sábado, 3 de março de 2012

Grandes Craques.

Toninho Cerezo.

Antônio Carlos Cerezo, conhecido como Toninho Cerezo, nasceu em Belo Horizonte no dia 21 de Abril de 1955.


Como jogador

Craque de estilo clássico, começou nas categorias de base do Atlético Mineiro, com passagem, por empréstimo, pelo Nacional de Manaus, em 1974. Já em 1975 alcançou a titularidade no clube, substituindo o grande Wanderley Paiva, até então titular absoluto. Naquele mesmo ano foi convocado, pela primeira vez para a Seleção Brasileira. Nos 10 anos que passou no Galo, se tornou ídolo e um dos jogadores mais celebrados dos anos 70 no clube.
Em 1983, foi vendido para a AS Roma por 10 milhões de dólares, maior negociação do futebol brasileiro até então, igualada a de Zico para a Udinese. Lá foi campeão da Copa da Itália, ao lado do compatriota Falcão. Em 1986, foi para a Sampdoria. No elenco genovês destacou-se no título da Recopa Europeia, no vice-campeonato da Champions League, no tricampeonato da Copa da Itália e na conquista inédita doCampeonato Italiano. A torcida da Samp ainda se lembra da última partida daquele campeonato, quando, no fim do jogo, ouviu-se nos alto-falantes do estádio uma música feita especialmente para ele. Cerezo era o maestro de um time em que jogavam astros como Pagliuca, Vialli, Dossena, Vierchowood e Lombardo, treinados pelo lendário soviético Konstantin Boskov. Tim Vickery, da BBC, lembra que, naquela época, assistia aos jogos do "Calcio" especialmente para ver Toninho Cerezo jogar. O analista inglês destaca a visão de jogo de Cerezo e lembra que na final da Champions de 1992, apesar de já contar com 37 anos, o Barcelona escalou seu melhor jogador, Bakero, para passar o jogo a marcá-lo.
De volta ao Brasil, atuou com destaque no São Paulo, no Cruzeiro, no América Mineiro, e, novamente, no Atlético Mineiro, clube no qual encerrou a carreira, tendo seu último jogo ocorrido na partida contra o Milan, na disputa da Copa Centenário de Belo Horizonte, em 1997. PeloGalo, fez 451 jogos e marcou 77 gols.
Entre outros prêmios, Cerezo venceu quatro vezes a Bola de Prata, sendo duas vezes Bola de Ouro, como melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Levou, ainda, nove vezes o troféu Guará. Em 1981, foi escolhido o melhor jogador do Mundialito, disputado no Uruguai. Já em 1993, foi o melhor jogador da Copa Toyota (Mundial Interclubes).
Conhecido pelo espírito de liderança, era chamado o "Patrão da Bola". No Atlético, também ficou conhecido como o "Capitão da Paz". Dois fatos contribuíram para esse apelido. O primeiro ocorreu quando, em 1977, o goleiro Ortiz foi impedido de treinar e teve seus salários cortados após a derrota para o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro daquele ano, na qual o arqueiro fora colocado sob suspeita de ter se "vendido" ao time rival. Foi Cerezo quem conseguiu uma licença para que Ortiz voltasse aos treinos, ainda que em separado, e comandou uma coleta de dinheiro para que o jogador pudesse se alimentar e quitar seu aluguel. O segundo episódio aconteceu quando o jogador Nei Dias ameaçou o técnico Procópio de morte. Também dessa feita, o jogador só voltou ao time por influência de Cerezo. Mas, em algumas ocasiões o jogador foi obrigado a se impôr. A principal delas foi na Roma quando, ao fim da temporada de 1986, na qual, inclusive, levou o time ao título da Copa da Itália, o jogador, findo o derradeiro jogo, já no vestiário, tirou a camisa e a entregou ao presidente do clube, que vinha lhe pressionando, dizendo que ali não mais jogaria.

