O princípio do Clube do Povo
Data de fundação do clube: 4 de abril de 1909
A origem do Sport Club Internacional está associada a três irmãos da família Poppe: Henrique Poppe Leão, José Eduardo Poppe e Luiz Madeira Poppe (respectivamente, na foto abaixo). Eles chegaram a Porto Alegre na primeira década de 1900. Acredita-se que foi por volta de 1908.
Os irmãos fundadores do Sport Club Internacional
Henrique Poppe logo arranjou um emprego no comércio da capital, no bazar "Ao Preço Fixo", localizado na Rua da Praia. Em seguida, por influência do tio Thomé Castro Madeira, filiou-se ao PRR (Partido Republicano Riograndense - comandado por Borges de Medeiros) e tornou-se funcionário da Secretaria do Conselho da Intendência (prefeitura), além de escrever para "A Federação" (jornal do PRR). Ainda trabalharia nos jornais "Echo do Povo", "O Diário", "Gazeta do Povo", "O Exemplo" e foi diretor de redação do semanário "A Rua".
Já em 1908, a capital gaúcha se modernizava e progredia rapidamente: bondes elétricos tinham substituído os puxados a burro; acabava-se de instalar iluminação elétrica em todas as ruas do centro; a população havia saltado de 73 mil habitantes em 1900 para 120 mil. O Estado vivia sob forte influência do positivismo. Um dos dogmas da doutrina é que o indivíduo pode eternizar-se enquanto for lembrado por sua criação. O governo havia determinado a criação de novos espaços públicos para práticas esportivas, a fim de formar jovens para o Exército. É nesse contexto que as bases para a fundação do Inter começaram a ser definidas.
Os irmãos mais jovens da familia Poppe, José e Luiz, tinham o desejo de jogar futebol, um esporte muito competitivo e que aprenderam a praticar ainda em São Paulo. Henrique, o irmão mais velho e influente, articulou a criação de um novo clube. Aos 18 anos, João Leopoldo Seferin, que emprestou o porão da casa do pai para a reunião de fundação do Inter, na Rua da Redenção, 141 (atual Avenida João Pessoa, na altura do número 1.025), foi eleito presidente.
Para dar credibilidade ao clube, o capitão Graciliano Ortiz foi escolhido presidente de honra do Inter. Além de militar, Ortiz também era o diretor do Asseio Público e homem de prestígio junto a José Montaury, intendente de Porto Alegre. Foi através de Ortiz que o Inter, recém-fundado, obteve junto à Intendência o seu primeiro campo: a Ilhota (atual Praça Sport Club Internacional). Além de ser o primeiro presidente de honra do novo clube, Graciliano também estava às vésperas de se tornar sogro de Henrique, já que em novembro de 1909, Henrique se casou com sua filha, Maria Conceição Ortiz.
Valores da Fundação do Sport Club Internacional
Os discursos ouvidos nas reuniões sempre giravam em torno de um princípio muito importante para os Poppe e para aqueles que ali estavam. O Internacional estava sendo criado para brasileiros e estrangeiros, uma clara alusão à política de discriminição dos outros dois clubes existentes em Porto Alegre, o Grêmio Foot Ball Porto Alegrense e o Fuss-Ball.
Os demais valores envolvidos entre os jovens que se reuniram para a fundação do Sport Club Internacional eram: a prática do futebol, a celebração da própria juventude e a possibilidade de criarem um 'Club' onde teriam a oportunidade de manter novos contatos sociais.
Notícia sobre a fundação do Sport Club Internacional veiculada no jornal Correio do Povo de 1909
As cores do Venezianos, o alvi-rubro do Inter surgiu do Carnaval
Nem todos ficaram de acordo com a cor da futura camisa do Clube. Subdividiram-se em dois grupos como fora o carnaval daquele ano – a decisão veio do carnaval de rua entre Venezianos e Esmeraldinos, um vermelho, outro verde. Justamente as cores pretendidas, ou uma, ou outra. O resultado da votação tirou da ata de fundação os que defendiam o verde. Mas o racha não esvaziou a reunião, muito menos o Clube. Ficou vermelho e branco para o resto da vida.
Como nasceu o símbolo colorado?
O primeiro símbolo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais - SCI - bordadas em vermelho sobre o fundo branco, sem a borda também vermelha, que apareceu logo em seguida. Já na década de 1960 aconteceu a inversão, com a combinação de letras passando a ser branca sobre o fundo vermelho.
O primeiro distintivo do Clube
A morte do fundador e o legado para a história
Antes da morte, Henrique viu o Inter crescer, ser campeão da cidade, em 1913, e derrotar pela primeira vez o Grêmio, em 1915, tudo isso dez meses antes de morrer. O primeiro clube a ser desafiado pelo Inter, e que havia seis jogos mostrava-se imbatível, enfim, caía. Após seis jogos, com duas derrotas por 10 gols, o Inter goleava o Grêmio por 4 a 1, na Baixada, a casa do adversário. Vencia o rival pela primeira vez e iniciava um novo ciclo na sua vida.
A edição do jornal “A Rua”, de 1916, guardada por Carlos Bandeira Poppe, filho de Luiz Madeira Poppe, confirma a obra de Henrique. A edição foi publicada três dias após a sua morte, aos 35 anos, por uremia (doença provocada pelo mau funcionamento dos rins, incapazes de filtrar as impurezas do sangue). Henrique não teve filhos. Foi enterrado no cemitério da Santa Casa, na sepultura número 68 do 3° quadro, conforme descrevem registros da época.
Foto da capa do jornal que conta a história do fundador do Inter
A primeira vítima
No dia sete de setembro de 1909, com seus poucos meses de vida, o Internacional obtinha seu primeiro empate contra uma equipe de primeira linha da época: 0 a 0 com o Militar, que no ano seguinte seria o campeão de Porto Alegre. No mês seguinte, no dia 10 de outubro, resolveram jogar novamente para "desempatar". O jogo terminou 2 a 1 para o Internacional e esta foi a primeira de tantas vitórias coloradas ao longo de mais um século.
No dia sete de setembro de 1909, com seus poucos meses de vida, o Internacional obtinha seu primeiro empate contra uma equipe de primeira linha da época: 0 a 0 com o Militar, que no ano seguinte seria o campeão de Porto Alegre. No mês seguinte, no dia 10 de outubro, resolveram jogar novamente para "desempatar". O jogo terminou 2 a 1 para o Internacional e esta foi a primeira de tantas vitórias coloradas ao longo de mais um século.
A evolução: Inter ganha força e derrota times tradicionais
Em 1913, a camiseta colorada já era completamente vermelha. O Internacional emparelhava no terreno futebolístico com o eterno rival: o Grêmio. Nesse ano, o Inter ganhou seu primeiro título invicto da cidade e repetiu a dose em 1914.
Nesse período excursionou e recebeu times visitantes interioranos com bom cartel no futebol, sobretudo da fronteira sul do Estado. Visitando ou sendo visitado, derrotou o veterano Rio Grande – clube de futebol mais antigo do Brasil –, o Brasil de Pelotas, o Guarani de Bagé, o 14 de Julho de Livramento e o RioGrandense de Santa Maria, entre outros. Seria o ano inicial de uma série de títulos. Nada menos que cinco consecutivos.
Gre-Nal: primeira vitória no clássico veio com goleada
Seis anos após a fundação, o Internacional goleava o seu principal adversário. Em 1915, Inter 4 x 1 Grêmio: era a primeira vitória colorada em Gre-Nais. O time que ganhou o primeiro clássico para os colorados tinha a seguinte formação: Baes, Simão e Dorneles; Bitu, Kluwe e Lucidio; Túlio, Osvaldo, Bendionda, Muller e Vares.
Incrível e histórica marca de seis gols de Vares em um só Gre-Nal
O dia 30 de julho de 1916 registrou um recorde no clássico. Vares, jogador do Internacional, fez os seis gols na vitória de 6 a 1 sobre o Grêmio. A partida foi disputada na chamada Chácara dos Eucaliptos, no Azenha. Foi o primeiro jogo com arquibancadas e vestiários adequados para os times.
