e Dubai Cup). Em todo o Brasil e pelo mundo, os colorados sentiam o orgulho de ter vencido um dos melhores times da atualidade. Inter, campeão da Dubai Cup!
"Os jogadores estão de parabéns. Tivemos a humildade de saber que eles estavam melhor fisicamente, marcamos muito bem e acabou sendo um resultado justo", afirmou o técnico Abel Braga.
"Nossa equipe, apesar de ser um torneio de apenas duas partidas, teve espírito de equipe e lutou e se comportou muito bem. Nosso time foi tecnicamente perfeito e estamos todos de parabéns", disse o capitão Fernandão, autor do primeiro gol colorado.
"Vencemos duas equipes de muita qualidade e podem ter certeza, esse time vai dar muito o que falar", revelou Clemer.
"A gente tem que valorizar o que nós temos. Viemos para cá para fazer a pré-temporada mas sempre visando conquistar mais esse título. Jogamos com seriedade e todos estamos de parabéns", afirmou Alex.
"Hoje eu senti o que é um time gaúcho, de chegada e de pegada. Hoje eu sei o que é o Internacional, um time verdadeiramente campeão do mundo. Estou muito felizpor mais essa conquista na minha carreira", declarou o volante Magrão.
"Essa conquista não veio de Porto Alegre de graça. Estamos todos de parabéns pelo planejamento, pela organização que demonstramos em campo", disse o atacante Iarley, que atuou no segundo tempo.
"Pegamos o Stuttgart no primeiro jogo e a Inter de Milão, que é uma seleção do mundo. Demonstramos a gana, a força do Internacional. Estou muito orgulhoso por esse time e mando os parabéns para toda a torcida colorada, espalhada pelo Brasil e pelo mundo", disse o vice-presidente de futebol, Geovanni Luigi.
"Conquistar esse primeiro título como titular do gol do Inter pra mim é mais do que importante. Valeu a pena ter aberto mão das férias para estar bem aqui. Esse título entra pra minha história e pra história do Internacional", revelou Renan.
"Foi um grande jogo. Meus parabéns aos atletas e a comissão técnica pela força que o Inter demonstrou hoje. O campeão do mundo é o Inter de Porto Alegre. Hoje mostramos um futebol de excelência, foi comovente a entrega dos nossos jogadores", afirmou Vitorio Piffero.
Internacional (2): Renan; Sidnei, Orozco e Marcão; Wellington Monteiro (Jonas), Maycon, Magrão (Danny), Alex (Ramon) e Guiñazu; Fernandão e Nilmar (Iarley). Técnico: Abel Braga.
Internazionale (1): Júlio César; Maicon, Córdoba, Materazzi e Fatic (Burdisso); Zanetti, Bolzoni (Pelé), César e Jimenez; Crespo e Ibrahimovic (Balotelli). Técnico: Roberto Mancini.
Gols: Fernandão (I), a 1min30seg do primeiro tempo. Jimenez (I-ITA), 39min40seg do primeiro tempo. Nilmar (I), 19min30seg do segundo tempo. Cartões Amarelos: Guiñazu, Maycon, Marcão (I). Ibrahimovic, Materazzi (I-ITA). Local: Dubai Stadium, Emirados Árabes.
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