Seleção Brasileira

A ascensão de Toninho Cerezo coincide com a formação do esquadrão atleticano nos anos 70, que sucedeu à geração de Dario e Cia., campeã brasileira em 1971. Lançado por Telê Santana, Cerezo logo chegou à seleção convocado por Osvaldo Brandão, grande admirador de seu futebol, mas que não se aguentaria no comando da seleção até o certame mundial. Em 1977, Cláudio Coutinho, um militar com formação em educação física, preparador físico de Zagallo nas copas de 1970 e 1974, foi indicado para treinar a seleção do Brasil.
Ainda assim, Cerezo, pelas atuações em campo, se transformou em jogador de confiança da seleção e foi convocado para a disputa do Mundial na Argentina em 1978. Na Copa, a atuação do jogador foi apenas razoável, em uma equipe que se destacou pela 'mediocridade eficiente'. Não à toa, na seleção de Coutinho, Toninho Cerezo ficava mais preso em campo. Naquela época o jogador foi, por vezes, substituído por jogadores como Batista e Chicão, mais marcadores.
O treinador entendia que, no "futebol moderno", os jogadores deveriam ser "polivalentes", a ocupar vários lugares no campo. Ocorre que a "polivalência" sugerida pelo técnico era mais facilmente aplicável a jogadores com menos recursos técnicos e mais obediência tática. Para ele, os laterais (alas) deveriam não apenas marcar mas terem uma função estratégica nas pontas, ao realizar o "overlapping" e aparecer na frente, em vez de dar assistências para o atacante pivô.
Em 1979, ainda com Coutinho no comando da seleção, Cerezo vive momentos difíceis para se enquadrar no modelo implantado. Era convocado, mas, já no primeiro jogo daquele ano, ficou no banco de Paulo César Carpeggiani, comandado de Coutinho no Flamengo. No jogo seguinte, entrou jogando e foi substituído por Guina, meia do Vasco da Gama.
Em 1980, Telê Santana assumiu a Seleção Brasileira. Com Telê, que o lançara no Atlético Mineiro, Toninho Cerezo voltou a brilhar e compôs um escrete com craques como Sócrates, Zico, Luizinho, Júnior, Paulo Isidoro, Reinaldo, Oscar, Edevaldo, Valdir Peres e Éder, que marcou época no futebol mundial. Embora houvesse nessa equipe uma indefinição crônica quanto ao atacante central e uma deficiência na baliza, o futebol por si praticado era vistoso e vitorioso. Momento alto de Cerezo nessa época foi o Mundialito, em 1981, no qual foi o maestro da vitória por 4 a 1 sobre os alemães, onde levou o troféu de melhor jogador do certame. Ainda nesse ano, teve participação destacada no time que se classifica para a Copa de 1982 e cumpriu excelente excursão europeia, vencendo França, Inglaterra e Alemanha, com Cerezo, de novo, a marcar um gol decisivo.
Na Copa, não pôde atuar contra a URSS por estar suspenso. Após os primeiros e brilhantes resultados, veio a improvável eliminação do Brasil para uma Itália tecnicamente frágil mas taticamente disciplinada, por 3 a 2. Cerezo foi massacrado pela imprensa brasileira - sobretudo a carioca - pelo passe errado que originou o segundo gol italiano. A história registra, todavia, que ele formou, ao lado de Falcão, Sócrates e Zico um dos melhores meios de campo da história do futebol mundial.
Após comandos de Carlos Alberto Parreira e Evaristo de Macedo, com Cerezo sendo deixado de lado nas convocações, Telê Santana retornou ao comando da equipe. Desconhecendo a realidade do futebol brasileiro de então, convocou uma Seleção com jogadores testados e aprovados em outras competições com ele, incluindo Cerezo.
Nesse contexto e, já na Sampdoria, Cerezo é convocado mas não chega a jogar, contundido. A pressão é grande e Telê prefere não apostar na recuperação do craque. Curiosamente, leva Zico na mesma situação e a atuação do 'galinho' compromete o resultado da partida em que o escrete brasileiro é desclassificado, nos pênaltis, pela França.
A partir de 1987, Cerezo não foi mais convocado. Naquele ano, Carlos Alberto Silva, novo treinador, tentaria uma reforma ampla, que passava pela aposentadoria da geração de 1982, perspectiva que durou pouco.