Glórias dos 'anos 10', entre elas, um pentacampeonato
Em 1912, o Inter ganhou seu primeiro campo exclusivo de jogo. Era a Chácara dos Eucaliptos, alugada, e onde o Inter permaneceu até a década de 1930. Quando chovia, a Chácara alagava e os jogadores eram obrigados a treinar na Várzea, atual Parque da Redenção. Já em 1913, quatro anos depois de fundado, o Clube ganhava seu primeiro campeonato, o Metropolitano, o qual foi seguido de mais quatro, tornando-se pentacampeão. Nesta primeira fase do Internacional, a importância dos estudantes foi tanta que os campeonatos citadinos, vencidos sucessivamente, foram interrompidos em 1918 por força do surto da febre espanhola. As escolas e as faculdades suspenderam as aulas com receio de contágio e o Internacional ficou praticamente sem time.
As primeiras conquistas foram nos campeonatos metropolitanos. Confira:
1910: 3° lugar
1911: 2° lugar
1912: 3° lugar
1913: campeão invicto
1914: bicampeão invicto
1915: tricampeão invicto
1916: tetracampeão invicto
1917: pentacampeão
A partir da década de 1920, o Inter abriria a sua sede e daria lugar no seu time aos jogadores que pertenciam às muitas ligas que organizavam competições entre clubes representativos de negros (a famosa 'Liga da Canela Preta', por exemplo), de funcionários públicos, de funcionários do comércio e de estivadores.
Em 1913, a camiseta colorada já era completamente vermelha. O Internacional emparelhava no terreno futebolístico com o eterno rival: o Grêmio. Nesse ano, o Inter ganhou seu primeiro título invicto da cidade e repetiu a dose em 1914.
Nesse período excursionou e recebeu times visitantes interioranos com bom cartel no futebol, sobretudo da fronteira sul do Estado. Visitando ou sendo visitado, derrotou o veterano Rio Grande – clube de futebol mais antigo do Brasil –, o Brasil de Pelotas, o Guarani de Bagé, o 14 de Julho de Livramento e o RioGrandense de Santa Maria, entre outros. Seria o ano inicial de uma série de títulos. Nada menos que cinco consecutivos.
Gre-Nal: primeira vitória no clássico veio com goleada
Seis anos após a fundação, o Internacional goleava o seu principal adversário. Em 1915, Inter 4 x 1 Grêmio: era a primeira vitória colorada em Gre-Nais. O time que ganhou o primeiro clássico para os colorados tinha a seguinte formação: Baes, Simão e Dorneles; Bitu, Kluwe e Lucidio; Túlio, Osvaldo, Bendionda, Muller e Vares.
Incrível e histórica marca de seis gols de Vares em um só Gre-Nal
O dia 30 de julho de 1916 registrou um recorde no clássico. Vares, jogador do Internacional, fez os seis gols na vitória de 6 a 1 sobre o Grêmio. A partida foi disputada na chamada Chácara dos Eucaliptos, no Azenha. Foi o primeiro jogo com arquibancadas e vestiários adequados para os times.
Glórias dos 'anos 10', entre elas, um pentacampeonato
Em 1912, o Inter ganhou seu primeiro campo exclusivo de jogo. Era a Chácara dos Eucaliptos, alugada, e onde o Inter permaneceu até a década de 1930. Quando chovia, a Chácara alagava e os jogadores eram obrigados a treinar na Várzea, atual Parque da Redenção. Já em 1913, quatro anos depois de fundado, o Clube ganhava seu primeiro campeonato, o Metropolitano, o qual foi seguido de mais quatro, tornando-se pentacampeão. Nesta primeira fase do Internacional, a importância dos estudantes foi tanta que os campeonatos citadinos, vencidos sucessivamente, foram interrompidos em 1918 por força do surto da febre espanhola. As escolas e as faculdades suspenderam as aulas com receio de contágio e o Internacional ficou praticamente sem time.
As primeiras conquistas foram nos campeonatos metropolitanos. Confira:
1910: 3° lugar
1911: 2° lugar
1912: 3° lugar
1913: campeão invicto
1914: bicampeão invicto
1915: tricampeão invicto
1916: tetracampeão invicto
1917: pentacampeão
A partir da década de 1920, o Inter abriria a sua sede e daria lugar no seu time aos jogadores que pertenciam às muitas ligas que organizavam competições entre clubes representativos de negros (a famosa 'Liga da Canela Preta', por exemplo), de funcionários públicos, de funcionários do comércio e de estivadores.
1927: a conquista do primeiro título estadual
Multicampeão metropolitano, faltava ao Internacional o reconhecimento estadual. E isto aconteceu no ano de 1927. A final foi disputada no dia 7 de setembro, feriado nacional, contra o Grêmio Bagé. Na época, o campeonato era sempre decidido pelo campeão da chave da Capital contra o vencedor da chave do Interior. A partida foi realizada no bairro Moinhos de Vento, no antigo estádio do Grêmio, em jogos com dois tempos de 40 minutos.
Barros: capitão da primeira conquista estadual
Sem o zagueiro Gilberto, lesionado, o time tinha como principais destaques o capitão Barros e o atacante Ribeiro, então um dos ídolos da crescente nação colorada. A partida foi bastante equilibrada, com o Inter saíndo na frente no último minuto do tempo inicial com um gol do próprio Barros.
Logo no início do segundo tempo, um pênalti para o Inter que o craque colorado Ribeiro se encarregou de bater. Porém, para desespero dos torcedores e do próprio Ribeiro, a cobrança foi para fora. E para piorar, na saída de bola, o Bagé empatou também em uma cobrança de penalidade, através de Pasqualito.
Mas, já mostrando a raça que seria símbolo do Clube ao longo das décadas, o Colorado foi para cima e obteve a vitória. Primeiro com Nenê e depois com Barros, que marcou seu segundo na partida e decretou a vitória por 3 a 1. Assim, o Internacional obtinha seu primeiro título gaúcho da história, cabendo ao próprio Barros a honra de levantar o primeiro troféu estadual.
O início de uma nova era No ano de 1928, o Asilo da Providência (dono da Chácara dos Eucaliptos) resolveu vender o terreno, dando preferência ao Inter, embora o preço fosse alto. Mas o Inter não se interessou pelo terreno e, sem sede, esteve próximo de fechar. Até que o engenheiro Ildo Meneghetti iniciou uma campanha de arrecadação de dinheiro para comprar um terreno no bairro Menino Deus. Depois de 20 anos utilizando campos alheios, o Colorado finalmente adquiria uma propriedade. O Estádio dos Eucaliptos, com suas arquibancadas de madeira que abrigavam aproximadamente 10 mil pessoas, já era uma realidade. No dia 15 de março de 1931, o Inter inaugurava o "majestoso" estádio. Nada melhor do que convidar o Grêmio para a primeira partida no novo campo. No Gre-Nal de inauguração deu Inter: 3 a 0 sobre o rival. Em reconhecimento ao seu grande esforço, o Internacional homenagearia anos mais tarde o presidente Ildo Meneghetti com o título de patrono colorado. O Estádio dos Eucaliptos seria a casa colorada até o aparecimento do Beira-Rio, em 1969. Ildo Meneghetti (E), patrono do Inter, teve importante atuação na construção do Estádio dos Eucaliptos Estádio dos Eucaliptos foi inaugurado em 1931 Com o segundo título estadual, alcançado em 1934, começaram as mudanças Os jogadores já recebiam alguma forma de remuneração para jogar futebol. O time não era mais formado por tios, primos, filhos, e amigos da família. Estavam em campo jogadores das ligas periféricas, gente mais simples, alguns pobres e negros. Também foi nesta época que se construía a eterna rivalidade do futebol gaúcho. Os anos 30 foram dominados pelo competitivo time tricolor de Foguinho e Luiz Carvalho, e raros títulos foram conquistados pela equipe colorada. Mal sabiam os torcedores do Inter que momentos gloriosos estavam por vir. Nos anos 40 surgiu o fantástico "Rolo Compressor". Junto a ele foi inaugurada uma nova era do futebol gaúcho. Surge o Rolo Compressor Chega à presidência do Internacional, em 1940, um homem austero. Seu nome é Hoche de Almeida Barros, e logo, pela rigidez e ordem com que põe em tudo, ganha um apelido: 'Rocha'. Com tudo em ordem no setor administrativo, tudo também começa a ir bem em campo. Há indícios de uma nova era no clube. A luta entre os dois principais times da cidade – Inter e Grêmio – começava a se equivaler. O Internacional venceu um clássico por 6 a 1. O Grêmio vingou-se com um 4 a 2 em seguida. Mas pelo lado colorado estava se formando uma grande equipe. A formação inicial era a seguinte: Marcelo; Álvaro e Risada; Alfeu, Magno e Assis; Tesourinha, Russinho, Carlitos, Rui e Castilhos. A rivalidade prosseguiu em 1941. Nos dois jogos pelo campeonato, cada time venceu um clássico. No primeiro, 3 a 0 para o Internacional, no segundo, 2 a 1 para o Grêmio. Mas um forte ataque do Inter se formava: Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos. Já estava quase chegando a equipe dos sonhos da torcida colorada. Era preciso, então, criar uma defesa à altura do ataque, que já se mostrava grande pelo conjunto e pela habilidade de seus componentes. Era o que a direção estava providenciando, para chegar no ano seguinte, em 1942, à equipe perfeita: O Rolo Compressor. Mas o que era o "Rolo Compressor"? Rolo Compressor fez história por onde jogou
Um time antológico
O Rolo Compressor foi um time extremamente ofensivo, que durou de 1940 até 1948, conquistando oito estaduais em nove anos. O motivo de tamanha superioridade datava de 1928, ano que o Inter passou a utilizar jogadores negros em seu grupo, prática ainda não adotada pelo rival Grêmio até 1952. Isto acabou fortalecendo a equipe, que não tinha restrições e acabava sempre com os melhores jogadores, além de criar o carinhoso apelido de 'Clube do Povo'. Esta equipe contou com vários dos maiores craques já surgidos no Internacional.
Porém, como apenas abnegados amadores atuavam no Clube até 1926, os atletas eram, em sua maioria, de classe alta. Os jogadores negros preferiam jogar 'profissionalmente' na 'Liga da Canela Preta', que pagava bonificações para os atletas participantes. Somente quando os clubes passaram a se profissionalizar e pagar salários, ainda que baixos, os atletas negros começaram a aceitar convites para jogar no Internacional, um clube que, desde sua fundação, jamais aceitou atos discriminatórios de qualquer espécie. Talvez a formação que todos colorados sonham, ainda que disposta no antigo sistema clássico de dois zagueiros, uma linha média de três e um ataque com cinco – dois pontas, dois meias e um centroavante – tenha sido o Rolo Compressor de 1942, do goleiro Ivo Winck, os dois zagueiros Alfeu e Nena, os três médios Assis, Ávila e Abigail e o ataque de Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos. O núcleo do Rolo era mesmo Carlitos, Tesourinha, Alfeu e Nena. Começou em 1939 e prolongou-se até 1950. Só perdeu o campeonato de 1946. O hexacampeonatoEm 18 de novembro de 1945, o Rolo do Inter ganhou o inédito título de hexacampeão gaúcho, na Timbaúva, estádio do Força e Luz, jogando contra o Pelotas. Os grandes clubes do Rio de Janeiro e São Paulo apareciam com propostas milionárias, mas os jogadores recusavam-se em sair de Porto Alegre. Era mesmo uma grande família, unidos para sempre e adorados pelos torcedores e imprensa, jamais sendo esquecidos. Em Gre-Nais, os números eram avassaladores: 19 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas em 29 jogos. O time mais ofensivo de todos os tempos já surgido no Rio Grande do Sul durou praticamente toda a década e teve um sucessor, o "Rolinho", comandado pelo inesquecível Tetê nos anos 50. Inter de 1945: o primeiro hexacampeão gaúcho
Vicente Rao
Quem criou a expressão "Rolo" foi Vicente Rao. Jogador na década de 1920, acabou sendo inscrito na história do Clube por ser um insuperável animador de torcida. Segundo o atacante Carlitos, aquele não era colorado, era 'o Colorado', era o Internacional em pessoa. Primeiro Rei Momo de Porto Alegre, Rao gostava de futebol e da juventude, tanto que foi ele quem criou as primeiras escolhinhas de futebol do Inter. Ele fazia desenhos dos jogadores do Inter e do time todo para depois levar pessoalmente aos jornais. Figura lendária do Clube. Vicente Rao, símbolo da torcida colorada do passado
Foi aí que ele concebeu o antológico time da década de 40 na forma de um rolo compressor, amassando todos os adversários. Na mão de Rao, nada deixava de ser declaradamente popular. É deste tempo também o surgimento das grandes bandeiras e entradas do time em campo abaixo de foguetes, serpentinas, uma barulhada de sinos e sirenes. Por iniciativa de Rao, também surge nesta mesma década prodigiosa a primeira torcida organizada do Internacional, que também era a primeira que se tem notícia no Brasil.
O perfil do Rolo O antológico Rolo Compressor, da década de 40 Alfeu, zagueiro pela direita: já anos antes andara pelo Internacional, formando a famosa dupla com Natal. Ambos foram parar no futebol paulista, mas Alfeu voltou em 1940. Um dos zagueiros mais perfeitos e velozes do futebol gaúcho em todos os tempos. Veio do futebol fronteiriço do Rio Grande do Sul. Nena, zagueiro pela esquerda: descoberto pelo treinador Ricardo Diez, naquele mesmo ano de 1942, no futebol varzeano de Porto Alegre. Um dos grandes de todos os tempos na posição. Tinha apelido de 'Parada 18' porque passar por ele era dura empreitada. Foi reserva da Seleção Nacional no Mundial de 1950, no Rio de Janeiro. Assis, lateral-direito: jogador de alta técnica e exímio cobrador de tiro-livres. Originário de Uruguaiana, o lateral teve problemas com o excesso de peso e foi um dos primeiros do Rolo a requerer substituto. Ávila, centromédio: grande jogador da posição. Veio para Porto Alegre em 1941, de Pelotas, doente. Hospitalizou-se no Hospital da Brigada, pois era soldado dessa corporação. Os médicos duvidavam que ainda pudesse jogar futebol, de tão abatido pela sífilis que estava. Mas, homem de ferro, se recuperou logo para tornar-se um dos astros máximos da equipe. Abigail, lateral-esquerdo: comprado do Força e Luz, no início de 1942, era um dos jogadores mais regulares do time. Foi assim durante toda a sua carreira. Tesourinha, ponta-direita: jogador 'prata da casa' saído dos juvenis em 1939, jogou durante longo tempo na Seleção Nacional. Tinha um drible desconcertante, que encantava o espectador. Havia torcedores que íam ao campo só pra ver Tesourinha jogar. Russinho, capitão do time, moço rico de bacharel. Grande dinamismo e técnica razoável. Jogava futebol mais por amor ao esporte do que por necessidade de dinheiro, mas foi fundamental nas conquistas do time. Vilalba, argentino vindo de São Borja para um teste. Aprovado, mostrou ser um grande centroavante. Saindo do Internacional, foi jogar no Palmeiras e teve boa atuação. Voltou ao Internacional e encerrou sua carreira com a camisa vermelha. Rui, veio de Alegrete e era um jogador com grande liderança na equipe, pelo ardor com que disputava as partidas. Excelente em qualquer lado do meio-campo. Com Russinho no time, Rui atuava na esquerda. Carlitos, zagueiro de origem, veio em 1948 do arrabalde da Tristeza. Devido a sua rapidez, acabou indo para o ataque e, depois, firmou-se na ponta esquerda. Tornou-se o maior goleador gaúcho de todos os tempos. Jogou 15 anos ininterruptos no Internacional e marcou 485 gols ao longo da sua carreira. A Copa do Mundo é aqui!