Como treinador

Como treinador, obteve destaque tanto no Brasil quanto no exterior. Em 1999, obteve a maior sequência de vitórias de um treinador no Vitória, levando a equipe à semifinal do Campeonato Brasileiro, sendo eliminado pelo seu ex-clube, Atlético Mineiro. Treinou, ainda, o mesmo Atlético Mineiro, indo depois para o Japão, onde treinou o Kashima Antlers por seis anos e alcançou grande sucesso, com um bicampeonato do Campeonato Japonês e duas Copas da Liga, além de vencer uma Copa do Imperador. No exterior, treinou também o Al-Hilal, da Arábia Saudita, o Al-Shabab, sendo campeão nacional em 2007-08, e Al-Ain, ambos dos Emirados Árabes Unidos.
No dia 27 de maio de 2010, foi confirmado como novo técnico do Sport Club do Recife. Porém, apenas três meses depois, foi demitido devido aos resultados ruins que obteve na Série B.
No dia 03 de dezembro de 2011, retornou ao clube onde obteve primeiro destaque como técnico, o Vitória

Títulos.


Como jogador


Nacional
  • Campeonato Amazonense: 1974
Atlético Mineiro
  • Campeonato Mineiro: 1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982 e 1983
  • Taça Minas Gerais: 1975, 1976 e 1979
  • Copa dos Campeões da Copa Brasil: 1978
  • Copa Centenário de Belo Horizonte: 1997
Cruzeiro
  • Campeonato Mineiro: 1994
Roma
  • Copa da Itália: 1984 e 1986
Sampdoria
  • Copa da Itália: 1988 e 1989
  • Recopa Europeia: 1990
  • Supercopa Italiana: 1991
  • Campeonato Italiano: 1991
São Paulo
  • Copa Libertadores: 1993
  • Campeonato Mundial de Clubes: 1992 e 1993
  • Supercopa Libertadores: 1993
  • Recopa Sul-americana: 1993,1994

]Como treinador

Kashima Antlers
  • Campeonato Japonês: 2000, 2001
  • Copa do Imperador: 2000
  • Copa da Liga Japonesa: 2000, 2002
Al-Shabab
  • Campeonato dos Emirados Árabes: 2007-08

Fonte: wikipédia


Ênio Andrade
Ênio Vargas de Andrade (Porto Alegre, 31 de janeiro de 1928 — Porto Alegre, 22 de janeiro de 1997) foi um futebolista brasileiro, jogava no meio-campo.


Ênio Andrade começou como zagueiro no São José em 1949, transferindo-se para o Internacional no ano seguinte. Em 1951, transferiu-se para o Renner, clube que defendeu até 1957.
Foi no Renner que Ênio Andrade foi deslocado para o meio-campo, através do técnico Selviro Rodrigues. Em 1956, sagrou-se campeão dos Jogos Pan-americanos do México. Ainda defendeu Palmeiras, Náutico e novamente o São José.

Após encerrar a carreira de jogador, em 1961, Ênio Andrade tornou-se treinador de futebol. Em sua nova carreira, conseguiu importantes conquistas, tal como as da época de jogador. Era considerado um treinador bastante estrategista. Conquistou três campeonatos brasileiros: em 1979, com o Internacional (sendo de forma invicta, o único a conseguir tal feito até hoje); em 1981, com o Grêmio (em pleno Estádio do Morumbi); e em 1985, com o Coritiba (em pleno Maracanã, após disputa de pênaltis).









Ênio Andrade ainda teve conquistas internacionais em seu currículo. Pelo Cruzeiro, foi campeão da Supercopa Libertadores, além de uma Copa Ouro e um Copa Master Supercopa.

Ênio Andrade faleceu em 1997, aos 68 anos de idade, vitimado por complicações pulmonares.

Títulos

Como jogador
Internacional 
Campeonato Gaúcho: 1950 e 1951. 
Renner 
Campeonato Gaúcho: 1954. 
Palmeiras 
Taça Brasil: 1960. 
Campeonato Paulista de 1959 

Como treinador
Internacional

Campeonato Brasileiro: 1979 
Grêmio

Campeonato Brasileiro: 1981 
Coritiba

Campeonato Brasileiro: 1985 
Cruzeiro

Supercopa Libertadores: 1991 
Copa Ouro: 1995 
Copa Master Supercopa: 1995 
Campeonato Mineiro de 1994 
Náutico 
Campeonato Pernambucano: 1984.

Curiosidades do Brasileirão.

 BRASILEIRÃO 1972.
O primeiro título da academia.
DUDU E BRITO BRIGANDO PELA BOLA
Foi a primeira final entre clubes de São Paulo e Rio de Janeiro.
E foi uma partida muito disputada, que acabou em 0x0.
Prevaleceu a melhor  campanha do verdão, que assim conquistava seu primeiro título nacional.

 A estréia do vovô.
O meia toninho Cerezo,  craque do Atlético-MG, fez sua estréia no Brasileirão neste  ano.
Por anos e anos foi destaque do Galo e depois ainda tava fôlego para jogar mais algumas partidas até 1996.


sexta-feira, 2 de março de 2012

Sport Campeão Brasileiro 1987.


Campeonato Brasileiro 1987

Sport, o Campeão Brasileiro de 1987
Sport, o Campeão Brasileiro de 1987
Em 1987, o Sport Club do Recife viveu dias de glória, se sagrando Campeão Brasileiro de 1987. Uma vitória conquistada no campo e nos tribunais. O título foi resultado de uma verdadeira batalha judicial, envolvendo desde a CBF à própria Fifa, numa briga entra cartolas pernambucanos e cariocas.
Isso porque o Flamengo declarou-se Campeão Brasileiro à revelia das normas definidas pela CBF, alegando ser o vitorioso na etapa que envolvia o Clube do 13. Na verdade , o Flamengo descumpriu a tabela que exigia um jogo entre o finalistra do Clube do 13 e o finalista entre os 19 restantes. Segundo o então presidente do Sport, na época, Homero Lacerda, o campeonato fora vendido para a Rede Globo de Televisão e outros grandes patrocinadores, que por conta própria resolveram encerrá-lo ao final da disputa entre os 13 clubes. O que fez o Flamengo deixar de comparecer à partida final contra o Sport.
Depois de muita briga na Justiça, a CBF e a Fifa legitimaram o Sport como Campeão Brasileiro de Futebol e consideraram que o Flamengo perdeu de W.O por não ter comparecido à partida final. A prova disso é que o Sport foi o representante do Brasil na Libertadores da América. Para Homero, o Leão somou uma vitória que confirma a garra e determinação do time pernambucano. Com certeza o título brasileiro, polêmico e sofrido, arrancado duplamente, em campo e na Justiça, representa o maior troféu da imensa coleção que contitui o museu rubro-negro. Assim a camisa do clube passou a contar com a estrela dourada de Campeão do Brasil!

Campanha do Sport

Campeão Brasileiro de 1987
Campeão Brasileiro de 1987
Primeira Fase - Turno
16/09 - Atlético/PR 1 x 1 SPORT
20/09 - SPORT 2 x 0 Guarani
23/09 - SPORT 3 x 0 Criciúma
27/09 - Joinville 0 x 1 SPORT
30/09 - Portuguesa 1 x 1 SPORT
04/10 - Atlético/GO 0 x 0 SPORT
07/10 - SPORT 1 x 0 Rio Branco/ES
11/10 - SPORT 4 x 0 Inter de Limeira
Primeira Fase - Returno
25/10 - SPORT 2 x 1 Ceará
28/10 - Bangu 2 x 0 SPORT
01/11 - SPORT 1 x 0 Náutico
08/11 - SPORT 0 x 0 Vitória/BA
11/11 - CSA 0 x 1 SPORT
15/11 - SPORT 2 x 1 Treze/PB
Semifinais
25/11 - Bangu 3 x 2 SPORT
29/11 - SPORT 3 x 1 Bangu
Finais do Módulo Amarelo
06/12 - Guarani 2 x 0 SPORT
13/12 - SPORT 3 x 0 Guarani
Obs. Nos pênaltis 11 x 11. O Sport foi declarado campeão do grupo amarelo pela CBF, pois fez a melhor campanha.
Cruzamento para decisão do título de 87
27/01/88 - Flamengo x Sport, vencido pelo Sport por WO
27/01/88 - Guarani x Internacional, vencido pelo Guarani por WO
30/01/88 - Guarani 1 x 1 SPORT
07/02/88 - SPORT 1 x 0 Guarani
Obs. Flamengo e Internacional, campeão e vice do módulo Verde se recusaram a participar do cruzamento e perderam seus jogos por WO.
A Epopeia
E FOI ASSIM QUE COMEÇOU...