O final de década de 1940 marcou o estopim do crescimento do Internacional. Ansiosos pela modernização do patrimônio do Clube, os torcedores apoiaram a construção das arquibancadas de concreto do Estádio dos Eucaliptos, em 1947, obra que duraria até 1950. Tal como ocorrera na construção do próprio Eucaliptos, e depois na inauguração do Beira-Rio, era a torcida quem angariava recursos e buscava material para aumentar o patrimônio do Clube.
Eucaliptos foi sede de jogos da Copa do Mundo de 1950
Com a renovação da estrutura das arquibancadas do estádio, o Eucaliptos acabou sediando dois jogos da Copa do Mundo de 1950: México x Iugoslávia e México x Suíça, motivo de imenso orgulho para os colorados. Até hoje, é o único estádio gaúcho a ter sediado um jogo de Mundial.
"Se não sabe o que fazer com a bola, joga pra fora"
Uma dupla fantástica Os atacantes Bodinho e Larry formaram uma das mais fantásticas duplas de goleadores do Inter na década de 1950, consagrando uma jogada de combinação que ficou conhecida como 'tabelinha'. O pernambucano Bodinho jogou antes no Nacional, também de Porto Alegre, e entregou a posição de centroavante a Larry quando este chegou do Fluminense-RJ e da seleção brasileira olímpica de 1952. Os dois gostaram tanto do Rio Grande do Sul que nunca mais pensaram em sair daqui.
Larry Pinto de Farias era conhecido como o Cerebral Larry. Extremamente técnico, Larry tinha facilidade de tabelar e chutar com os dois pés de fora da área. No Campeonato Gaúcho de 1955, o centroavante marcou 23 gols em apenas dezoito partidas. Só não foi o artilheiro porque Bodinho chegou aos 25. Larry tinha tanta moral com a torcida colorada que, mesmo perdendo os dois pênaltis contra o Renner que tiraram o Inter da disputa do título gaúcho de 1958, saiu de campo aplaudido. Anos depois, quando abandonou o futebol, foi eleito deputado estadual. Números de Larry no Inter 1954 - 25 jogos e 29 gols 1955 - 40 jogos e 45 gols 1956 - 20 jogos e 19 gols 1957 - 36 jogos e 20 gols 1958 - 42 jogos e 28 gols 1959 - 20 jogos e 8 gols 1960 - 40 jogos e 16 gols 1961 - 33 jogos e 11 gols 1962 - 5 jogos Como jogador, Larry conquistou o Campeonato Gaúcho de 1954 e o de 1961 pelo Internacional e o Pan-Americano de 1956 pela Seleção Brasileira, além dos títulos pelo Fluminense. Time tricampeão gaúcho, em 1952 O Inter deu um presente inesquecível ao adversário no dia 26 de setembro de 1954: uma goleada de 6 a 2 no Gre-Nal dos festejos de inauguração do Estádio Olímpico. O goleiro Sérgio foi o melhor jogador do tricolor, e evitou uma goleada ainda maior. Larry fez quatro gols. O Inter treinado por Teté jogou com Milton; Florindo, Lindoberto; Oreco, Salvador e Odorico; Luizinho, Bodinho e Larry; Jerônimo e Canhotinho. A conquista do Pan-Americano do México pelo BrasilA Seleção Brasileira jogou sua primeira partida em 1914, mas só ganhou o seu primeiro título no exterior em 1952, no Pan-Americano do Chile. Entre os 22 jogadores do grupo, oito eram do Inter. E, cumprindo o destino de grandeza do Clube, sete desses oito foram titulares do time que ganhou o bi do Pan para o Brasil, em 1956, no México. O técnico também era colorado, Francisco Duarte Júnior, o Teté. O Rio Grande do Sul transformou-se no centro das atenções esportivas. A seleção gaúcha com camisa da CBF estreou no dia 1º de março com vitória sobre o Chile: 2 a 1, com gols de Luizinho e Raul Klein. Em um jogo contra a Costa Rica, até então a grande surpresa do Pan-Americano, o placar foi 7 a 1, com três gols de Larry, três de Chinesinho e o último gol de Bodinho. Da esq. para dir.: Luizinho. Bodinho. Larry, Ênio Andrade e Chinezinho, atacantes da seleção gaucha que representou o Brasil no Pan-Americano de 1956, no México. A criação do hino oficial
No final dos anos 50, o Internacional sentiu necessidade de ter um hino, uma canção formal de celebração dos sentimentos colorados. Fez-se um concurso, houve muitos candidatos, mas nenhum dos hinos satisfez a alma colorada como aquele que fora feito numa tarde de sofrimento de torcedor. O torcedor era Nélson Silva, carioca, compositor de morro, e que morava em Porto Alegre. O Internacional desandava contra o Aymoré. O ano era 1957. Ele escutava o jogo e esperava pela namorada, Ieda, mas esqueceu o compromisso daquela tarde. Sentou brabo na mesa de um bar, e por razões de quem é artista, começou a escrever um hino de louvação ao clube colorado. Quando concluiu a última estrofe com o Clube do povo/ do Rio Grande do Sul, teve a sensação de que era isto que seria cantado pelo torcedor. Foi o que aconteceu. 'Celeiro de Ases' é hoje o hino oficial do Internacional e do torcedor colorado. Até alguns anos atrás a torcida também costumava cantar uma antiga marchinha carnavalesca – Papai é o maior/ Papai é que é o tal / Que coisa linda, que coisa rara / Papai não respeita a cara. Dando um salto no tempo para o ano de 2006, durante a campanha do primeiro título da Libertadores, a torcida acostumou-se a entoar uma canção que virou praticamente um hino da conquista: Colorado, Colorado/ Nada vai nos separar/ Somos todos teus seguidores/ Para sempre eu vou te amar. Celeiro de Ases (Nélson Silva, 1957) Glória do desporto nacional Oh, Internacional Que eu vivo a exaltar Levas a plagas distantes Feitos relevantes Vives a brilhar Correm os anos, surge o amanhã Radioso de luz, varonil Segue a tua senda de vitórias Colorado das glórias Orgulho do Brasil É teu passado alvi-rubro Motivo de festas em nossos corações O teu presente diz tudo Trazendo à torcida alegres emoções Colorado de ases celeiro Teus astros cintilam num céu sempre azul Vibra o Brasil inteiro Com o clube do povo do Rio Grande do Sul
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Internacional campeão de tudo! | ||||||||||||
Grupo comemora a conquista inédita da Sul-Americana (Marcelo Campos)
O Internacional é campeão invicto da Copa Sul-Americana! Em uma final eletrizante, o time colorado venceu o Estudiantes La Plata por 1 a 0 na prorrogação. Nilmar marcou o gol do título inédito. No tempo normal, o time de La Plata venceu por 1 a 0. O Inter é o primeiro clube brasileiro a erguer a taça da competição. Nos seus 99 anos, o clube conquistou todos os títulos que disputou.