Ano 1987. Assume a presidência do Sport Club do Recife o engenheiro e empresário Homero de Moura Lacerda. Homero como já era bem conhecido do torcedor Rubro-Negro, é um homem de temperamento forte, com perfil guerreiro e se dispôs a fazer de tudo para tirar o Leão daquele jejum de títulos que vinha sofrendo desde a conquista de seu ultimo tricampeonato em 82, quando do mandato de José Antonio Alves de Melo. 

O primeiro turno do Pernambucano daquele ano havia sido conquistado pelo Santa Cruz, o que estimulou mais ainda à vontade de Homero em tirar o Rubro negro daquele ostracismo. Ousado, como de costume, ele e sua diretoria de futebol começaram um trabalho árduo na busca de grandes jogadores para compor nosso elenco e promover uma reviravolta naquele campeonato. 

Luiz Carlos, nosso grande centroavante, e Luizinho, um promissor lateral esquerdo, foram negociados com o Santos, de onde vieram o renomado ponta Éder Aleixo e de "contrapeso" o meia Ribamar, que ironicamente se tornou o maior craque do Sport naquele ano. Ainda vieram o fantástico Robertinho, o impetuoso Zé Carlos Macaé, Ademir Lobo e o veterano e campionissimo goleiro Émerson Leão. 

O esforço surtiu o efeito desejado, tanto que conquistamos o segundo turno do campeonato e partimos para uma extra contra o Santa Cruz. A essa altura Leão já havia assumido o comando técnico, estreando nessa carreira. Jogávamos em casa pela vitória simples. Ainda no primeiro tempo nosso goleiro Márcio se contunde e Leão teve que dar uma de dublê de técnico e jogador e entrou na partida. Estávamos vencendo por 1x0 e isso já bastava. Mas infelizmente forças ocultas fizeram com que o nosso zagueiro Eraldo enfiasse a cabeça numa bola sem grandes perigos decretando o empate da partida em 1x1. E esse foi o placar final. Perdemos mais um titulo e o jejum prosseguia. Mas a idéia de Homero em dar um titulo ao Sport ainda estava fixa em sua mente. 

NASCE O CLUBE DOS 13 

Paralelamente a estes fatos, os principais clubes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Bahia decidem se reunir e criar uma associação denominada Clube dos 13, presidida pelo então presidente do São Paulo Michel Aidar, que serviria exclusivamente para a formação de uma liga constituída somente por eles próprios e alguns outros poucos convidados, tentado assim, monopolizar toda mídia nacional e toda receita de patrocinadores a seu redor. Assim, Otavio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, respectivamente presidente e vice-presidente da CBF na época, começaram a ser pressionados de todos os lados pelo Clube dos 13, que contava com o apoio de Manoel Tubino, presidente do C.N.D., para que o campeonato Brasileiro daquele ano fosse disputado a seus moldes. Queriam escolher os participantes e toda renda publicitária mesmo que tudo isso ferisse os regimentos da confederação brasileira de futebol e os direitos adquiridos por outros clubes, como Bangu, Guarani, América-RJ, Criciúma, que havia feito extraordinária campanha no ano anterior e seriam excluídos da 1ª divisão sem razão plausível. O próprio Sport havia obtido índice técnico suficiente para permanecer no grupo de elite e mesmo assim ficaria de fora. Isso provocou a movimentação dos presidentes de federação e clubes que se sentiam prejudicados pelos desmandos que se anunciavam ocorrer. 

CHEDID COLOCA PANOS QUENTES NA QUESTÃO...