Pré-jogo
Uma hora e meia antes do jogo começar, o clima de decisão já tomava conta do Gigante do Beira-Rio. O ônibus do Inter estacionou na frente do vestiário e foi recebido com euforia pela torcida, que cantava forte, incentivando o grupo. No gramado, a banda Ataque Colorado tocava seu rock de incentivo ao Inter antes do jogo, agitando a galera no Beira-Rio.O Inter teve dois desfalques: o zagueiro Índio, lesionado, e o volante Guiñazu, suspenso, ficaram de fora da grande final. Danny Morais e Andrezinho começaram o confronto em seus lugares. O Inter foi a campo com Lauro; Bolívar, Danny Morais, Álvaro e Marcão; Edinho, Magrão, Andrezinho e D´Alessandro; Alex e Nilmar. O Estudiantes começou com Andújar; Angeleri, Alayes, Desábato e Cellay; Braña, Ibérbia, Verón e Benitez; Boselli e Fernandez. A torcida do Estudiantes veio em bom número ao Beira-Rio. Cerca de 2 mil argentinos assistiram à a grande final. Como eles têm as mesmas cores do Inter, a impressão que ficou é de um estádio inteiro com a mesma torcida. O Internacional entrou em campo sob uma festa impressionante no Beira-Rio com centenas de sinalizadores vermelhos. A nuvem de fumaça lembrava a final da Copa Libertadores, quando o Inter bateu o São Paulo. O Gigante tremia com a força da massa colorada instantes antes do começo da decisão. O jogo A 1min, Benítez cobrou falta para a área e a zaga afastou bem de cabeça. Aos 2min, o Inter trocou boa seqüência de passes pela direita até a zaga argentina afastar com um chutão para fora do campo. A esquematização tática do Inter no princípio de jogo era clara: uma linha de quatro zagueiros, uma segunda linha com três volantes, D´Alessandro na ligação e Nilmar e Alex mais à frente. Aos 4min, Alex arrancou pelo meio, a zaga cortou, mas a bola sobrou para D´Alessandro, que entrou na área e concluiu por cima. O Inter chegou forte pela primeira vez. Artilheiro: Alex marcou cinco gols na competição Aos 9min, Angeleri tentou chutar de fora da área, mas a bola saiu pela lateral. O jogador argentino recebeu uma grande vaia. O Inter pressionava com a posse de bola ao redor da área do Estudiantes. Aos 13min, Nilmar arrancou, passou por dois, passou também pelo zagueiro Alayes, que era o último homem e foi derrubado. O juiz Larrionda só deu o cartão amarelo. Um absurdo. Andrezinho fazia bom trabalho de passes pelo meio-campo. D´Alessandro igualmente estava muito bem na armação e criação das jogadas. A principal iniciativa do time de La Plata era com o lateral-direito Angeleri, que apoiava a todo momento. Marcão marcava forte e impedindo os avanços do lateral. Aos 22min, Bolívar fez grande jogada pela direita, entrou na área, avançou até a linha de fundo e cruzou. A bola tocou no braço do zagueiro. Pênalti não marcado por Larrionda. Mais uma do uruguaio!!! Aos 24min, Alex cobrou falta para a área, mas Andújar defendeu bem. Aos 25min, Nilmar e Marcão fizeram boa jogada pela esquerda até o atacante entrar na área e cruzar rasteiro, mas o goleiro defendeu. Andrezinho com a bola observado por Verón Aos 32min, Benitez cobrou falta para a área e saiu o gol, mas o juiz anulou por impedimento de dois jogadores na área. Aos 37min, Braña arriscou da intermediária, pegando rebote de primeira, e a bola saiu ao lado do gol. Aos 39min, Bolívar foi à linha de fundo, pela direita, e cruzou pra Nilmar cabecear ao lado do gol. O Estudiantes avançou com força e tentou pressionar, mas a zaga cortou bem com Danny Morais. Aos 42min, D´Alessandro pegou a bola na área e recuou para Andrezinho, que chutou de primeira, a bola tocou na zaga e passou ao lado com perigo. Quase o gol colorado. Aos 45min, D´Alessandro deu bom passe para Magrão, na entrada da área, girar de pé esquerdo ao lado do gol. Foi o último lance do primeiro tempo. O Inter teve um bom primeiro tempo até os 30 minutos, marcando bem e atacando com qualidade. O Estudiantes só pressionou a partir dos 30 minutos em lances de bola parada, uma das especialidades do time argentino. O Inter voltou com a mesma equipe para a etapa final. O Inter começa fulminante. Aos 15seg, Nilmar deu grande passe para Andrezinho na entrada da área chutar na rede pelo lado de fora. Aos 5min, Alex cobrou falta, Desábato cortou mal, mas o goleiro Andújar saiu bem do gol e defendeu. Aos 6min, Nilmar recebeu na área e chutou ao lado do gol.
O jogo estava equilibrado e difícil. O Estudiantes procurava avançar mais, mas também deixava mais espaços para os contra-ataques.
Aos 18min, saiu Andrezinho, muito aplaudido, para a entrada de Gustavo Nery. No Estudiantes, saiu Ibérbia, lesionado, e entrou Perez.Aos 20min, Benítez cobrou falta para a área e Alayes chutou de primeira para fazer 1 a 0. Aos 22min, Benitez cobrou escanteio e Lauro saiu bem do gol. Aos 24min, Gustavo Nery arriscou de fora da área e Andrújar fez boa defesa. Aos 25min, Calderón entrou no lugar de Fernandez, no Estudiantes. Aos 27min, Braña arriscou de fora da área por cima. Nilmar tenta escapar da marcação argentina Aos 44min, Verón deu grande passe para Angeleri, no bico da área. O lateral chutou forte e a bola passa perto. Que susto. Aos 45min, Nilmar ganhou na velocidade da zaga e foi derrubado, quando entrava na área. O juiz nada marcou!!!! A derrota no tempo normal obrigou a realização da prorrogação para decidir o título. Foram dois tempos de 15 minutos. Prorrogação Momentos antes do início do tempo extra, os dois times ficaram reunidos no gramado, ouvindo as instruções dos dois técnicos. Em seguida, os ogadores colorados se reuniram no centro do gramado para as últimas instruções. A torcida empurrava o time. Jogadores recebem as instruções do técnico Tite antes do tempo extra Aos 7min, saiu Verón para a entrada de Moreno y Fabianesi, na última mudança do time argentino. Aos 10min, a bola foi tocada para Nilmar na área, mas o atacante não conseguiu dominar a bola, e a zaga corta. Aos 12min, O Inter quase chegou lá! Um bate e rebate incrível na área com vários chutes do Inter. A bola tocou na zaga, o goleiro fez grande defesa e a bola não entrou! Aos 13min, Angeleri tocou para Calderon na área chutar e a bola tocar na zaga e ir para escanteio. Na seqüêcnia do lance, a zaga colorada afastou o perigo. Foi o último lance do primeiro tempo do tempo extra. A 1min do segundo tempo da prorrogação, Sandro entrou no lugar de Magrão. O Inter pressionava com cruzamentos para a área. O Estudiantes afastava como podia e se segurava bem. Aos 6min, D´Alessandro fez boa jogada pela direita e cruzou pra Nilmar, mas Angeleri salvou na pequena área, para escanteio Aos 8min, cobrança de escanteio para a área. Depois de um bate e rebate a bola sobrou para Nilmar chutar e fazer o gol!!!. 1 a 0. Nilmar está marcando o gol sobre o Estudiantes O Beira-Rio estava uma loucura!!! O estádio inteiro de pé vaiando o time adversário, que tentava pressionar. Aos 13min, os jogadores argentinos tentaram agredir Jorge Larrionda que expulsou o volante Braña e Boselli. Festa no Gigante: Inter comemorou ao lado da torcida o inédito título Internacional: Lauro; Bolívar, Danny Morais, Álvaro e Marcão; Edinho, Magrão (Sandro), Andrezinho (Gustavo Nery) e D´Alessandro; Alex (Taison) e Nilmar. Técnico: Tite. Estudiantes: Andújar; Angeleri, Alayes, Desábato e Cellay; Braña, Ibérbia (Perez), Verón (Moreno y Fabianesi) e Benitez; Boselli e Fernandez (Calderon). Técnico: Leonardo Astrada. Gols: Alayes (E), aos 20min do segundo tempo do tempo normal, Nilmar (I), aos 8min do segundo tempo da prorrogação. Cartões amarelos: Alayes, Benitez, Braña (E), Magrão, D´Alessandro, Gustavo Nery, Lauro (I). Expulsões: Agenor (I, banco de reserva)), Braña, Boselli (E). Público: 51.803 / Renda: R$ 1.043.995,00 Arbitragem: Jorge Larrionda, auxiliado por Pablo Fandiño e Wálter Rial (trio uruguaio). Local: Beira-Rio, Porto Alegre.
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Inter é bicampeão da América! | ||
O Internacional é o novo campeão da Libertadores da América! O time colorado venceu o Chivas Guadalajara, de virada, por 3 a 2, na noite do dia 18 de agosto, no Beira-Rio, e conquistou pela segunda vez o principal título do continente. Sobis, Leandro Damião e Giuliano marcaram os gols para o delírio dos mais de 50 mil torcedores presentes no Gigante. Esta é a sina do Campeão de Tudo: vencer, vencer e vencer!
Legítimo Campeão de Tudo: Internacional é dono da América, de novo Começo nervoso Os minutos iniciais foram eletrizantes. Cada centímetro do gramado foi disputado com máxima energia pelos jogadores. Não faltaram lances ríspidos. O Inter tentava trocar passes em velocidade no campo de ataque, mas os mexicanos marcavam em cima e cometiam muitas faltas. Aos 3min, após cruzamento para a área, a bola sobrou para Tinga, que tentou acionar Rafael Sobis, mas a zaga do Chivas afastou. Aos 9min, D’Alessandro alçou a bola para a área em uma cobrança de falta e Sandro cabeceou para a defesa em dois tempos de Michel. A resposta da equipe de Guadalajara foi aos 12min, em um chute de longe de Bautista que Renan defendeu sem problemas. Meia D'Alessandro teve boa atuação na partida e conquistou seu principal título pelo Inter O Inter acelerava o jogo com toques conscientes no meio-campo. Taison era uma interessante válvula de escape com suas arrancadas verticais. Aos 21min, ele foi lançado e o goleiro teve que abandonar a área para interceptar a bola. No minuto seguinte, Fabián assustou com um chute de fora da área que passou muito perto do ângulo direito. Aos 23min, Tinga fez grande jogada pela direita e tocou para Sobis: o atacante fez o corta-luz e Taison apareceu para concluir com um chute frontal que Michel defendeu com dificuldades. Aos 25min, D’Alessandro cobrou uma falta com muito veneno e a bola desviou na zaga para escanteio. Depois da cobrança, Bolívar pegou o rebote e chutou perigosamente ao lado do gol. Jogo truncado A partida ficou mais equilibrada a partir dos 30 minutos. A disputa ficou mais concentrada no meio-campo, com poucas chances de gol. Aos 37min, D’Alessandro aplicou o La Boba e tocou para o meio da área, mas Magallón conseguiu afastar com um chutão. Aos 40min, Taison foi à linha de fundo, tocou para trás e Sobis conseguiu o domínio para logo depois ser derrubado pelo goleiro mexicano. O juiz não marcou o pênalti, já que o bandeirinha sinalizou que a bola havia saído. Chivas abre o placar Aos 42min, o Inter foi duramente castigado. No único ataque efetivo do Chivas, Bravo desviou de cabeça e a bola sobrou na marca penal para Fabián, que acertou um belo chute e abriu o placar. Foi um gol injusto pelo volume de jogo Pressão total A equipe colorada voltou com a mesma formação para o segundo tempo. O Inter manteve o ímpeto ofensivo. Logo a 1min, Taison soltou uma paulada de longe e Michel defendeu em dois tempos. O goleiro mexicano se mostrava muito inseguro. Aos 3min, Rafael Sobis experimentou de fora da área e ele fez a defesa com enorme dificuldade, com a bola explodindo no seu peito. Aos 8min, Sobis foi lançado na área e tentou driblar Michel, mas desta vez o goleiro do Chivas conseguiu se recuperar com uma boa defesa. Brilha a estrela de Sobis O Inter permanecia no campo de ataque, mas o Chivas se fechava bem. Mas não era possível segurar por muito tempo a pressão colorada. Aos 16min, o Inter fez boa troca de passes até que Kleber cruzou rasteiro, com precisão cirúrgica, para a área. Rafael Sobis (foto ao lado) conseguiu se esticar e desviou para o gol. Assim como em 2006, quando marcou duas vezes no primeiro jogo da final contra o São Paulo, o garoto formado no Beira-Rio foi mais uma vez decisivo. O Inter empatava para a explosão de alegria no Gigante! 1 a 1. Aos 19min, Giuliano entrou no lugar de Taison, que deixou o campo muito aplaudido. Aos 24min, D’Alessandro chutou para defesa salvadora de Michel. No lance seguinte, foi Renan que fez grande defesa após a conclusão de Fabián, evitando o gol mexicano. Damião sai do banco para virar o placar Aos 27min, Leandro Damião entrou no lugar de Rafael Sobis. E três minutos depois de ingressar no jogo, Damião virou o placar para o Inter. O atacante roubou a bola no meio-campo, deu um drible da vaca no adversário, avançou em velocidade e chutou na saída do goleiro para fazer 2 a 1. A torcida comemorou o gol gritando “bicampeão!”. Ninguém mais segurava o Inter no Beira-Rio! Leandro Damião atuou pela primeira vez na Libertadores e fez um gol Aos 38min, Tinga deixou o campo para a entrada de Wilson Matias. Aos 40min, Arellano foi expulso após entrada violenta em D’Alessandro. A festa tomou conta do Beira-Rio! “Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora!” cantavam os torcedores. Mas ainda tinha tempo para mais um gol do Inter. Aos 44min, Giuliano passou como quis pela marcação e tocou por cima do goleiro para ampliar: 3 a 1! Foi o sexto gol do meia-atacante, artilheiro do time nesta Libertadores. Araujo ainda descontou, aos 47min, mas não havia como evitar a glória colorada. A América novamente estava pintada de vermelho. Palavra dos campeões "Foi duro; foi emocionante. Isto é fruto de um trabalho nosso de tempos atrás. Parabéns aos jogadores que foram campeões, à torcida colorada sempre tão fiel e a todos que de alguma forma ajudaram para esta conquista. Nossa obsessão agora é o Campeonato Brasileiro e depois pensaremos no Mundial de Clubes", afirmou o vice de futebol, Fernando Carvalho. "É uma realização inexplicável para mim. Voltar para o Clube e conquistar um título como este é sensacional", falou o goleiro Renan. "Graças a Deus tudo deu certo. Foi difícil, mas conseguims coroar esta campanha com o título", disse Glaydson. "Libertadores é um titulo muito importante. Tenho 21 anos e isso para o meu curriculo é ótimo. Eu e meus companheiros conseguimos. Agora é curtir bastante este título", comemorou Sandro. "É indescritível; motivo de orgulho. Quero compartilhar com todos os meus companheiros", avisou Guiñazu. "Foi difícil ficar de fora desta final. Mas valeu que o grupo mostrou que tem bons jogadores. Tive uma conversa com o Celso Roth e concordamos com o veto. Tive uma lesão e acabei ficando de fora. Mas é demais saber que fiz parte disso", falou Alecsandro. "Este título é para aqueles que jogaram, não jogaram e até para aqueles que tão fora da Libertadores. Time bom e time forte ganha partida, mas um grupo forte ganha campeonatos. O individual vai aparecer quando o coleitvo é forte. Já fui premiado com gols, passes, assim como o Giuliano. Hoje fo a vez do Damião. Isso comprova que o elenco é forte, formado por homens e profissionais", avaliou Andrezinho. "Fomos melhor. Escutamos questionamentos sempre, mas sempre também há o trabalho sério. Tentamos mostrar dentro de campo que temos qualidade. Não tem como descrever a sensação; estamos onde todo o jogador queria estar", afirmou Nei. "O time está forte; tem um padrão de jogo. E agora é buscar o bi mundial também", almejou Clemer. "É o Inter cada vez mais grande. Momento especial que todos querem participar e a oportunidade única. Fico sem palavras por participar desta festa de novo; eu que vivo esta situação de novo. Agora queremos o Mundial. Fiquei mais maduro e experiente. Estou muito contente: vamos comemorar", vibra o capitão da América Bolívar. "Um grande momento para mim; de felicidade. Quero retribuir a felicidade para a minha família, meus filhos, ao Celso Roth e a todos os torcedores colorados. No momento ruim, eles estavam comigo", creditou Índio. "Título inédito. Conquistar uma taça como esta é inexplicável e estou muto feliz por participar