Numa tentativa de agradar a gregos e a troianos, Nabi Abi Chedid confeccionou uma tabela que dividia os clubes da primeira e segunda divisão em 4 módulos : verde, amarelo, azul e branco, onde os 2 primeiros seriam considerados 1ª divisão e os dois últimos, 2ª divisão. Ao final, o grupo verde e o grupo amarelo teriam seus respectivos campeões e vice que se enfrentariam num quadrangular, decidindo assim, quem seria o campeão do ano. 

O módulo verde, do qual pertencia os membros do clube dos 13 mais Santa Cruz, graças a Marco Maciel, Coritiba e Geais, foi totalmente moldado segundo os interesses financeiros de seus componentes, pois concentraram em suas mãos toda transmissão de TV e um polpudo patrocínio da Coca Cola, não restando absolutamente nada para os integrantes do módulo amarelo. 

15/09/87 - O INICIO DA GUERRA

Depois de tantos desmandos finalmente no dia 15/09/87 é aprovada uma tabela e um regulamento para a competição possibilitando assim o seu inicio. A idéia inicial de Nabi Abi Chedid foi mantida e a 1ª divisão passou a ser constituída pelo módulo verde formado por Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Internacional, Bahia, Coritiba, Goiás e Santa Cruz, e o módulo amarelo formado por: Sport, Guarani, Bangu, Inter de Limeira, Náutico, América-RJ, Vitória, Atlético-PR, Criciúma, Joinville, Rio Branco, Atlético de Goiás, Portuguesa, Ceará, CSA e Treze. O módulo amarelo seria dividido em duas chaves, A e B, da qual sairia um representante de cada uma para disputar o titulo do modulo amarelo e, por conseguinte, o titulo nacional contra os vencedores do módulo verde. 

Já no dia 16/09 o Sport faz sua estréia, na Ilha, empatando contra o Atlético PR em 1x1. Começou o campeonato e prosseguia a confusão. O América carioca não aceita o regulamento e se retira da competição, impetrando um mandato de segurança contra a CBF. 

O Sport, em defesa de seus direitos, aciona a TV Globo, que tinha o direito de televisionamento exclusivo sobre o campeonato Brasileiro, pois só quem via a cor do dinheiro eram os componentes do clube dos 13. Também recebiam com exclusividade um milionário patrocínio da Coca-Cola e do açúcar União, que emprestou seu nome para batizar a disputa do modulo verde. 