disso", revelou Kleber. "Dou este presente para eles e para mim. Fiquei quase um ano parado por conta de uma lesão. E isto é um prêmio pra mim. Vamos comemorar", falou Rafael Sobis. "É festa agora; merecemos. Depois é voltar ao trabalho. Carimbamos esta gestão como vencedora, aumentamos o número de sócios e confirmamos o Beira-Rio como estádio da Copa do Mundo de 2014. Esta torcida é quem faz o Inter ser o Inter. Somos bicampeões da América e vamos a Abu Dhabi", festejou o presidente Vitorio Piffero. "Estava fora da América e que bom voltar para um clube como o Inter. Este título é para retribuir a confiança", emocionou-se D'Alessandro. Internacional (3): Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga (Wilson Matias), D'Alessandro e Taison (Giuliano); Rafael Sobis (Leandro Damião). Técnico: Celso Roth. Chivas Guadalajara (2): Michel; Magallón, De Luna, Reynoso e Ponce (Sólis); Araújo, Baéz (Vasquez), Fabián; Bautista; Arellano e Omar Bravo. Técnico: José Luiz Leal. Gols: Fabián (C), aos 42 minutos do primeiro tempo, Rafael Sobis (I), aos 16min do segundo tempo, Leandro Damião (I), aos 30min do segundo tempo, Giuliano (I), aos 44min do segundo tempo, Araujo (C) aos 47min do segundo tempo. Cartões amarelos: De Luna, Fabián, Bautista, Omar Bravo (C); Bolívar (I). Expulsão: Arellano (C). Público: 53.124 (sócios: 49.297)/ Renda: R$ 2.148,430,00 Arbitragem: Óscar Ruiz, auxiliado por Abraham González e Humberto Clavijo (trio colombiano). Local: Beira-Rio. |
24/08/2011 | |
Inter é bicampeão da Recopa! | |
Beira-Rio lotado empurrando o Inter A torcida colorada entendeu a importância da partida e lotou todos os seus espaços. Os "hinchas" do Independiente também fizeram a sua parte e preencheram os 3 mil lugares atrás da goleira do Gigantinho. O Beira-Rio então estava tomado de vermelho, prenunciando uma grande partida de futebol. Obrigatoriedade de reverter desvantagem O Inter precisava desmanchar uma vantagem que pertencia aos argentinos. No primeiro jogo, o Inter foi derrotado por 2 a 1, em Avellaneda. Isto obrigava a equipe a vencer colorada por dois gols de diferença. Se vencesse por um gol (independente do placar), o jogo iria pra prorrogação com dois tempos de 15 minutos. Time pra cima desde o começo Para conseguir esta vantagem, o técnico Dorival Júnior escalou uma equipe ofensiva. As novidades ficavam por conta dos retornos de Kleber à lateral-esquerda e Oscar ao meio-campo (depois de brilhar na conquista do Mundial Sub-20 com a seleção). Além disso, o atacante Dellatorre começou jogando ao lado de Leandro Damião. O sistema ofensivo, então, tinha Oscar e D'Alessandro nas meias e Dellatorre e Damião, no ataque. Pressão colorada, catimba argentina O Inter tratou de atacar cedo. Com 30 segundos, D'Alessandro já eguia a bola para a área e o goleiro Navarro saiu bem do gol. O time colorado avançava a marcação e tentava sufocar. Os argentinos catimbavam e tentam irritar, demorando pra cobrar laterais, tiros de meta e faltas. D´Ale dá o cartão de visitas Aos 4min, o argentino D'Alessandro deu o seu cartão de visitas aos conterrâneos. O meia recebeu cruzamento da direita e acertou um chutaço na trave, deixando o goleiro com cara de apavorado. Três minutos depois, Oscar arrancou pelo meio, avançou até a entrada da área e chutou forte e rasteiro ao lado do gol. Navarro ficou só olhando, torcendo que a bola saísse. D'Alessandro em ação contra seus compatriotas na final da Recopa Se o jogo estava difícil, Damião tratou de resolver tudo em cinco minutos. Aos 20min, Damião foi lançado por Guiñazu, na ponta-direita. O atacante passaou por dois com um drible sensacional, entrou na área e chutou de bico, cruzado, surpreendendo o goleiro. Os argentinos ainda se recuperavam do baque, quando, aos 25min, Damião marcou outro gol. Desta vez, Muriel deu um balão, Dellatorre dividiu com um zagueiro de cabeça, a bola foi parar para a disputa entre Milito e Damião. O centroavante colorado ganhou no corpo, entrou na área e concluiu de pé esquerdo com uma qualidade impressionante. Inter 2 a 0, resultado que dava o título. Damião chegou aos 34 gols na temporada, três em dois jogos da Recopa. Argentinos atordoados A vantagem não diminuiu o ritmo do Inter, que seguia mandando no jogo e não deixava os argentinos respirar. Aos 29min, D'Alessandro passou por dois, rente à linha de fundo, entrou na área e cruzou para a zaga afastar pra escanteio. Damião faz jogada de Pelé Aos 32min, o centroavante colorado fez jogada de gênio. Aplicou um lençol em adversário na lateral do campo e avançou vários metros fazendo balõezinhos de cabeça, enquanto os argentinos não sabiam o que faziam. Damião tocou então para Dellatorre, que não conseguiu devolver com qualidade. Lance de videogame de Damião. Leandro Damião (E) marcou dois golaços e foi decisivo na conquista do título
Independiente tenta descontar na bola parada
O time argentino ameaçou aos 33min, quando a bola foi cruzada na área, Ferreyra tentou o cabeceio, Muriel não conseguiu cortar, e a bola saiu ao lado do gol com perigo. Um minuto depois, Damião roubou a bola de Milito, passou pelo último marcador, entrou na área e concluiu rasteiro na rede pelo lado do gol. Quase o terceiro gol de Damião.Um lance para cada time no finalzinho Aos 45min, Parra recebeu na área e girou rasteiro para defesa segura de Muriel. Um minuto depois, D'Alessandro fez grande jogada pela esquerda, cruzou e Dellatorre cabeceou forte, ao lado do gol, com perigo. Foi o último lance do primeiro tempo. Mudança e reação argentina O Independiente voltou para o segundo tempo com uma mudança. Entrou Ivan Vélez e saiu e Ivan Perez. Com isso, o time foi para o ataque e conseguiu o gol. Aos 3min, Ferreyra deu ótimo lançamento para o lateral Maxi Velazquez, que entrou na área e chutou rasteiro para descontar. O resultado levava a partida para a prorrogação. Argentinos se empolgam Aos 7min, Oscar entrou livre em velocidade e quando iria chutar, Julian Velazques deu um carrinho sensacional para salvar o time argentino. Aos 11min, um grande susto. Perez recebeu cruzamento e chutou a a queima-roupa pra defesa espantosa de Muriel. No rebote, Vélez chuta rasteiro, mas a bola explode na defesa. Que sufoco. Torcida entra em campo e time reage Sentindo o mau momento do time no jogo, o torcedor se levantou e cantou forte para empurrar o time. Foi bonito de se ver o Beira-Rio cantando novamente. O time reagiu e voltou a ter o controle do jogo. Aos 17min, Oscar cobrou falta para a área, Índio cabeceou forte e a bola passou a centímetros da trave. Quase o gol colorado. Um minuto depois, Dellatorre tocou para Oscar, que concluiu para grande defesa de Navarro pra escanteio. Aos 19min, Oscar cobrou o escanteio e a bola tocou no travessão. Dorival muda a equipe em busca do gol do título Aos 23min, entrou Andrezinho e saiu D'Alessandro, lesionado. Três minutos depois, Jô foi a campo para a saída de Dellatorre. As mudanças foram fundamentais para se chegar ao gol da vitória. Aos 29min, Oscar chutou de fora da área, a bola desviou na defesa, Navarro soltou e Jô pegou o rebote para chutar por cima. O juiz já invalidava o lance dando impedimento de Jô. A esta altura, o Inter era todo pressão. Os argentinos se seguravam como podiam. Jogada de Andrezinho e pênalti em Jô Aos 36min, Andrezinho avançou em diagonal até a entrada da área e tocou para Jô, livre na área. O atacante driblou Navarro, que o derrubou. Pênalti claro e bem marcado por Larrionda. Na cobrança, aos 38min, Kleber chutou rasteiro, tirou o goleiro da foto e marcou o gol do título. O Beira-Rio explodiu de alegria. Kleber (D) selou mais uma conquista continental para o Campeão de Tudo Aos 40min, o meio-campista Fredes perdeu a cabeça e acertou um tapa em Oscar. O lance gerou discussão entre vários jogadores. Um minuto depois, entraram Nuñez e Defederico para as saídas de Ferreyra e Fredes. O Independiente se atirou todo pra frente daí em diante. Sustos antecedem a grande festa Os argentinos, na base da superação, ameaçaram em dois lances no finalzinho. Aos 47min, Maxi Velazquez pegou rebote na entrada da área e chutou ao lado do gol com perigo. Aos 48min, Marco Perez cruzou da direita e Parra se jogou de peixinho, cabeceando ao lado do gol. Em seguida, o juiz apitou para encerrar a partida e começar o carnaval de agosto no Beira-Rio. Festa pirotécnica na entrega da taça Antes da entrega da taça do Inter, um lance bonito da torcida do Inter: aplausos para os jogadores do Independiente que receberam medalhas de vice-campeões. A grande festa, porém, foi alguns instantes depois, quando Bolívar ergueu a taça da Recopa ao som da música "We are the champions", do Queen, visual de espetáculo pirotécnico no Beira-Rio e torcida gritando "Bicampeão". Jogadores correram em direção à torcida com a taça dando toques finais da grande festa no Gigante. Vestiário "Espero que este seja apenas o primeiro título de muitos que quero conquistar no Inter. O elenco do Inter nos surpreende a cada momento. É um elenco vitorioso e isto que marca a história de um clube", disse o técnico Dorival Júnior, que levou Osmar Loss para a coletiva, técnico da primeira partida da Recopa, em Avellaneda, dividindo os méritos. "Nenhum atacante tem a característica que o Damião tem. Ele tem faro de gol, domínio, posicionamento. Com todas as qualidades, ele é um dos melhores atacantes do mundo", elogiou o diretor técnico Fernandão. "Parabéns para toda torcida colorada. É mais uma taça internacional nossa. O Independiente foi dificílimo, mas soubemos dobrá-lo e fomos merecidamente campeões", disse o vice-presidente de futebol, Luís Anápio Gomes. "Nem comemorei um título e já veio o segundo (falando sobre a conquista com a seleção sub-20 também)", disse Oscar. "É impressionante. Cada ano um título. A gente tem merecido isto. Não sei como explicar. Cheguei aqui há três anos e conseguimos todos os títulos: Recopa, Sul-Americana e Libertadores", festejou D´Alessandro. "Fiquei trabalhando duas semanas para conseguir uma boa recuperação. E Deus me abençoou mais uma vez. A gente foi feliz para furar o bloqueio da escola argentina, que é muito difícil de enfrentar", disse Kleber, o autor do gol do título. "No mínimo, 70% da vitória foi graças à nossa torcida que foi sensacional. Conseguimos manter a escrita de conseguir pelo menos um título internacional por ano. Conseguimos o segundo título em oito meses e muitos clubes não terão título nenhum no ano", festejou o presidente Giovanni Luigi. Ficha técnica: Internacional (3): Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Elton, Guiñazu, Oscar e D´Alessandro (Andrezinho); Dellatorre (Jô) e Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior. Independiente (1): Navarro; Tuzzio, Julian Velazquez, Milito e Maxi Velazquez, Pellerano, Fredes (Defederico), Ivan Perez (Vélez) e Ferreyra (Nuñez); Marco Pérez e Parra. Técnico: Antonio Mohamed. Gols: Leandro Damião (2, I), aos 20min do primeiro tempo e aos 25min do primeiro tempo, Max Velazquez (Ind), aos 3min do segundo tempo, Kléber (I), aos 38min do segundo tempo. Cartões amarelos: Max Velazquez, Tuzzio, Ferreyra e Fredes (Ind). Público: 39.069 (34.292 pagantes). Renda: R$ 1.254.240,00. Arbitragem: Jorge Larrionda, auxiliado por Pablo Fandiño e Maurico Espinosa (trio uruguaio). Local: Beira-Rio. |
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O Sport Club Internacional acumula ao longo dos seus 102 anos de história muitas conquistas. Os títulos e as taças erguidas eternizam o espírito vitorioso do clube colorado na sua gloriosa trajetória. Em diversos tempos, em diversas competições e com diferentes times, o Internacional nunca parou de conquistar títulos. Os títulos pela categoria profissional: 1912 - Taça 12 de Abril 1913 - Campeão Metropolitano de Porto Alegre (primeiro título) 1913 a 1961 - Campeão da cidade de Porto Alegre (23 vezes de 1913 a 1961 e em 1972) 1927 - Campeão Gaúcho 1934 - Campeão Gaúcho 1940 - Campeão Gaúcho 1941 - Bicampeão Gaúcho 1942 - Tricampeão Gaúcho 1943 - Tetracampeão Gaúcho 1944 - Pentacampeão Gaúcho 1945 - Hexacampeão Gaúcho 1947 - Campeão Gaúcho 1948 - Bicampeão Gaúcho 1950 - Campeão Gaúcho 1951 - Bicampeão Gaúcho 1952 - Tricampeão Gaúcho 1953 - Tetracampeão Gaúcho 1953 - Campeão do Torneio Quadrangular Régis Pacheco (Bahia) 1955 - Campeão Gaúcho 1956 - Campeão Panamericano representando a Seleção Brasileira 1961 - Campeão Gaúcho 1969 - Campeão Gaúcho 1970 - Bicampeão Gaúcho 1971 - Tricampeão Gaúcho 1972 - Tetracampeão Gaúcho 1973 - Pentacampeão Gaúcho 1974 - Hexacampeão Gaúcho 1975 - Heptacampeão Gaúcho 1975 - Campeão Brasileiro 1976 - Octacampeão Gaúcho 1976 - Bicampeão Brasileiro 1978 - Campeão Gaúcho 1978 - Campeão do Torneio Viña del Mar 1979 - Tricampeão Brasileiro de forma invicta 1980 - Vice-campeão da Libertadores da América 1981 - Campeão Gaúcho 1982 - Bicampeão Gaúcho 1982 - Campeão da Copa Joan Gamper, em Barcelona/Espanha 1983 - Tricampeão Gaúcho 1983 - Campeão do Torneio Costa do Sol, em Málaga-Espanha 1983 - Campeão do Torneio Costa do Pacífico, no Canadá 1984 - Tetracampeão Gaúcho 1984 - Vice-Campeão Olímpico representando a Seleção Brasileira 1984 - Campeão da Copa Kirin, em Tóquio-Japão 1984 - Campeão do Torneio Heleno Nunes 1987 - Campeão do 1º Torneio Internacional de Glasgow-Escócia 1987 - Campeão da Taça Governador do Estado (Quadrangular de C. Grande) 1987 - Torneio da Cidade de Vigo/Espanha 1989 - Campeão do Torneio de Celta/Espanha 1991 - Campeão Gaúcho 1991 - Campeão da Copa do Estado 1992 - Copa Wako Denki (Japão) 1992 - Bicampeão Gaúcho 1992 - Campeão da Copa do Brasil 1994 - Campeão do Torneio Beira-Rio 1994 - Campeão Gaúcho 1996 - Campeão do Torneio Mercosul 1997 - Campeão Gaúcho 2001 - Bicampeão do Torneio Viña Del Mar-Chile 2002 - Super Campeão Gaúcho 2003 - Bicampeão Gaúcho 2004 - Tricampeão Gaúcho2005 - Tetracampeão Gaúcho 2006 - Campeão da Libertadores da América 2006 - Campeão da Copa do Mundo de Clubes Fifa 2007 - Recopa Sul-Americana2008 - Dubai Cup 2008 - Campeão Gaúcho2008 - Campeão INVICTO da Copa Sul-Americana 2009 - Bicampeão gaúcho 2009 - Campeão da Copa Suruga Bank 2010 - Bicampeão da Libertadores da América 2011 - Campeão do Gauchão 2011 - Bicampeão da Recopa Sul-Americana Fonte:Site Oficial do Sport Club Internacional MAIS SOBRE A HISTÓRIA DO COLORADO VOCÊ ENCONTRA EM NOSSO PERFIL NO ORKUT futebol-brasileiro12@hotmail.com |
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