O clima fica feio entre a TV e o modulo amarelo que passa a ser boicotado pela mesma. Em retaliação a esse fato o Sport também boicota a tv e proíbe a comercialização de Coca Cola na Ilha do Retiro. No campo de jogo, o Sport vai vencendo seus adversários, sendo imbatível dentro da Ilha e irresistível fora dela.
SPORT X BANGU - VITÓRIA NO CAMPO DE JOGO E NOS TRIBUNAIS
A final da chave A foi disputada entre Sport e Bangu, time dirigido pelo bicheiro carioca Castor de Andrade. Foi uma verdadeira guerra. Na partida de ida fomos hostilizados de todas as maneiras possíveis e imagináveis. Nossos atletas e dirigentes foram apedrejados e coagidos. Com todo esse clima não conseguimos a vitória. Fomos derrotados por 3x2 e Macaé declarou nos microfones das rádios que se perdêssemos daquele timeco aqui na Ilha ele mudaria de nome. A partida de volta foi realizada no dia 29/11/87 e o Bangu recebeu o troco com juros e correções. Não só levou uma surra de 3x1 como também foram severamente hostilizados por nossa torcida, tendo o seu presidente Castor de Andrade sido atingido por uma pedra no rosto. Nesta partida muitos torcedores passaram mal pela emoção envolvida e infelizmente alguns vieram a falecer.
SPORT: Flávio, Betão, Estevam, Marco Antonio, Macaé; Rogério, Ribamar e Zico; Robertinho, Nando e Neco.
Bangu: Gilmar, Edvaldo, Marcio, Rossini, Mauro Galvão e Pedrinho; Tobi, Robson e Paulinho Criciúma; Marinho, Gil e Macula.
Juiz: José de Assis Aragão
Gols: Zico, Betão e Nando para o Sport e Marinho para o Bangu.
O resultado nos deu o titulo da chave A e decidiríamos o módulo Amarelo contra o Guarani. Mas antes que esse jogo fosse realizado o Bangu protestou contra a partida aqui na Ilha tentando alegar que o jogo foi realizado dentro de um clima totalmente desfavorável ao seu time. Mas o Sport venceu em 1ª e 2ª estância e deu prosseguimento a sua campanha vitoriosa. É valido ressaltar que o presidente da FPF, Fred Oliveira, quando compareceu em uma destas audiências envolvendo Sport e Bangu foi violenta e covardemente agredido pelos capangas do bicheiro.
SPORT CAMPEÃO DO MÓDULO AMARELO
Continuando a luta pelo título maior, Sport e Guarani se enfrentam em 2 partidas de ida e volta pelo título do Módulo Amarelo. As partidas ocorreram em dezembro de 1987. No jogo de ida fomos derrotados por 2x0. No jogo de volta vencemos por 3x0 e como o regulamento não previa critérios de desempate para este caso houve decisão por cobrança de pênaltis. Quando o placar marcava 11 x 11 o Guarani desistiu da disputa dando assim o título do para o Leão.
FUGA DO CRUZAMENTO: INTERESSES FINANCEIROS E TEMOR DA DERROTA
Determinado os campeões e vices dos dois módulos, segundo o regulamento, deveria haver um quadrangular decisivo entre eles de modo que o clube que obtivesse o melhor índice técnico seria declarado Campeão Brasileiro de 1987.
Como se sabe, a Coca Cola havia fechado um patrocínio gordo com o clube dos 13 para que sua marca fosse exibida de todas as maneiras possíveis durante os jogos. Foi sugerido inclusive que se colocasse no circulo central de campo a logomarca do refrigerante. Tal procedimento fere as leis da FIFA e por isso seria impossível sua concretização. Portanto o acordo firmado entre a fabrica de refrigerante e o Clube dos 13 seria o uso da logomarca no uniforme de todos os clubes que participasse da competição sob pena de não receber os 50% da verba restante ao final do campeonato. O Sport e o Guarani estavam rompidos com a Coca Cola e por isso seria impossível cumprir tal exigência, pois alem disso não viram as cores do dinheiro.
Então Marcio Braga, presidente do Flamengo, junto com Aidar, presidente do Clube dos 13, temendo perder a verba da Coca e o titulo nacional de 1987 tentaram de todos os artifícios possíveis para acabar com o cruzamento entre os módulos.
Numa primeira tentativa, vergonhosamente Aidar tenta aliciar Homero, oferecendo-o uma vaga no clube dos 13 em troca do cruzamento. Este foi veementemente negado. Então começaram as ameaças de aleijamento no campeonato seguinte.
Em outra tentativa, utilizou-se de Manoel Tubino, presidente do C.N.D., desta vez para alterar o regulamento de uma competição já quase concluída, retirando o cruzamento do mesmo. Então Tubino convocou um conselho arbitral para votar tal questão em 16/01/88. A decisão de 383 votos por 96 pelo cancelamento do cruzamento de nada valia, pois esse tipo de alteração deve ser aprovado apenas em caso de unanimidade. E é importante observar que a diferença não é tão expressiva quanto parece visto que o peso dos votos depende da posição no ranking.Nova derrota para eles. Assim, como não conseguiram nenhum meio legal para impedir o prosseguimento do campeonato as datas dos cruzamentos finalmente foram marcadas.
SPORT CAMPEÃO BRASILEIRO DE FATO E DE DIREITO
Sport 1x0 Guarani
Sport 1x0 Guarani
Em 27/01/88 vencemos o Flamengo por WO assim como o Guarani vencia o Internacional, também por WO. Marcaram-se então as duas partidas finais para 31/01 em Campinas e 07/02 aqui na Ilha. O primeiro jogo acabou em um empate de 1x1, tendo Betão de pênalti marcado a nosso favor. A grande final foi marcada na Ilha dia 07/02/88 e como de costume, ela estava lotada. O jogo foi transmitido ao vivo para todo Brasil pelo SBT. Uma verdadeira festa que assombrou a todos aqueles que nunca acreditaram naquilo. Girândolas, fumaça colorida, leonetes, tudo que se tinha direito para a ocasião.
O jogo se inicia com o Sport para cima e o Bugre um pouco inibido, talvez pelo nervosismo. Ao passar do tempo o Sport continua melhor embora o Guarani comece a se aprumar na partida. Estevam, nosso capitão, desperdiça uma cabeçada com a barra aberta. No segundo tempo é que tudo acontece. A partida continua no mesmo ritmo até que aos 20 minutos, Betão bate escanteio com precisão impar na cabeça de Marco Antonio, que mete a bola para o fundo das redes fazendo a Ilha explodir de emoção. E esse gol foi o suficiente para sermos campeões Nacionais de 1987. Conseguimos suportar a pressão desordenada do Guarani que o juiz deu a partida por encerrada. Foi simplesmente fantástica a festa. Toda torcida queria estar junto de seus heróis. O troféu estava lá. Foi erguido por Estevam num momento histórico para o Leão da praça da Bandeira. E a partir daquela data todo torcedor do Sport pôde encher a boca e o peito de orgulho para dizer: EU SOU CAMPEÃO BRASILEIRO DE FUTEBOL!
O ULTIMO SUSPIRO DOS CORRE CAMPO
Numa ultima e desesperada tentativa de impedir a homologação do titulo Rubro-Negro, Manoel Tubino, a mando de Marcio Braga, alega que as partidas finais daquele campeonato de 1987 deveriam ser anuladas, pois haviam ocorrido no ano de 1988 e tal precedente só poderia ser aberto mediante a uma solicitação documental à C.N.D. Porém, o blefe só serviu para desmoraliza-lo, pois Abi Chedid apresentou copia do fax em que Tubino autorizava a realização de partidas do campeonato no ano de 88. Assim, todos os recursos na justiça desportiva se esgotaram.
O Flamengo tentou por diversas vezes recorrer a justiça comum obtendo fracassos estrondosos. Até que desistiu sob ameaça de ser punido pela FIFA. Assim sendo o Sport Club do Recife é o único campeão Brasileiro com o titulo atestado pela justiça desportiva e comum. E essa luta Titânica revelou a toda a Nação como nosso amado Sport Club do Recife é forte e grande.
Confira nos links abaixo mais confirmações e esclarecimentos sobre o título de Campeão Brasileiro de 1987, conquistado de maneira lícita, justa e legítima pelo Sport Club do Recife.

Capa do Diário de Pernambuco

Capa do Diário de Pernambuco
Capa do Diário de Pernambuco
Fonte: Meu Sport

quinta-feira, 1 de março de 2012

Gauchão 2000- Caxias Campeão.


CAXIAS CAMPEÃO GAÚCHO 2000.

No dia 21 de junho de 2000, o Caxias obtinha sua maior conquista, o Gauchão, ao empatar em 0 a 0 com o Grêmio no Olímpico. Na primeira partida, uma semana antes, o Grená havia aplicado 3 a 0, com gols de Gil Baiano, Ivair e Márcio Hahn.
No Olímpico, no final Ronaldinho Gaúcho ainda bateu um pênalti e o goleiro Gilmar defendeu. O treinador do Caxias era Tite, que um ano depois se consagraria no próprio Tricolor.
Embora sejam esses os dois jogos mais lembrados pelos fãs, não foram os únicos memoráveis daquele Gauchão. Há outros duelos inesquecíveis, como a vitória sobre o Grêmio, no Olímpico, por 2 a 1, garantindo a conquista do 1º turno da segunda fase e o direito de disputar a final; as duas vitórias em Ca-Jus (1 a 0 no Alfredo Jaconi e 3 a 0 no Centenário); e o triunfo de 2 a 0 sobre o Inter.
O Gaúchão de 2000 foi disputado por 17 equipes – as 16 da divisão principal e o Rio Grande, convidado por comemorar os 100 anos de fundação. Sem Inter, Grêmio e Juventude, foi realizada uma fase classificatória, com as outras 14 equipes, classificando-se cinco para a etapa decisiva.

Fonte: Jornal Correio do Povo/RS